• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Os três culpados da crise política

kokas

GF Ouro
Entrou
Set 27, 2006
Mensagens
40,723
Gostos Recebidos
3
1.jpg

Paulo Portas, Passos Coelho e Cavaco Silva são, por esta ordem, apontados como os principais responsáveis pela crise das últimas semanas, segundo a sondagem do CESOP/Universidade Católica para o DN/JN/RTP/Antena 1.

Para 34% dos inquiridos, o presidente do CDS é o principal culpado, enquanto que 20% entregam essa responsabilidade ao primeiro-ministro. O Presidente da República - que começou por pedir um "compromisso de salvação nacional" ao PSD, PS e CDS e acabou por legitimar a manutenção do Governo de coligação - é apontado como o primeiro responsável da crise por 11%.

Bem mais abaixo estão outros protagonistas, numa questão que permitia a resposta livre dos inquiridos: Vítor Gaspar, José Sócrates e "todos os governos", com 3% das respostas, respetivamente, estiveram na origem da crise. António José Seguro, o líder socialista que foi envolvido por Cavaco Silva na procura de um entendimento com a maioria, é apontado como culpado pela crise apenas por 2% dos inquiridos.
Na avaliação do papel de cada um dos intervenientes na crise política, os três principais culpados voltam a ser aqueles que têm os piores resultados, com Portas de novo à cabeça: 79% entendem que o agora vice-primeiro-ministro esteve "muito mal" (42%) ou "mal" (37%). Só 14% fazem uma avaliação positiva de Portas (14% dizem que esteve "bem") mas nenhum inquirido responde que o líder do CDS esteve "muito bem".
Passos Coelho é o segundo pior avaliado, com um total de 67% de opiniões negativas, embora aqui sejam menos os que fazem uma pior avaliação (para 41% esteve "mal", para 26% "muito mal"). O primeiro-ministro recolhe apenas 26% de avaliações positivas (dos quais só 2% dizem que esteve "muito bem").
Também o Presidente da República não escapa da avaliação negativa dos portugueses (59%) com 38% a dizerem que esteve "mal" e 21% a carimbarem a atuação do Presidente com "muito mal"). Há 34% que avaliam de forma positiva, o valor mais alto juntamente com Jerónimo de Sousa, líder do PCP.
Apesar de ser o menos responsabilizado pela crise política, o papel do secretário-geral do PS durante estas semanas é avaliado negativamente por 52% dos portugueses (39% dizem que esteve "mal" e 13% "muito mal"), contra 29% que dizem que esteve "bem" ou "muito bem" (só 1% neste caso). Há 17% de inquiridos que não sabem avaliar o papel de Seguro.
A sondagem que o DN divulga amanhã na íntegra na sua edição em papel, diz ainda que a solução preferida dos portugueses era a realização de eleições antecipadas (37%), seguido de perto pela hipótese colocada na mesa por Belém - um "Governo sustentado por compromisso PSD/PS/CDS" (34%). Só 12% entendem que a melhor solução para o país é a que se manteve, do atual Governo de coligação.
Ficha técnica:
Esta sondagem foi realizada pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa (CESOP) para a Antena 1, a RTP, o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias nos dias 27, 28 e 29 de julho de 2013. O universo alvo é composto pelos indivíduos com 18 ou mais anos recenseados eleitoralmente e residentes em Portugal Continental. Foram selecionadas aleatoriamente dezanove freguesias do país, tendo em conta a distribuição da população recenseada eleitoralmente por regiões NUT II e por freguesias com mais e menos de 3200 recenseados. A seleção aleatória das freguesias foi sistematicamente repetida até os resultados eleitorais das eleições legislativas de 2009 e 2011 nesse conjunto de freguesias, ponderado o número de inquéritos a realizar em cada uma, estivessem a menos de 1% dos resultados nacionais dos cinco maiores partidos. Os domicílios em cada freguesia foram selecionados por caminho aleatório e foi inquirido em cada domicílio o mais recente aniversariante recenseado eleitoralmente na freguesia. Foram obtidos 1096 inquéritos válidos, sendo que 58% dos inquiridos eram do sexo feminino, 23% da região Norte, 17% do Centro, 47% de Lisboa, 7% do Alentejo e 6% do Algarve. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição de eleitores residentes no Continente por sexo, escalões etários, região e habitat na base dos dados do recenseamento eleitoral e do Censos 2011. A taxa de resposta foi de 55%*. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1096 inquiridos é de 3%, com um nível de confiança de 95%.


dn

 
Topo