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Bohemian Rhapsody conquista quatro Óscares: a lista completa de vencedores

O Óscar de melhor filme foi hoje entregue a "Green Book - Um guia para a vida", na 91.ª edição dos prémios da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas, dos Estados Unidos.
O filme dirigido por Peter Farrelly, que partira com seis nomeações, acabou por conquistar três Óscares, entre os principais - melhor argumento original, melhor ator secundário, Mahershala Ali, e melhor filme -, deixando para trás as nomeações para melhor montagem, montagem de som e melhor ator, Viggo Mortensen.
"Green Book", uma comédia dramática que segue a viagem de um pianista negro, com o seu motorista branco, pelo sul segregacionista dos Estados Unidos, em 1962, já conquistara o Prémio do Público do festival de Toronto, fora considerado o melhor filme de 2018 pelo National Board of Review, e conquistara três Globos de Ouro, entre os quais o de melhor filme de comédia, entre outros galardões.
"Bohemian Rhapsody", com quatro Óscares conquistados - melhor ator, Rami Malek, melhor montagem, montagem de som e mistura de som - conseguiu reunir o maior número de Óscares desta edição, numa competição que, à partida, tinha como favoritos os filmes "Roma", de Alfonso Cuarón, e "A favorita", de Yorgos Lanthimos, com as suas dez nomeações, entre as quais as de melhor filme e melhor realização.
"Roma" conseguiu três Óscares, entre as categorias principais: melhor realização, melhor filme estrangeiro e melhor fotografia.
"A favorita" acabou por sair com um Óscar, para o desempenho da atriz britânica Olivia Colman, como protagonista.
"Black Panther", uma produção da Marvel dirigida por Ryan Coogler, conseguiu igualmente três Óscares, dos seis para os quais estava nomeado: melhor banda sonora, melhor guarda-roupa e melhor direção de arte/cenografia.
A 91.ª edição dos Óscares teve várias estreias nas nomeações e vitórias, incluindo a primeira mulher afro-americana e a primeira mulher europeia a serem nomeadas para duas categorias técnicas, direção de arte e montagem de som.
Hannah Beachler foi a primeira afro-americana a vencer o Óscar para melhor direção de arte (cenografia), com o filme "Black Panther", em conjunto com Jay Hart.
A vencedora, que fez um discurso muito emotivo ao receber o prémio, disse nas entrevistas de bastidores que caiu de joelhos e chorou, no dia em que viu o primeiro cenário montado.
"Não deixem que ninguém vos diga que não conseguem fazer este trabalho", afirmou Beachler.
Pelo filme "Bohemian Rhapsody", Nina Hartsone foi a primeira mulher europeia a ser nomeada nesta categoria e a vencer o Óscar de melhor montagem de som, prémio que partilhou com John Warhurst.
"A indústria cinematográfica é difícil, é preciso trabalhar muito para perseverar", disse a britânica, no encontro com jornalistas. "É preciso colaborar e tentar aprender o máximo que for possível para subir na carreira", elaborou.
"BlacKkKlansman - O infiltrado", de Spike Lee, distinguido pelo melhor argumento adaptado. O realizador fez um apelo ao voto, nas eleições nos Estados Unidos, "fazer o que está certo" ("Do the right thing"/"Não dês bronca"), usando o título do seu filme de 1989, como argumento.
"Homem-Aranha: No Universo Aranha", melhor filme de animação, "Bao", melhor curta-metragem de animação, "Vice", vencedor da melhor caracterização, e "O primeiro homem na Lua", distinguido pelos efeitos visuais, foram outros dos premiados. "Assim nasce uma estrela" conseguiu o Óscar de melhor canção.
O Óscar de melhor documentário foi para "Free Solo", de Jimmy Chin e Elizabeth Chai Vasarhelyi, produzido pela National Geographic, que conta os portugueses Joana Niza Braga e Nuno Bento, na equipa de som.
Os criadores de "Free Solo" disseram à Lusa que escolheram os técnicos portugueses para fazerem os efeitos sonoros, devido ao "talento maravilhoso" que descobriram em Portugal.
A Loudness Films, sediada em Lisboa, foi responsável pelo trabalho de "foley", que cria os sons impossíveis de captar nas filmagens.
"Free Solo" estreia-se a 17 de março no canal National Geographic e acompanha o alpinista norte-americano Alex Honnold numa escalada de 900 metros, sem cordas ou proteções, na parede de granito El Capitan, no Parque de Yosemite (Estados Unidos).
A entrega dos Óscares foi aberta por Regina King, distinguida como melhor atriz secundária pelo desempenho em "Se esta rua falasse".
A 91.ª edição dos Óscares foi realizada no Dolby Theatre, em Hollywood, na noite de domingo (madrugada de segunda-feira, em Portugal), e transmitida em direto para 225 países.
LISTA COMPLETA DE VENCEDORES
Melhor filme:
"Green Book - Um guia para a vida"
Melhor realização:
Alfonso Cuarón - "Roma"
Melhor ator:
Rami Malek - "Bohemian Rhapsody"
Melhor ator secundário:
Mahershala Ali - "Green Book - um guia para a vida"
Melhor atriz:
Olivia Colman - "A favorita"
Melhor atriz secundária:
Regina King - "Se esta rua falasse"
Melhor fotografia:
"Roma"
Melhor argumento adaptado:
"BlacKkKlansman - O infiltrado"
Melhor argumento original:
"Green Book - Um guia para a vida"
Melhor filme estrangeiro:
"Roma" - Alfonso Cuarón (México)
Melhor filme de animação:
"Homem-Aranha: No Universo Aranha" - Bob Persichetti, Peter Ramsey e Rodney Rothman
Melhor documentário:
"Free Solo" - Elizabeth Chai Vasarhelyi, Jimmy Chin, Evan Hayes e Shannon Dill
Melhor documentário em curta-metragem:
"Period. End of Sentence." - Rayka Zehtabchi e Melissa Berton
Melhor curta-metragem:
"Skin" - Guy Nattiv e Jaime Ray Newman
Melhor curta-metragem de animação:
"Bao" - Domee Shi e Becky Neiman-Cobb
Melhor direção de arte/cenografia:
"Black Panther"
Melhor montagem:
"Bohemian Rhapsody
Melhor caracterização:
"Vice"
Melhor guarda-roupa:
"Black Panther"
Melhor banda sonora original:
"Black Panther"
Melhor canção:
"Shallow" - "Assim nasce uma estrela"
Melhor montagem de som:
"Bohemian Rhapsody"
Melhor mistura de som:
"Bohemian Rhapsody"
Melhores efeitos visuais:
"O primeiro homem na Lua"
Record