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Outros da Letra F

Luz Divina

GF Ouro
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Dez 9, 2011
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Fotos incríveis: o maravilhoso e colorido mundo dos fungos



Fotos incríveis: o maravilhoso e colorido mundo dos fungos



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Quando falamos de fungos você pensa naqueles bolores que apareceram no queijo que já está há meses na sua geladeira? Pense duas vezes! Os fungos são muito mais coloridos e interessantes do que isso. Confira essas imagens incríveis:


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Você acha que os fungos são animais? Vegetais? Na verdade, eles não são nenhum dos dois – eles constituem um reino separado na natureza, intermediário.



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É justamente isso que torna os fungos tão interessantes. E se você torce o nariz para eles, lembre-se que eles fazem parte da nossa dieta (champingnons, shitake e as famosas e caras trufas são alguns exemplos).

Outros fungos, que não são os cogumelos, também são essenciais na fabricação de outros alimentos. Sem eles não teríamos cerveja, vinho, queijo… isso sem falar em medicamentos como penicilina e antibióticos.




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Apesar dos fungos mais famosos serem brancos, marrons ou escuros boa parte deles é extremamente colorida, como você pode ver por essas fotos. Há até algumas variedades de cogumelos que não apenas são coloridas, como brilham no escuro, como o Mycena chlorophos, que habita as florestas brasileiras e japonesas.




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Mas há fungos que fazem jus à fama, como o Cryptococcus gattii, que pode ser fatal se seus esporos forem aspirados.



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Os fungos possuem a habilidade de crescer nos lugares mais inóspitos. Acredite ou não, fungos que se alimentam de radiação cresceram em Chernobyl após o desastre.




hypescience





 

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GF Ouro
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Mais um granda tópico da Tininha ,realmente é muita beleza junta ,brutal ,sabes que quando entro num tópico é para realçá-lo ainda mais e este não foge á regra ,belo tópico sim senhora !!
Volta depressa fazes cá muita faltinha ,obrigado amiga
 

Luz Divina

GF Ouro
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Dez 9, 2011
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Fungos limpam solo e água



Fungos limpam solo e água





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Fungos têm uma péssima reputação. Mas agora é melhor rever esse estereótipo. Pesquisadores alemães do Centro Helmholtz para Pesquisas Ambientais, em Leipzig, estão desenvolvendo maneiras de utilizar fungos para limpar solo e água.

A habilidade destrutiva de alguns fungos deriva de enzimas poderosas, como a lacase, que quebram a lignina (também conhecida por lenhina), molécula encontrada na parece celular de muitas plantas, cuja função é conferir rigidez e resistência a ataques microbiológicos e mecânicos.

Esmiuçando as propriedades dessas enzimas, os cientistas encontraram maneiras de decompor toxinas, incluindo-as em estações de tratamento de esgoto e em solos.


O poder celeste das superestrelas


Segundo o biólogo Dietmar Schlosser, um dos membros da pesquisa, as lacases não são exigentes. “Essas enzimas não fazem distinção entre as estruturas químicas”, conta Schlosser.

Por esse motivo, algumas lacases quebram hidrocarbonetos e dióxidos – deixando para trás apenas água e gás carbônico –, e outras alteram as ligações químicas e transformam substâncias tóxicas em moléculas orgânicas menos perigosas, que podem ser quebradas por bactérias.

No que diz respeito à ação no solo, Schlosser explica que os fungos estendem suas hifas (longas células cilíndricas e filamentosas) no solo. As superfícies úmidas das hifas dão a algumas bactérias a habilidade de percorrer longas distâncias.

Segundo o biólogo alemão, o solo tem poros preenchidos por ar, que as bactérias não conseguem atravessar, já que não podem se mover através de umidade. Contudo, os fungos podem ajudá-las com as hifas, que servem de ponte para as bactérias atravessarem.

Dessa maneira, o fungo também pode limpar o solo, pois crescem tanto para cima quanto para baixo. Esse é o caso do cogumelo Marasmius oreades, vulgo roda das bruxas, cujo micélio pode crescer e se espalhar por vários metros, embora pareçam estar separados na superfície.




hypescience
 

Luz Divina

GF Ouro
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Os fungos que descobriram a agricultura



Os fungos que descobriram a agricultura




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Os seres vivos formam por vezes parcerias notáveis. Os líquenes, resultado de associações íntimas entre algas e fungos, são extraordinários organismos pioneiros, verdadeiros representantes da vida nos meios mais inóspitos.​
Nos mares de há cerca de 3 500 milhões de anos surgiram as primeiras formas de vida, organismos muito simples e unicelulares. Dois mil anos mais tarde, flutuavam nas águas as primeiras algas microscópicas autotróficas (capazes de utilizar directamente a luz solar), algumas das quais, há cerca de 400 milhões de anos, conseguiram alastrar para a terra húmida, sobrevivendo sob a forma de uma fina cobertura verde no solo. Foi, então, que encontraram fungos, semelhantes a fibras, que nessa época também iniciavam a colonização da Terra.


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Onde vivem plantas, morrem plantas, e os fungos existiam para consumir os restos. Sem clorofila não podiam realizar a fotossíntese e sintetizar a partir da luz solar as substâncias orgânicas de que necessitavam. No entanto, e tal como hoje, eram capazes de obtê-las, segregando ácidos que dissolviam as substâncias minerais das rochas e dos solos. Por isso, algas e fungos completavam-se.

Os fungos podiam absorver amidos e açúcares das algas e estas podiam extrair substâncias minerais dissolvidas na água que retiravam aos fungos, para sintetizarem os compostos orgânicos. Estabeleceu-se, assim, uma parceria, e os fungos encerraram as algas nos seus tecidos, num abraço muito íntimo, que sobreviveu até aos nossos dias, nas formas de vida que conhecemos como líquenes. Eles constituem a mais próxima e a mais íntima das ligações entre plantas e fungos no planeta e, embora sejam formados por dois organismos, cada par é encarado como uma entidade única.

Este trabalho conjunto tem sido extremamente bem sucedido, dotando os líquenes de capacidades que lhes permitem sobreviver a condições extremas de calor, frio e seca. É por este motivo que os encontramos desde os trópicos, até às regiões polares, em mais de 15000 formas distintas, por vezes colonizando habitats que não seriam colonizáveis pelas algas e fungos independentemente. Por exemplo, podemos encontrar líquenes nos Himalaias, a altitudes de 5490 m; nas calotes glaciares da Antárctida, onde o frio é tão intenso que o crescimento só é possível alguns dias por ano; em correntes arrefecidas de lava; nas superfícies rochosas e nas areias dos desertos. Alguns líquenes no Árctico e no Antárctico crescem literalmente dentro de rochas, ficando apenas as estruturas reprodutoras fora delas.

São, ainda, capazes de "encerrar a actividade", em termos metabólicos, durante períodos de condições desfavoráveis, para "reviverem" se essas condições se alterarem. É o que acontece quando há água disponível, pois mesmo depois de muitos anos de seca, os líquenes conseguem voltar à actividade, por absorção rápida de água, assim que esta surge.


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Mas para além de ambientes extremos, os líquenes crescem em praticamente todas as superfícies. Com quantidades apropriadas de luz e humidade, ar puro, e na ausência de competição, eles podem colonizar qualquer superfície não perturbada - troncos e folhas de árvores, madeira morta, metal oxidado, esqueletos de animais e até vidro. Na tundra árctica, os líquenes crescem de uma forma particularmente luxuriante, formando arbustos com 0,5 m de altura, providenciando uma fonte de alimento de Inverno, vital para a sobrevivência de várias espécies de grandes herbívoros, como as renas.


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Contudo, e apesar da grande diversidade de formas, desde os líquenes incrustantes que formam um fino revestimento nas rochas, até outros que desenvolvem ramos minúsculos e crescem em moitas densas, a sua estrutura básica é semelhante, variando apenas no grau de organização estrutural.

No extremo encontram-se organismos muito simples, resultantes de associações praticamente casuais, com modificações estruturais muito ténues. Os líquenes mais conspícuos possuem uma estrutura bem definida, muitas vezes com zonações distintas entre parceiros. Normalmente, as células fotossintéticas são encontradas numa banda definida, onde estão intimamente ligadas com as hifas dos fungos, para a troca de nutrientes. Estas células pertencem, na maior parte dos líquenes, a algas verdes, da Divisão Chlorophyta.

No entanto, em 10% dos casos, estes parceiros são algas azuis ou cianobactérias, da Divisão Cyanophyta. Existe, ainda, uma pequena percentagem de líquenes que contém os dois tipos de algas. O facto de poderem ter como parceiro fotossintético mais do que um tipo de alga, mostra que esta associação deve ter surgido de forma independente, em várias ocasiões, no decurso da história da vida.


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Investigações recentes vêm mostrar que a relação entre algas e fungos é muito mais complexa do que pode parecer à primeira vista. Como não existem relações perfeitas, existem evidências de que as algas, apesar de receberem água e sais minerais de tempos a tempos, são praticamente exploradas, uma vez que os fungos levam mais de 50% do alimento por elas fabricado. Neste sentido, esta relação assemelha-se mais a uma relação de parasitismo do que de simbiose, em que os fungos parecem "cultivar" os seus parceiros, impondo-lhes a produção de alimento através da fotossíntese.

É por este motivo que a alga de uma parceria é capaz de ter existência própria e cresce mais rapidamente se tal acontecer, o que não ocorre com o fungo. Desta forma, ele deverá ser considerado o dominador, que defende a vida mantendo a alga presa. Em circunstâncias realmente difíceis, o fungo pode chegar a matar e a digerir algumas células da alga, confirmando, assim, o seu domínio.



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Mas qualquer que seja o tipo de relação, o que é facto é que, em parceria, alga e fungo desempenham um papel inestimável ao mundo vivo. Estabelecem-se em alguns dos mais hostis ambientes do planeta, onde mais nada consegue alimentar-se e, quando morrem, o pó a que são reduzidos ainda pode fornecer o alimento necessário ao estabelecimento de um ser vivo autotrófico.

Em termos ambientais são pioneiros intrépidos, auxiliando no processo de formação dos solos e da sua estabilizacão contra a erosão da água e do vento. Quando as associações são estabelecidas com algas azuis, devido à sua capacidade de fixar e incorporar o azoto atmosférico nos compostos que produzem, estes líquenes são responsáveis por um enriquecimento do solo em nutrientes azotados, o que é extremamente importante em regiões desérticas.



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Como adaptação à vida em habitats marginais, os líquenes produzem um arsenal de mais de 500 compostos químicos únicos, que servem para controlar a exposição à luz, repelir herbívoros, matar micróbios atacantes e desencorajar a competição com plantas. Entre estes compostos destacam-se pigmentos que têm sido empregues, desde a Antiguidade, na indústria têxtil, substâncias com propriedades antibióticas, utilizadas na produção de fármacos e nas medicinas alternativas, e outras aplicadas na perfumaria. Até os compostos venenosos produzidos são aproveitados por determinadas tribos de índios, que os colocam nas pontas das setas que utilizam para caçar.



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Existem, ainda, muitos aspectos referentes ao papel dos líquenes nos ecossistemas que devem ser salientados. Apesar de extremamente abundantes, eles são muito vulneráveis a alterações ambientais e, por isso, não é surpreendente que os habitats com maior diversidade de formas sejam os vestígios de florestas ancestrais e de outros ecossistemas não perturbados. Esta dedução parece tão clara, que os cientistas utilizam os líquenes como indicadores da qualidade ambiental, para os auxiliarem na identificação de áreas merecedoras de estatuto de protecção.



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Os líquenes parecem pequenas "esponjas vivas", tomando quase tudo o que vem ao seu encontro, incluindo a poluição atmosférica. Actualmente, eles são utilizados como bioindicadores, pois através de análises químicas é possível avaliar a extensão da deterioração da qualidade do ar, já que obtêm a maior parte da humidade através do ar e não através do solo.

Em termos de relações tróficas, os líquenes desempenham um papel relevante, já que em muitos casos eles constituem a base das cadeias alimentares. Muitas espécies de invertebrados (insectos, aranhas, gastrópodes, etc.) utilizam os líquenes como abrigo e alimento. Existem mesmo insectos que os mimetizam, como é o caso das borboletas que pousam sobre troncos de árvores com líquenes, e que deste modo tentam evitar a detecção pelos predadores. As propriedades isolantes dos líquenes são igualmente aproveitadas, numa grande diversidade de ecossistemas, por muitas espécies de aves, que os utilizam na construção dos seus ninhos.

No entanto, existem alguns perigos da inclusão de líquenes na alimentação, o que de forma indirecta atinge o Homem (que se alimenta de carne de cervídeos) - é que eles absorvem e acumulam radioactividade, muito mais do que as plantas vasculares, e passam-na através das cadeias alimentares. Por este motivo, após o desastre de​


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Os seres vivos formam por vezes parcerias notáveis. Os líquenes, resultado de associações íntimas entre algas e fungos, são extraordinários organismos pioneiros, verdadeiros representantes da vida nos meios mais inóspitos.​
Nos mares de há cerca de 3 500 milhões de anos surgiram as primeiras formas de vida, organismos muito simples e unicelulares. Dois mil anos mais tarde, flutuavam nas águas as primeiras algas microscópicas autotróficas (capazes de utilizar directamente a luz solar), algumas das quais, há cerca de 400 milhões de anos, conseguiram alastrar para a terra húmida, sobrevivendo sob a forma de uma fina cobertura verde no solo. Foi, então, que encontraram fungos, semelhantes a fibras, que nessa época também iniciavam a colonização da Terra.



Os%20fungos%20que%20descobriram%20a%20agricultura2.jpg



Onde vivem plantas, morrem plantas, e os fungos existiam para consumir os restos. Sem clorofila não podiam realizar a fotossíntese e sintetizar a partir da luz solar as substâncias orgânicas de que necessitavam. No entanto, e tal como hoje, eram capazes de obtê-las, segregando ácidos que dissolviam as substâncias minerais das rochas e dos solos. Por isso, algas e fungos completavam-se. Os fungos podiam absorver amidos e açúcares das algas e estas podiam extrair substâncias minerais dissolvidas na água que retiravam aos fungos, para sintetizarem os compostos orgânicos. Estabeleceu-se, assim, uma parceria, e os fungos encerraram as algas nos seus tecidos, num abraço muito íntimo, que sobreviveu até aos nossos dias, nas formas de vida que conhecemos como líquenes. Eles constituem a mais próxima e a mais íntima das ligações entre plantas e fungos no planeta e, embora sejam formados por dois organismos, cada par é encarado como uma entidade única.

Este trabalho conjunto tem sido extremamente bem sucedido, dotando os líquenes de capacidades que lhes permitem sobreviver a condições extremas de calor, frio e seca. É por este motivo que os encontramos desde os trópicos, até às regiões polares, em mais de 15000 formas distintas, por vezes colonizando habitats que não seriam colonizáveis pelas algas e fungos independentemente. Por exemplo, podemos encontrar líquenes nos Himalaias, a altitudes de 5490 m; nas calotes glaciares da Antárctida, onde o frio é tão intenso que o crescimento só é possível alguns dias por ano; em correntes arrefecidas de lava; nas superfícies rochosas e nas areias dos desertos.

Alguns líquenes no Árctico e no Antárctico crescem literalmente dentro de rochas, ficando apenas as estruturas reprodutoras fora delas. São, ainda, capazes de "encerrar a actividade", em termos metabólicos, durante períodos de condições desfavoráveis, para "reviverem" se essas condições se alterarem. É o que acontece quando há água disponível, pois mesmo depois de muitos anos de seca, os líquenes conseguem voltar à actividade, por absorção rápida de água, assim que esta surge.



Os%20fungos%20que%20descobriram%20a%20agricultura3.jpg



Mas para além de ambientes extremos, os líquenes crescem em praticamente todas as superfícies. Com quantidades apropriadas de luz e humidade, ar puro, e na ausência de competição, eles podem colonizar qualquer superfície não perturbada - troncos e folhas de árvores, madeira morta, metal oxidado, esqueletos de animais e até vidro. Na tundra árctica, os líquenes crescem de uma forma particularmente luxuriante, formando arbustos com 0,5 m de altura, providenciando uma fonte de alimento de Inverno, vital para a sobrevivência de várias espécies de grandes herbívoros, como as renas.



Os%20fungos%20que%20descobriram%20a%20agricultura4.jpg



Contudo, e apesar da grande diversidade de formas, desde os líquenes incrustantes que formam um fino revestimento nas rochas, até outros que desenvolvem ramos minúsculos e crescem em moitas densas, a sua estrutura básica é semelhante, variando apenas no grau de organização estrutural.

No extremo encontram-se organismos muito simples, resultantes de associações praticamente casuais, com modificações estruturais muito ténues. Os líquenes mais conspícuos possuem uma estrutura bem definida, muitas vezes com zonações distintas entre parceiros. Normalmente, as células fotossintéticas são encontradas numa banda definida, onde estão intimamente ligadas com as hifas dos fungos, para a troca de nutrientes.

Estas células pertencem, na maior parte dos líquenes, a algas verdes, da Divisão Chlorophyta. No entanto, em 10% dos casos, estes parceiros são algas azuis ou cianobactérias, da Divisão Cyanophyta. Existe, ainda, uma pequena percentagem de líquenes que contém os dois tipos de algas. O facto de poderem ter como parceiro fotossintético mais do que um tipo de alga, mostra que esta associação deve ter surgido de forma independente, em várias ocasiões, no decurso da história da vida.


Os%20fungos%20que%20descobriram%20a%20agricultura5.jpg



Investigações recentes vêm mostrar que a relação entre algas e fungos é muito mais complexa do que pode parecer à primeira vista. Como não existem relações perfeitas, existem evidências de que as algas, apesar de receberem água e sais minerais de tempos a tempos, são praticamente exploradas, uma vez que os fungos levam mais de 50% do alimento por elas fabricado.

Neste sentido, esta relação assemelha-se mais a uma relação de parasitismo do que de simbiose, em que os fungos parecem "cultivar" os seus parceiros, impondo-lhes a produção de alimento através da fotossíntese. É por este motivo que a alga de uma parceria é capaz de ter existência própria e cresce mais rapidamente se tal acontecer, o que não ocorre com o fungo. Desta forma, ele deverá ser considerado o dominador, que defende a vida mantendo a alga presa. Em circunstâncias realmente difíceis, o fungo pode chegar a matar e a digerir algumas células da alga, confirmando, assim, o seu domínio.



Os%20fungos%20que%20descobriram%20a%20agricultura6.jpg



Mas qualquer que seja o tipo de relação, o que é facto é que, em parceria, alga e fungo desempenham um papel inestimável ao mundo vivo. Estabelecem-se em alguns dos mais hostis ambientes do planeta, onde mais nada consegue alimentar-se e, quando morrem, o pó a que são reduzidos ainda pode fornecer o alimento necessário ao estabelecimento de um ser vivo autotrófico.

Em termos ambientais são pioneiros intrépidos, auxiliando no processo de formação dos solos e da sua estabilizacão contra a erosão da água e do vento. Quando as associações são estabelecidas com algas azuis, devido à sua capacidade de fixar e incorporar o azoto atmosférico nos compostos que produzem, estes líquenes são responsáveis por um enriquecimento do solo em nutrientes azotados, o que é extremamente importante em regiões desérticas.


Os%20fungos%20que%20descobriram%20a%20agricultura7.jpg



Como adaptação à vida em habitats marginais, os líquenes produzem um arsenal de mais de 500 compostos químicos únicos, que servem para controlar a exposição à luz, repelir herbívoros, matar micróbios atacantes e desencorajar a competição com plantas. Entre estes compostos destacam-se pigmentos que têm sido empregues, desde a Antiguidade, na indústria têxtil, substâncias com propriedades antibióticas, utilizadas na produção de fármacos e nas medicinas alternativas, e outras aplicadas na perfumaria. Até os compostos venenosos produzidos são aproveitados por determinadas tribos de índios, que os colocam nas pontas das setas que utilizam para caçar.



Os%20fungos%20que%20descobriram%20a%20agricultura8.jpg



Existem, ainda, muitos aspectos referentes ao papel dos líquenes nos ecossistemas que devem ser salientados. Apesar de extremamente abundantes, eles são muito vulneráveis a alterações ambientais e, por isso, não é surpreendente que os habitats com maior diversidade de formas sejam os vestígios de florestas ancestrais e de outros ecossistemas não perturbados. Esta dedução parece tão clara, que os cientistas utilizam os líquenes como indicadores da qualidade ambiental, para os auxiliarem na identificação de áreas merecedoras de estatuto de protecção.


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Os líquenes parecem pequenas "esponjas vivas", tomando quase tudo o que vem ao seu encontro, incluindo a poluição atmosférica. Actualmente, eles são utilizados como bioindicadores, pois através de análises químicas é possível avaliar a extensão da deterioração da qualidade do ar, já que obtêm a maior parte da humidade através do ar e não através do solo.

Em termos de relações tróficas, os líquenes desempenham um papel relevante, já que em muitos casos eles constituem a base das cadeias alimentares. Muitas espécies de invertebrados (insectos, aranhas, gastrópodes, etc.) utilizam os líquenes como abrigo e alimento. Existem mesmo insectos que os mimetizam, como é o caso das borboletas que pousam sobre troncos de árvores com líquenes, e que deste modo tentam evitar a detecção pelos predadores. As propriedades isolantes dos líquenes são igualmente aproveitadas, numa grande diversidade de ecossistemas, por muitas espécies de aves, que os utilizam na construção dos seus ninhos.

No entanto, existem alguns perigos da inclusão de líquenes na alimentação, o que de forma indirecta atinge o Homem (que se alimenta de carne de cervídeos) - é que eles absorvem e acumulam radioactividade, muito mais do que as plantas vasculares, e passam-na através das cadeias alimentares. Por este motivo, após o desastre de​






sapo
 

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GF Ouro
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Bem se fosse ou se tivesse que dar a isto pontuaçâo ,tinha de arranjar mais números que os que existem ,este tópico tá fôra de serie ,está de mestre mesmo ,grande trabalho amiga Tininha ,grande empenho ,sem dúvida ,obrigado por esta maravilhosa partilha e este teu enorme trabalho ,tou parvinho da silva
 

jcl

GF Prata
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:espi28::espi28::espi28:
 

Luz Divina

GF Ouro
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Obrigados amigos

Mas os fungos é que são realmente lindos, maravilhosos.

:espi28:
 
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