Pacientes com cancro da próstata podem preservar a fertilidade

[Lordelo]

É em novembro que se aumenta a importância e debate sobre a necessidade de se fazer exames que diagnostiquem precocemente o cancro da próstata.

Segundo o Instituto Nacional de Cancro José Alencar Gomes da Silva (INCA), esse é o segundo tipo de cancro mais comum entre os homens, que é apenas superado pelo cancro da pele Entre todos os desafios enfrentados por todos os homens que sofrem com esta doença, a possibilidade de infertilidade é uma delas, e de grande peso.

Os tratamentos da doença como a quimioterapia e a radioterapia podem contribuir para uma redução na produção de espermatozoides ou até mesmo para a perda da capacidade ejaculatória. “Tanto a quimioterapia como a radioterapia podem causar lesões nas células germinativas primordiais, aquelas que futuramente se transformariam em espermatozóides. Tais lesões influenciam pois a perda da fertilidade”, aponta Marcos Sampaio, médico especializado em reprodução humana e diretor da Clínica Origen.

Como alternativa, muitos destes homens investem no congelamento de sémen. um procedimento que, ressalva o especialista, que optar pelo procedimento oferece ao paciente condições de planear a paternidade para o momento ideal, desde que proceda à recolha antes de iniciar os tratamentos contra o cancro.

“O processo é simples e muito seguro. Após colhermos o sêmen dos pacientes, este material é resfriado e depois congelado em nitrogénio líquido. É importante que se avalie a qualidade geral do sémen antes do congelamento e que se proceda aos testes de congelamento e descongelamento. Assim é possível saber como os espermatozoides suportam a temperatura de -273ºC”, completa Dr. Marcos.

Após o procedimento, o sémen pode então ser utilizado em fertilizações in vitro ou em inseminações artificiais, possibilitando assim que o paciente com cancro da próstata realize o sonho de ser pai.

Exames periódicos são uma necessidade

A realização anual do exame preventivo é indicada a homens com mais de 50 anos ou 45, no caso de parentes de primeiro grau de indivíduos que tiveram a doença. Na consulta, o médico urologista irá realizar o exame de toque retal. O médico também solicitará um exame de sangue. São pois estes exames que possibilitam o diagnóstico da doença. Em muitos casos, o diagnóstico precoce possibilita a identificação e início rápido do tratamento mais indicado a cada caso e no sucesso da cura da doença.
​

IN:NM