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Pais "congelam" filha na esperança de fazê-la renascer

Lordelo

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Uma menina tailandesa sofreu de um tipo raro de cancro no cérebro e acabou por morrer, com dois anos, em janeiro deste ano. Os pais, ambos engenheiros biomédicos, decidiram recorrer à criónica com a esperança de um dia voltar a trazer a filha à vida.


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A menina tailandesa tornou-se a mais jovem a passar pelo processo de criónica

Assim que ficou doente, surgiu imediatamente a ideia de que deveríamos fazer isto por ela, por mais que seja impossível hoje", confessou o pai a um repórter da BBC que visitou a família de Matheryn Naovaratpong. "Fiquei realmente dividido em relação a esta ideia, mas precisava de me agarrar a ela", acrescenta,

"Como cientistas, temos 100% de confiança de que um dia acontecerá, só não sabemos quando. No passado, poderíamos pensar que levaria 400 ou 500 anos, mas agora podemos imaginar que será possível em 30 anos", diz o pai da jovem, seguro que o recurso à criónica é polémico.

O local escolhido para preservar a filha do casal Naovaratpong foi a Alcor, Arizona, EUA, uma fundação que se dedica à extensão de vida e funciona desde 1967.

Logo após ter sido declarada a morte da criança, foi iniciado o processo de "crioproteção", que consiste na remoção dos fluídos corporais de forma a serem substituídos por um líquido anticongelante que permite que o corpo possa ser congelado sem que os tecidos sejam comprometidos.

O cérebro foi separado do restante corpo e preservado a uma temperatura de -196ºC. Einz tornou-se, nessa altura, a "paciente" (expressão usada pela fundação) número 134.

Preservação da personalidade

Sahatorn Naovaratpong, o pai da menina, acredita que tanto a personalidade como a memória da pequena Einz serão preservados.

A família, que conta com mais três crianças, está agora a reunir fotos e gravações de Einz para que possa ter conhecimento da vida passada.

O que é, afinal, a criónica?

A própria fundação Alcor define a criónica como "uma prática especulativa que usa o frio para preservar a vida de uma pessoa que não pode mais ser suportada pela medicina comum".
iIN:JN
 
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