• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Palavra dada: Passos só estica mão a Costa se voltar a ir a votos

kokas

GF Ouro
Entrou
Set 27, 2006
Mensagens
40,723
Gostos Recebidos
3
Líder do PSD fica na "reserva" à espera de queda da esquerda. Para Costa, "finalmente" há governo. Portas teve o sound bite do dia
ng5338411.jpg


Passos Coelho fica na oposição à espera que a esquerda falhe, no "papel de reserva e de alternativa de governo". O líder do PSD avisou ontem - no dia em que foi chumbada a moção de rejeição ao programa do executivo de Costa - que "no dia" em que o novo governo precisar da direita deve ter a "dignidade" de forçar eleições.Na intervenção ontem no Parlamento, Passos recusou chamar António Costa de primeiro-ministro, chamando-o de "chefe de governo". Para o presidente do PSD "até prova eleitoral que o desminta" o governo e os partidos que o apoiam serão vistos como quem se substituiu "ao povo, usurpando a escolha que este havia realizado".O PSD aponta para momentos--chave a médio prazo como estratégia para voltar ao poder. Desde logo haverá pressão em abril - com a entrega do Programa de Estabilidade a Bruxelas e com a esperada consagração da reeleição de Passos em congresso do PSD - e também em outubro, quando da elaboração do Orçamento para 2017. A aposta é que a esquerda se divida.Passos falou, com alguma ironia, na forma como Costa "confia no PCP como parceiro de suporte à governação". É por aí que acredita que a esquerda abrirá brechas."Vamos trabalhar com todos", diz Costa. E com PSD? "Só com eleições", garante Passos
ng5335275.JPG


  • [*=center]

    [*=center]



Já António Costa passou praticamente incólume pela guerrilha parlamentar. Indiferente à direita, deixou ontem as despesas do plenário para o ministro Augusto Santos Silva (Passos tinha falado nos dois dias) e puxou dos galões, dizendo: "O meu país tem finalmente um governo em plenitude de funções."O ministro dos Negócios Estrangeiros enalteceu a substituição do "arco da governação" pelo "arco inteiro", insistindo na legitimidade do atual executivo de António Costa.Santos Silva apelou à substituição do "confronto" pelo "diálogo" entre os partidos, mas sem dispensar farpas à direita. A nível da ação governativa (alertou que a meta de 2,7% do défice falhará), mas também do combate político puro.Visando Portas e a crise do irrevogável, Santos Silva dirigiu-se às bancadas da direita, dizendo: "Já que é revogável mesmo o que se jurou irrevogável, sugiro modestamente que o ressentimento que se nota aqui e ali seja também ele revogado sem delongas.""Best friends forever"Pela manhã, no regresso ao Parlamento, Portas atacou a legitimidade do governo de Costa, dizendo que este só é primeiro-ministro "por abuso de um intervalo" (que impediu o Presidente de convocar novas eleições), e que isso "define uma precariedade essencial".Na linha do que diria Passos, o líder centrista afirmou que Costa só será primeiro-ministro "enquanto o Politburo do PCP entender que deve ser e até quando". "O Bloco já está na lapela do Dr. António Costa, é o PCP que decidirá." Portas ironizou sobre os líderes da esquerda, chamando-lhes BFF ("best friends forever"): "Catarina best friend de António, António best friend de Jerónimo e Jerónimo - e isto não é novidade - best friend de Heloísa."Este acabou por ser um dos sound bites do debate em que Paulo Portas insistiu na falta de legitimidade de Costa, afirmando: o "senhor primeiro-ministro, vírgula, mas não senhor primeiro-ministro que o povo escolheu". Para o presidente do CDS, "a vírgula inabitual" traduz-se no facto de António Costa ser "o primeiro chefe de governo que o é porque perdeu as eleições".Esta intervenção teria mais tarde uma resposta de Santos Silva, que disse, com ironia, que "apesar das palavras de certo rancor proferidas por alguns senhores deputados vírgula excessivamente ressabiados, acredito que não haverá no futuro, do lado da oposição, nenhum ressentimento e nenhuma crispação".Cavaco Silva no texto da moçãoMas o dia era de moção de rejeição ao programa e PSD e CDS capitalizaram os argumentos de Cavaco para atacar o PS. Segundo a moção da direita, Costa "não esclareceu categórica e publicamente as dúvidas que o Presidente colocou quanto à estabilidade e consistência do novo executivo". E concretiza as áreas em que existe essa instabilidade: "Votações de confiança e censura, estabilidade e rigor dos orçamentos e do sistema financeiro, respeito por compromissos internacionais e o relevo atribuído à concertação social." Acabou por ser rejeitada: 122 votos contra, uma abstenção (PAN) e 107 votos a favor. Fim, previsível, da história: o governo é do PS.


dn

 
Topo