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Para reatar as relações diplomáticas, Pequim exige como condição prévia que o Vaticano corte relações com Taiwan e que "não interfira" nos assuntos internos chineses |
O Papa Francisco enviou, esta quinta-feira, cumprimentos ao presidente chinês, Xi Jinping, e à população da China, num telegrama enviado pouco antes de o avião em que viajava para a Coreia do Sul sobrevoar pela primeira vez a potência asiática.
"Antes de entrar em espaço aéreo chinês, estendo os meus cumprimentos a sua excelência (Xi Jinping) e aos seus concidadãos, e peço bênçãos divinas de paz e bem-estar para toda a nação", revela o jornal chinês "Global Times".
O facto de Pequim ter aprovado a rota sobre o seu espaço aéreo do avião papal é interpretada com um sinal de flexibilização nas tensas relações entre a China e o Vaticano, já que numa viagem idêntica à Coreia do Sul, em 1989, o país asiático tinha negado essa possibilidade a João Paulo II.
Na China existem entre oito e 12 milhões de católicos, segundo dados do Vaticano, divididos entre os que pertencem à igreja oficial (patriótica) - controlada pelo Governo chinês - e a clandestina, que responde a Roma e perseguida por Pequim.
O Vaticano e a China não têm relações diplomáticas desde 1951, depois de Pio XII ter excomungado os bispos designados pelo Governo chinês, que por sua vez, expulsou o núncio apostólico, que se estabeleceu na ilha de Taiwan.
Para reatar as relações diplomáticas, Pequim exige como condição prévia que o Vaticano corte relações com Taiwan e que "não interfira" nos assuntos internos chineses.
jn