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Paquistão desafia Trump. "Deixemos que o mundo saiba quem está a mentir"

kokas

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Set 27, 2006
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[h=2]O ministro dos Negócios Estrangeiros paquistanês sugeriu hoje que o Presidente norte-americano, Donald Trump, pode contratar uma empresa para auditar os 33.000 milhões de dólares de ajuda que Washington garante ter entregado a Islamabad, para ver quem "mente".
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"O Presidente Trump referiu a quantia de 33.000 milhões de dólares entregues ao Paquistão nos últimos 15 anos. Pode contratar uma empresa de auditoria dos Estados Unidos, que nós pagaremos, para verificar esse valor", escreveu Khawaja Asif na sua conta da rede social Twitter.




"Deixemos que o mundo saiba quem está a mentir e a enganar", acrescentou.



As palavras do chefe da diplomacia paquistanês surgem um dia depois de Trump ter ameaçado suprimir a ajuda ao Paquistão por considerar que este não tem combatido o terrorismo, referindo essa quantia no seu primeiro 'tweet' do ano.




"Os Estados Unidos deram ingenuamente ao Paquistão mais de 33.000 milhões de dólares de ajuda nos últimos 15 anos e a única coisa que eles nos deram foram mentiras e trapaças, porque veem os nossos líderes como tontos", escreveu Trump.




"Dão abrigo aos terroristas que perseguimos no Afeganistão e ajudam pouco. ACABOU-SE!", prosseguiu.




O Governo paquistanês convocou na noite passada o embaixador dos Estados Unidos em Islamabad, David Hale, para lhe expressar as suas "sérias preocupações" com o 'tweet' do Presidente, indicaram à agência noticiosa Efe fontes do MNE e da representação diplomática que pediram o anonimato.




Depois do 'tweet' presidencial de segunda-feira, o Governo norte-americano decidiu hoje não conceder ao Paquistão 255 milhões de dólares em ajuda militar que estava a reter desde agosto, devido à alegada negligência de Islamabad em conter as redes terroristas, segundo uma fonte oficial citada pela Efe.




"Neste momento, os Estados Unidos não tencionam gastar os 255 milhões de dólares em financiamento militar externo para o Paquistão correspondentes ao ano fiscal de 2016", declarou uma fonte do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, a coberto do anonimato.




"O Presidente deixou claro que os Estados Unidos esperam que o Paquistão tome ações decisivas contra os terroristas e combatentes no terreno, e que as ações do Paquistão para apoiar a Estratégia [dos EUA] para o Sul da Ásia determinarão, em última instância, o decurso da relação, incluindo a ajuda de segurança futura", relatou.



A mesma fonte acrescentou que a Casa Branca "continua a rever o nível de cooperação do Paquistão" com essa estratégia norte-americana.



Na segunda-feira, numa entrevista à estação de televisão local GeoTV, o ministro dos Negócios Estrangeiros paquistanês declarou que o Paquistão já disse aos Estados Unidos que não fará "mais".


Em agosto passado, o Governo de Trump decidiu suspender temporariamente a entrega dos 255 milhões, que faziam parte de um pacote de ajuda de 1.100 milhões de dólares aprovado pelo Congresso norte-americano em 2016.



A Casa Branca advertiu então que manteria suspensa essa quantia até que o Paquistão acedesse a fazer mais para combater as redes terroristas.



Nas últimas semanas, a equipa de segurança nacional de Trump esteve a debater a hipótese de suspender definitivamente essa ajuda e a sua decisão de o fazer, hoje confirmada, explica o agressivo 'tweet' publicado na véspera por Trump sobre o Paquistão.



Os Estados Unidos e o Afeganistão acusaram o Paquistão de, durante anos, conceder refúgio à fação Red Haqqani dos talibãs, que atentam contra tropas afegãs e norte-americanas -- uma acusação que Islamabad rejeita -, mas nenhum governante norte-americano se tinha até agora pronunciado de forma tão dura sobre o país.




nm

 
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