billshcot
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Um parecer do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) recomenda o racionamento do acesso a tratamentos mais caros para pessoas com cancro, sida e doenças reumáticas. O documento, que foi pedido pelo Ministério da Saúde, admite também estender o racionamento de medicamentos aos doentes terminais.
Miguel Oliveira da Silva, presidente do CNECV, afirmou que "vivemos numa sociedade em que, independentemente das restrições orçamentais, não é possível, em termos de cuidado de Saúde, todos terem acesso a tudo". E questiona: " Será que mais dois meses de vida, independentemente dessa qualidade de vida, justifica uma terapêutica de 50 mil, 100 mil ou 200 mil euros?"
O CNECV considera que existe fundamento ético para que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) promova medidas para conter custos com medicamentos, tentando assegurar uma "justa e equilibrada distribuição dos recursos". Os cortes, segundo as conclusões do Conselho de Ética, devem ser igualmente aplicados aos meios auxiliares de diagnóstico e terapêutica (exames), salientando que a realização dos mesmos deve ser "objecto de criteriosa reflexão, sendo necessário estabelecer modelos éticos para fundamentar as decisões".
Para o Bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, as ideias defendidas no parecer são desumanas. "Vamos regressar ao princípio de que o mais barato é o doente morto?", questionou. Segundo José Manuel Silva, com racionamento na saúde, haverá "semprealguém que ficade fora".
O documento também causou indignação ao Movimento de Utentes dos Serviços de Saúde, que considera o parecer "insólito". O movimento adianta que quem assinou o documento teve uma "clara atitude de desumanidade" e sugere que a instituição mude o nome para "Ciências da Morte".
MINISTÉRIO E MÉDICOS NÃO CHEGAM A ACORDO
O encontro do Ministério da Saúde com os sindicatos dos Médicos, na quarta-feira, não terminou bem. Os médicos deixaram a reunião sem finalizar as negociações. Ao que o CM apurou, o impasse está no número de doentes que os clínicos devem ver por dia, dado que também passam a fazer mais cinco horas diárias. O valor do incentivo a receber também não está acordado e o ministro da Saúde tem um tecto orçamental que não vai ultrapassar. As negociações continuam hoje.
cm

Miguel Oliveira da Silva, presidente do CNECV, afirmou que "vivemos numa sociedade em que, independentemente das restrições orçamentais, não é possível, em termos de cuidado de Saúde, todos terem acesso a tudo". E questiona: " Será que mais dois meses de vida, independentemente dessa qualidade de vida, justifica uma terapêutica de 50 mil, 100 mil ou 200 mil euros?"
O CNECV considera que existe fundamento ético para que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) promova medidas para conter custos com medicamentos, tentando assegurar uma "justa e equilibrada distribuição dos recursos". Os cortes, segundo as conclusões do Conselho de Ética, devem ser igualmente aplicados aos meios auxiliares de diagnóstico e terapêutica (exames), salientando que a realização dos mesmos deve ser "objecto de criteriosa reflexão, sendo necessário estabelecer modelos éticos para fundamentar as decisões".
Para o Bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, as ideias defendidas no parecer são desumanas. "Vamos regressar ao princípio de que o mais barato é o doente morto?", questionou. Segundo José Manuel Silva, com racionamento na saúde, haverá "semprealguém que ficade fora".
O documento também causou indignação ao Movimento de Utentes dos Serviços de Saúde, que considera o parecer "insólito". O movimento adianta que quem assinou o documento teve uma "clara atitude de desumanidade" e sugere que a instituição mude o nome para "Ciências da Morte".
MINISTÉRIO E MÉDICOS NÃO CHEGAM A ACORDO
O encontro do Ministério da Saúde com os sindicatos dos Médicos, na quarta-feira, não terminou bem. Os médicos deixaram a reunião sem finalizar as negociações. Ao que o CM apurou, o impasse está no número de doentes que os clínicos devem ver por dia, dado que também passam a fazer mais cinco horas diárias. O valor do incentivo a receber também não está acordado e o ministro da Saúde tem um tecto orçamental que não vai ultrapassar. As negociações continuam hoje.
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