kokas
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Líder do PSD cede lugar do partido a Balsemão. Cavaco ainda não deu posse ao novo primeiro-ministro nem ao presidente da AR
Passos Coelho vai mesmo sair do Conselho de Estado, seguindo a estratégia de António Costa (que em vez de ocupar o lugar de Seguro, indicou Alfredo Bruto da Costa). O líder do PSD - como avançou ontem o Sol e o DN confirmou - só quer voltar àquele órgão na qualidade de primeiro-ministro e vai ceder o segundo lugar da direita ao CDS.Ao que o DN apurou, embora possa não convocar o Conselho de Estado até ao fim do mandato, o Presidente da República pode aproveitar o facto de haver eleição dos conselheiros na Assembleia da República para dar posse aos novos membros daquele órgão. Há 50 dias que Cavaco Silva não dá posse ao novo Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, tendo entretanto, uma outra substituição obrigatória para fazer: a do primeiro-ministro, pois tem de dar posse a António Costa. O último conselheiro a ser empossado neste órgão (o social-democrata Miguel Albuquerque) teve de esperar apenas três dias para ser membro do Conselho de Estado.O Presidente pode aguardar pelos nomes do Parlamento, para dar posse a todos em conjunto. Entretanto, a direita vai discutindo os nomes a indicar. No PSD, Francisco Pinto Balsemão é o escolhido por Passos Coelho, numa estratégia de garantir que se mantém naquele órgão.Outro dos pontos acertados entre PSD e CDS é que os centristas ficam com o segundo lugar que a direita consegue eleger via Assembleia da República. O facto de Passos não querer o lugar, impossibilita que seja Paulo Portas a ocupar o do CDS. Em cima da mesa dos centristas estão nomes como António Lobo Xavier, Bagão Félix ou Adriano Moreira.A direita acredita que, aqueles que ficarem de fora agora, acabarão por serem integrados por indicação do novo Presidente, que esperam que seja Marcelo . Na quinta-feira, o assunto foi abordado na Comissão Política, mas a decisão ainda não foi oficializada, pois Passos terá de afinar agulhas com Portas.Cavaco Silva pode não chegar a convocar o Conselho de Estado com esta composição, mas é necessário que os membros estejam em plenitude de funções se, por exemplo, for solicitado o levantamento de imunidade.Fontes do PSD anteveem que possa existir problemas ao nível dos altos organismos do Estado. Isto porque a aliança do PS à esquerda para o Conselho de Estado pode dificultar acordos ao centro quanto a nomeações para o Tribunal de Contas e para o Tribunal Constitucional.Passos no tiro ao PSAlém das questões mais táticas - como as indicações para o Conselho de Estado - o PSD segue a estratégia de colar o PS à esquerda para conquistar os votos do centro. No Conselho Nacional (CN) que acabou na madrugada de sexta-feira - já após a 1h30 - Passos disse aos conselheiros que já não valia a pena insistir no discurso de quem ganhou ou perdeu as eleições, mas insistiu no legado que PSD e CDS deixaram a um governo PS.Numa longa intervenção, que durou mais de uma hora, Passos criticou ainda o ministro das Finanças, Mário Centeno, por dramatizar uma poupança forçada de 46 milhões na Administração Pública (correspondente a 0,026% do défice), quando a coligação teve de fazer cortes de milhares de milhões para reduzir o défice ao longo dos últimos quatro anos.O líder do PSD avisou ainda os sociais-democratas, de acordo com conselheiros ouvidos pelo DN, que a viragem à esquerda do PS não é conjuntural (nem apenas pelo poder), advertindo que o secretário-geral do PS se rodeou de pessoas que defendem os acordos com a extrema-esquerda, numa alusão aos designados "jovens turcos" do PS.Passos Coelho também fez ontem rasgados elogios a Cavaco Silva, destacando a necessidade de fazer o "reconhecimento público do mandato apartidário e com rigor do professor Cavaco Silva". No aplaudómetro da noite, o Presidente da República foi mais aplaudido pelo CN que o próprio Marcelo Rebelo de Sousa (embora o apoio - ou, melhor, recomendação - tenha sido aprovada por unanimidade). Só Passos - que anunciou recandidatura - ganhou em popularidade: foi aplaudido de pé.
dn
Passos Coelho vai mesmo sair do Conselho de Estado, seguindo a estratégia de António Costa (que em vez de ocupar o lugar de Seguro, indicou Alfredo Bruto da Costa). O líder do PSD - como avançou ontem o Sol e o DN confirmou - só quer voltar àquele órgão na qualidade de primeiro-ministro e vai ceder o segundo lugar da direita ao CDS.Ao que o DN apurou, embora possa não convocar o Conselho de Estado até ao fim do mandato, o Presidente da República pode aproveitar o facto de haver eleição dos conselheiros na Assembleia da República para dar posse aos novos membros daquele órgão. Há 50 dias que Cavaco Silva não dá posse ao novo Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, tendo entretanto, uma outra substituição obrigatória para fazer: a do primeiro-ministro, pois tem de dar posse a António Costa. O último conselheiro a ser empossado neste órgão (o social-democrata Miguel Albuquerque) teve de esperar apenas três dias para ser membro do Conselho de Estado.O Presidente pode aguardar pelos nomes do Parlamento, para dar posse a todos em conjunto. Entretanto, a direita vai discutindo os nomes a indicar. No PSD, Francisco Pinto Balsemão é o escolhido por Passos Coelho, numa estratégia de garantir que se mantém naquele órgão.Outro dos pontos acertados entre PSD e CDS é que os centristas ficam com o segundo lugar que a direita consegue eleger via Assembleia da República. O facto de Passos não querer o lugar, impossibilita que seja Paulo Portas a ocupar o do CDS. Em cima da mesa dos centristas estão nomes como António Lobo Xavier, Bagão Félix ou Adriano Moreira.A direita acredita que, aqueles que ficarem de fora agora, acabarão por serem integrados por indicação do novo Presidente, que esperam que seja Marcelo . Na quinta-feira, o assunto foi abordado na Comissão Política, mas a decisão ainda não foi oficializada, pois Passos terá de afinar agulhas com Portas.Cavaco Silva pode não chegar a convocar o Conselho de Estado com esta composição, mas é necessário que os membros estejam em plenitude de funções se, por exemplo, for solicitado o levantamento de imunidade.Fontes do PSD anteveem que possa existir problemas ao nível dos altos organismos do Estado. Isto porque a aliança do PS à esquerda para o Conselho de Estado pode dificultar acordos ao centro quanto a nomeações para o Tribunal de Contas e para o Tribunal Constitucional.Passos no tiro ao PSAlém das questões mais táticas - como as indicações para o Conselho de Estado - o PSD segue a estratégia de colar o PS à esquerda para conquistar os votos do centro. No Conselho Nacional (CN) que acabou na madrugada de sexta-feira - já após a 1h30 - Passos disse aos conselheiros que já não valia a pena insistir no discurso de quem ganhou ou perdeu as eleições, mas insistiu no legado que PSD e CDS deixaram a um governo PS.Numa longa intervenção, que durou mais de uma hora, Passos criticou ainda o ministro das Finanças, Mário Centeno, por dramatizar uma poupança forçada de 46 milhões na Administração Pública (correspondente a 0,026% do défice), quando a coligação teve de fazer cortes de milhares de milhões para reduzir o défice ao longo dos últimos quatro anos.O líder do PSD avisou ainda os sociais-democratas, de acordo com conselheiros ouvidos pelo DN, que a viragem à esquerda do PS não é conjuntural (nem apenas pelo poder), advertindo que o secretário-geral do PS se rodeou de pessoas que defendem os acordos com a extrema-esquerda, numa alusão aos designados "jovens turcos" do PS.Passos Coelho também fez ontem rasgados elogios a Cavaco Silva, destacando a necessidade de fazer o "reconhecimento público do mandato apartidário e com rigor do professor Cavaco Silva". No aplaudómetro da noite, o Presidente da República foi mais aplaudido pelo CN que o próprio Marcelo Rebelo de Sousa (embora o apoio - ou, melhor, recomendação - tenha sido aprovada por unanimidade). Só Passos - que anunciou recandidatura - ganhou em popularidade: foi aplaudido de pé.
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