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Roter.Teufel

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Paz na Ucrânia “pode demorar meses”

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Presidente eleito prometeu acabar com a guerra “no primeiro dia”, mas a realidade é bem mais complexa. Trump admitiu que será mais difícil acabar com a guerra da Ucrânia do que obter o cessar-fogo em Gaza.

Foi a maior promessa de campanha de Donald Trump em matéria de política externa - acabar com a guerra na Ucrânia “no primeiro dia” do novo mandato. A realidade, no entanto, é bastante mais complexa do que uma mera promessa eleitoral, como reconheceram nas últimas semanas vários conselheiros do Presidente eleito, que falam agora num horizonte de “vários meses” para conseguir um acordo entre a Ucrânia e a Rússia.

O próprio Trump reconheceu subtilmente, desde as eleições de novembro, que a sua meta de anunciar um acordo no primeiro dia no cargo - já na próxima segunda-feira - foi demasiado ambicioso, tendo emendado a sua mensagem, primeiro, falando num “acordo rápido” e, mais recentemente, prometendo apenas “resolver” o conflito, sem avançar qualquer meta temporal.

Dois conselheiros de Trump admitiram esta semana à Reuters que um acordo “pode demorar vários meses, ou até mais”, enquanto o futuro enviado para a Ucrânia, o general reformado Keith Kellog, diz agora que a meta é alcançar um acordo “nos primeiros 100 dias” da Presidência.

O próprio Trump reconheceu na semana passada que acabar com a guerra na Ucrânia “será mais difícil” do que acabar com a guerra em Gaza, onde um cessar-fogo foi ontem anunciado. Ao contrário de Gaza, onde a ameaça de Trump de “causar um inferno” para o Hamas poderá ter contribuído para o ‘forcing’ final com vista a um acordo antes da tomada de posse, na Ucrânia a pressão do novo Presidente americano não teve um efeito tão imediato. É certo que, confrontado com a ameaça de perder a ajuda militar e económica dos EUA, Zelensky já admite ceder parte do seu território em troca da cessação das hostilidades, o que nunca tinha feito até agora, mas ainda não parece disposto a abdicar da adesão à NATO, como sugerem os vários cenários que estão a ser estudados pela equipa de Trump.

Já Vladimir Putin tem dado sinais contraditórios, afirmando, por um lado, que está interessado em falar com Trump, mas insistindo, por outro, que as propostas que têm sido avançadas pelos conselheiros do Presidente eleito são “inaceitáveis” para a Rússia, nomeadamente no que diz respeito ao envio de forças europeias para monitorizar o cessar-fogo e garantir a segurança na futura zona desmilitarizada entre dois países.

Correio da Manhã
 
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