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Roter.Teufel

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Pelo menos 18 supostos rebeldes abatidos em Moçambique

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Responsável avançou que já está restabelecida a ordem no distrito de Muidumbe, em Cabo Delgado.

Pelo menos 18 supostos terroristas foram abatidos pela força local no distrito de Muidumbe, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, num ataque a uma aldeia local, avançou, este sábado, fonte oficial.

"No ataque ocorrido no dia 7 de junho de 2025, na aldeia Magaia, estes tiveram o seu revés nas suas incursões, pois receberam uma resposta bem forte da força local que culminou com o abate de 18 membros desse grupo", disse o administrador do distrito de Muidumbe, João Bosco.

O responsável avançou que já está restabelecida a ordem naquele distrito, mas mostrou preocupação com um alegado recrutamento de jovens dos distritos da província de Nampula para integrar as fileiras dos supostos terroristas.

"Neste momento, o distrito vive um ambiente calmo e tranquilo, e as populações desenvolvem as suas atividades normalmente, disse João Bosco.

Em 7 de junho, a Lusa noticiou que um grupo de supostos rebeldes raptou nove camponeses na aldeia de Magaia, zona baixa do distrito de Muidumbe, na província de Cabo Delgado.

A designada força local é composta sobretudo por antigos guerrilheiros da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), que liderou a guerra contra o regime colonial português (1964-1974) e que voluntariamente voltaram a pegar em armas para combater os grupos rebeldes que têm protagonizado ataques na província de Cabo Delgado desde outubro de 2017.

A força local tem sido um aliado importante nas operações para travar a insurgência armada no norte de Moçambique, com a vantagem de ser integrada por antigos guerrilheiros locais e que conhecem a geografia da região em que o conflito ocorre.

Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico, que chegaram a provocar mais de um milhão de deslocados.

Só em 2024, pelo menos 349 pessoas morreram em ataques de grupos extremistas islâmicos na província, um aumento de 36% face ao ano anterior, segundo dados divulgados recentemente pelo Centro de Estudos Estratégicos de África, uma instituição académica do Departamento de Defesa do Governo norte-americano que analisa conflitos em África.

O Estado Islâmico reivindicou, há pouco mais de semana, um ataque a um acampamento do Exército moçambicano em Macomia, afirmando que provocou a morte de, pelo menos, 10 militares, informação não confirmada pelas autoridades moçambicanas.

Numa informação colocada nos seus canais de propaganda, o Estado Islâmico acrescenta que o acampamento militar foi destruído neste alegado ataque, o segundo, assegura o grupo, em menos de um mês, depois de outro do género em Muidumbe, que afirma ter provocado 11 mortos entre o Exército moçambicano.

Estes ataques, embora em menor escala, têm vindo a recrudescer nos últimos meses, coincidindo com a anunciada intenção da petrolífera TotalEnergies de retomar o megaprojeto de produção de Gás Natural Liquefeito em Cabo Delgado, avaliado em 20 mil milhões de dólares (17,7 mil milhões de euros).

Em abril registaram-se ataques destes grupos, também, numa reserva da província vizinha de Niassa, resultando em, pelo menos, dois mortos.

Já em maio, um navio oceanográfico russo foi alvo, no mar, de um ataque armado de autoria desconhecida, numa zona de Cabo Delgado habitualmente alvo de ataques de extremistas a pescadores locais.

Correio da Manhã
 
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