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Um grupo de investigadores do Centro de Pesquisa e Neuromodulação do Hospital Butler, nos Estados Unidos, sugere que o consumo excessivo de café pode levar a uma diminuição da capacidade de aprendizagem e memorização. Este novo estudo contraria, assim, inúmeras descobertas científicas que afirmam que o café aumenta os níveis de atenção e alerta.
A investigação envolveu 20 voluntários. O grupo incluía pessoas que ingeriam bebidas com cafeína de forma regular (uma a cinco doses diárias). Entre os participantes encontrava-se ainda quem não fosse apreciador de estimulantes com cafeína.
Para verificarem os efeitos do café no cérebro, os cientistas submeteram os participantes a um processo de estimulação magnética cerebral chamado EMTr. Esta técnica simula o que acontece no cérebro quando alguém está em processo de aprendizagem. Foi desta forma que descobriram que as pessoas que ingeriam uma maior quantidade de cafeína tinham uma menor atividade cerebral na área relacionada com a aprendizagem e novas memórias.
Os autores reconhecem as limitações do estudo, mas defendem que é importante aprofundar as descobertas. "Estes dados preliminares destacam a necessidade de testar diretamente os efeitos da cafeína em estudos prospetivos bem fundamentados, porque, em teoria, sugerem que o uso crónico de cafeína pode limitar a aprendizagem ou a plasticidade", lê-se no artigo publicado.
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