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Pequim e Seul exigem "mais sinceridade" após meias desculpas de Abe pela II Guerra

kokas

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Set 27, 2006
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Primeiro-ministro japonês manifestou "pesar", mas diz que gerações futuras de japoneses não podem "estar predestinadas a pedir desculpa".
A expectativa à volta do discurso de Shinzo Abe nos 70 anos do fim da II Guerra Mundial era tal que quando distribuíram cópias do texto aos jornalistas antes da conferência de imprensa se gerou um pequeno motim. O primeiro-ministro japonês subiu pouco depois ao palanque, para expressar "profundo pesar"pela atuação do seu país durante a guerra. Sublinhou que "o Japão tem repetidamente pedido desculpas sentidas" pelo erros do passado, mas garantiu que as gerações futuras não podem estar "predestinadas a pedir desculpas".
Com todas as palavras escrutinadas ao milímetro pelas vizinhas China e Coreia do Sul - principais vítimas da ocupação e regime colonial japoneses antes da derrota de Tóquio em 1945 -, Abe parece não sido suficientemente claro nas desculpas. Pequim e Seul exigiram mais "sinceridade" ao chefe do governo nipónico. A agência Xinhua garantiu que "mitigar as desculpas não ajuda muito Tóquio a acabar com a falta de confiança". A China criticou ainda o primeiro-ministro japonês que "em vez de fazer um pedido de desculpas inequívoco", encheu o discurso de "jogos de palavras como "mantemos a nossa posição quanto às desculpas", provas do seu revisionismo histórico que tem assombrado as relações do Japão com os vizinhos". Já a Coreia do Sul exigiu "ações sinceras" de Tóquio, afirmando que palavras não chegam.
No poder desde dezembro de 2012, depois de ter chefiado o governo nipónico uma primeira vez em 2006-2007, Abe é acusado pelos críticos de querer apagar o lado mais negro da história do Japão durante a II Guerra Mundial. O Japão do imperador Hirohito, que já colonizava Taiwan e a Coreia, deu largas às ambições territoriais, aproveitando a superioridade militar para ocupar a China (que invadira em 1937) e o sudeste asiático, deixando para trás milhões de mortos e um trauma que dura até hoje. Aliado da Alemanha nazi e da Itália de Mussolini, o grande erro de Tóquio terá sido atacar Pearl Harbor em 1941, levando os EUA a entrar no conflito. E foram as bombas atómicas lançadas pelos americanos sobre Hiroxima e Nagasáqui (a 6 e 9 de agosto de 1945) que ditaram o fim da guerra no Pacífico e a rendição lida por Hirohito ao meio-dia de 15 de agosto.


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