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GF Ouro
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Chegada de armas modernas aos 200 mil combatentes iraquianos foi fundamental para equilibrar forças face à ameaça do grupo terrorista
Briyar Kamal, de 24 anos, é um estudante curdo que decidiu passar as férias de verão a lutar ao lado dos peshmergas contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI). Para este aluno de Economia da Universidade de Souleimaniyeh, no Norte do Iraque, a justificação é simples: "Se a nação precisa de mim aqui, eu continuarei a lutar; quando a situação melhorar, retomarei os estudos."
Oriundo de Halabja - a cidade nas montanhas do Curdistão que Saddam Hussein bombardeou com gás tóxico em 1988, matando cinco mil pessoas -, Kamal recebeu um treino militar antes de ir para a linha da frente onde luta "pela defesa e a liberdade" do seu país. Não é o único: muitos jovens, rapazes e raparigas, adiaram o fim da sua vida académica para se alistarem nas fileiras dos peshmergas, nome oficial das forças armadas do Governo regional do curdistão iraquiano.
Conhecidos também por combatentes curdos do Iraque, os pesh- mergas - "aqueles que enfrentam a morte" - existem desde a criação do movimento para a independência do Curdistão, no início dos anos de 1920, quando se dá a derrocada do Império Otomano. Então, o povo curdo, que existe no Iraque, Irão, Turquia e Síria, desejava ter o seu próprio Estado, um sonho que não desapareceu.
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