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Pinho Vargas defende mais oportunidades músicos portugueses
O compositor António Pinho Vargas defendeu hoje mais oportunidades para a execução de novas obras criadas por músicos portugueses, que são por vezes «encomendadas e a seguir abandonadas pelas instituições» culturais.
O músico falava numa conferência de imprensa realizada no Centro Cultural de Belém (CCB) para apresentar o Festival «Música Portuguesa, Hoje», do qual Pinho Vargas é comissário, em conjunto com Pedro Santos e Rodrigo Amado.
Promovido pelo CCB, o evento vai apresentar em várias salas, nos dias 11, 12 e 13 de Julho, 52 obras de 48 compositores portugueses, percorrendo vários géneros musicais, desde a música erudita ao jazz, fado e electrónica.
António Pinho Vargas lamentou que «o que tem dominado as programações das temporadas de música é a repetição sucessiva e infindável das integrais de Beethoven ou de Mahler, por exemplo, quando o que falta à música portuguesa é o complemento das encomendas [de obras musicais], ou seja, a sua execução» em concertos.
«O que se verifica na sequência das encomendas de obras novas - convites importantes porque é isso que permite aos compositores trabalhar - é o seu total abandono a seguir, pelas instituições», lamentou.
António Mega Ferreira, presidente do CCB, tinha explicado pouco antes aos jornalistas que a ideia para este festival nasceu da fusão de uma sugestão de António Pinho Vargas - que o centro dedicasse um dia à música erudita portuguesa contemporânea - e, por coincidência, Pedro Santos e Rodrigo Amado, mais ligados a outros géneros musicais, tinham apresentado «uma ideia convergente».
«Transformámos duas ideias paralelas numa única, que junta a tradição escrita com a música de tradição oral», explicou António Pinho Vargas, sublinhando que «nunca houve uma iniciativa que apresentasse tantos compositores portugueses em tão pouco tempo».
Quanto aos critérios de selecção dos compositores, disse ter escolhido «quem está a trabalhar, a compor ao longo das últimas décadas, sem ser fundamental apresentar muitas estreias» e, por outro lado, a ideia-base que regulou o evento foi a «estética da aparição, permitindo que sejam mostradas peças que, na sua maioria, até hoje só tiveram uma única execução».
Por seu turno, Pedro Santos descreveu o momento actual da música portuguesa desta forma: «Nunca se editaram tantos CD´s, nunca tantos artistas foram conhecidos», o que levou a restringir a escolha para o festival aos «incontornáveis e a outros, que são segredos muito bem guardados».
«A nossa expectativa é que este festival assinale um momento de mudança» na descoberta de novos compositores e intérpretes por parte do público, destacou o também comissário Rodrigo Amado.
ntinuação)
Em declarações à Agência Lusa, António Mega Ferreira comentou que a continuação do festival «depende da forma como decorrer esta primeira edição, do interesse do público, mas, a continuar não será em 2009, mas depois, neste ou noutros moldes».
«Portugal tem neste momento um panorama de compositores que nunca existiu. É preciso aproveitar este período de grande vitalidade para fazer chegar a música portuguesa ao público», sustentou sobre um evento que, acredita, «será uma epifania, uma revelação».
Fonte:Lusa
O compositor António Pinho Vargas defendeu hoje mais oportunidades para a execução de novas obras criadas por músicos portugueses, que são por vezes «encomendadas e a seguir abandonadas pelas instituições» culturais.
O músico falava numa conferência de imprensa realizada no Centro Cultural de Belém (CCB) para apresentar o Festival «Música Portuguesa, Hoje», do qual Pinho Vargas é comissário, em conjunto com Pedro Santos e Rodrigo Amado.
Promovido pelo CCB, o evento vai apresentar em várias salas, nos dias 11, 12 e 13 de Julho, 52 obras de 48 compositores portugueses, percorrendo vários géneros musicais, desde a música erudita ao jazz, fado e electrónica.
António Pinho Vargas lamentou que «o que tem dominado as programações das temporadas de música é a repetição sucessiva e infindável das integrais de Beethoven ou de Mahler, por exemplo, quando o que falta à música portuguesa é o complemento das encomendas [de obras musicais], ou seja, a sua execução» em concertos.
«O que se verifica na sequência das encomendas de obras novas - convites importantes porque é isso que permite aos compositores trabalhar - é o seu total abandono a seguir, pelas instituições», lamentou.
António Mega Ferreira, presidente do CCB, tinha explicado pouco antes aos jornalistas que a ideia para este festival nasceu da fusão de uma sugestão de António Pinho Vargas - que o centro dedicasse um dia à música erudita portuguesa contemporânea - e, por coincidência, Pedro Santos e Rodrigo Amado, mais ligados a outros géneros musicais, tinham apresentado «uma ideia convergente».
«Transformámos duas ideias paralelas numa única, que junta a tradição escrita com a música de tradição oral», explicou António Pinho Vargas, sublinhando que «nunca houve uma iniciativa que apresentasse tantos compositores portugueses em tão pouco tempo».
Quanto aos critérios de selecção dos compositores, disse ter escolhido «quem está a trabalhar, a compor ao longo das últimas décadas, sem ser fundamental apresentar muitas estreias» e, por outro lado, a ideia-base que regulou o evento foi a «estética da aparição, permitindo que sejam mostradas peças que, na sua maioria, até hoje só tiveram uma única execução».
Por seu turno, Pedro Santos descreveu o momento actual da música portuguesa desta forma: «Nunca se editaram tantos CD´s, nunca tantos artistas foram conhecidos», o que levou a restringir a escolha para o festival aos «incontornáveis e a outros, que são segredos muito bem guardados».
«A nossa expectativa é que este festival assinale um momento de mudança» na descoberta de novos compositores e intérpretes por parte do público, destacou o também comissário Rodrigo Amado.
ntinuação)
Em declarações à Agência Lusa, António Mega Ferreira comentou que a continuação do festival «depende da forma como decorrer esta primeira edição, do interesse do público, mas, a continuar não será em 2009, mas depois, neste ou noutros moldes».
«Portugal tem neste momento um panorama de compositores que nunca existiu. É preciso aproveitar este período de grande vitalidade para fazer chegar a música portuguesa ao público», sustentou sobre um evento que, acredita, «será uma epifania, uma revelação».
Fonte:Lusa