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Poema em homenagem a Raul Solnado

Nelson14

GF Platina
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Os meus tempos de menino
eram tempos difíceis não havia nada
alguém me matava a fome de sonho
de o querer imitar fazendo rir à gargalhada

Não havia pão para a boca
nas bocas andavam as rábulas de Solnado
juntos em magotes as repetíamos
e mantinha-mos o estômago enganado

Era aquele alô
e também o podió chamá-lo
o vamos contar mentiras
e ao Malmequer desfolhá-lo

Eram tempos de miséria
mas havia algo de novo
a fome era já nossa sina
tu davas alento ao povo

Do comer, qual comer?
ansiava-se pela hora
essa com Solnado a dizer
piadas pela noite fora

Hoje se vai mais um marco
daqueles que delimitava caminho
usando as palavras como farpas
para atingir politicozinho

Solnado foi a tua vez
de o palco da vida abandonar agora
para ti e todos os nossos
um até já e ninguém demora

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