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Polícia brasileira volta a rejeitar tese de conspiração na facada sofrida por Bolsonaro em 2018
Novo relatório pede arquivamento do caso.
A Polícia Federal (PF) brasileira voltou a rejeitar a tese de que a facada que quase matou o então candidato à presidência Jair Bolsonaro em 6 de Setembro de 2018 durante um acto político numa praça da cidade de Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais, tenha feito parte de uma conspiração para o impedir de ser eleito. A reafirmação de que o autor da facada, Adélio Bispo de Oliveira, preso desde a época do ataque, agiu sozinho consta num novo relatório enviado à justiça pela PF, que pede o arquivamento do caso.
No relatório divulgado esta terça-feira, a Polícia Federal afirma que, a pedido do Ministério Público, reavaliou toda a investigação, fez novas diligências, inclusive cumprindo mandados de busca e apreensão, reavaliou pistas, cocumentos e análises de equipamentos electrónicos. Após essa exaustiva reanálise da investigação anterior, diz a PF no novo relatório, a conclusão dos novos procedimentos confirma a conclusão da investigação anterior, concluída em Maio de 2020, de que Adélio agiu sozinho, motivado por um surto de esquizofrenia delirante, e que o ataque à faca contra Bolsonaro não teve mandantes nem fez parte de uma conspiração para evitar a eleição dele.
Bolsonaro, que estava na presidência do Brasil quando o relatório inicial foi concluído, em 2020, ficou furioso com a primeira conclusão de que não houve conspiração e de que o seu agressor tem problemas mentais, tirou dos cargos os responsáveis pela investigação e mandou fazer outra. A nova investigação, anterior a esta concluída agora, também apontou que a facada foi um ato isolado de uma pessoa demente e que não houve qualquer articulação política por trás, mas Bolsonaro continua a insistir na tese de que o grave ataque que sofreu foi organizado pela esquerda, como dizia na primeira versão, ou pelo crime organizado, como passou a dizer, em ambos os casos para não deixar que fosse eleito e acabasse com o que ele considera o perigo do comunismo no Brasil, na primeira versão, e com a violência no país, na segunda.
No relatório de agora, a Polícia Federal reconhece que um dos advogados que se dispuseram a defender Adélio Bispo realmente tem ligações ao PCC, Primeiro Comando da Capital, de São Paulo, a maior e mais sangrenta organização criminosa do Brasil, mas garante que essa organização não teve nada a ver com o ataque à faca. Adélio está desde 2018 numa cela individual na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, capital do estado do Mato Grosso do Sul, uma prisão federal regida por um regime disciplinar duríssimo, e os seus advogados têm tentado em vão que ele seja transferido para um hospital psiquiátrico para ser tratado ao que a justiça avaliou anos atrás um transtorno de esquizofrenia delirante perigosa e agressiva.
Desde o ataque, Jair Bolsonaro já teve de se submeter a diversas cirurgias para correção de obstruções e desvios do sistema intestinal provocados pela facada e a outros procedimentos igualmente invasivos para ultrapassar sequelas provocadas pela sucessão de intervenções na região abdominal. A facada, bastante profunda e que quase o matou, por outro lado ajudou Jair Bolsonaro a ser eleito presidente, pois as presidenciais, que Lula da Silva, então preso por corrupção, foi impedido de disputar, ocorreram um mês após o brutal ataque e os eleitores foram às urnas ainda comovidos com a agressão ao até aí candidato, que antes disso nem era favorito.
Correio da Manhã

Novo relatório pede arquivamento do caso.
A Polícia Federal (PF) brasileira voltou a rejeitar a tese de que a facada que quase matou o então candidato à presidência Jair Bolsonaro em 6 de Setembro de 2018 durante um acto político numa praça da cidade de Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais, tenha feito parte de uma conspiração para o impedir de ser eleito. A reafirmação de que o autor da facada, Adélio Bispo de Oliveira, preso desde a época do ataque, agiu sozinho consta num novo relatório enviado à justiça pela PF, que pede o arquivamento do caso.
No relatório divulgado esta terça-feira, a Polícia Federal afirma que, a pedido do Ministério Público, reavaliou toda a investigação, fez novas diligências, inclusive cumprindo mandados de busca e apreensão, reavaliou pistas, cocumentos e análises de equipamentos electrónicos. Após essa exaustiva reanálise da investigação anterior, diz a PF no novo relatório, a conclusão dos novos procedimentos confirma a conclusão da investigação anterior, concluída em Maio de 2020, de que Adélio agiu sozinho, motivado por um surto de esquizofrenia delirante, e que o ataque à faca contra Bolsonaro não teve mandantes nem fez parte de uma conspiração para evitar a eleição dele.
Bolsonaro, que estava na presidência do Brasil quando o relatório inicial foi concluído, em 2020, ficou furioso com a primeira conclusão de que não houve conspiração e de que o seu agressor tem problemas mentais, tirou dos cargos os responsáveis pela investigação e mandou fazer outra. A nova investigação, anterior a esta concluída agora, também apontou que a facada foi um ato isolado de uma pessoa demente e que não houve qualquer articulação política por trás, mas Bolsonaro continua a insistir na tese de que o grave ataque que sofreu foi organizado pela esquerda, como dizia na primeira versão, ou pelo crime organizado, como passou a dizer, em ambos os casos para não deixar que fosse eleito e acabasse com o que ele considera o perigo do comunismo no Brasil, na primeira versão, e com a violência no país, na segunda.
No relatório de agora, a Polícia Federal reconhece que um dos advogados que se dispuseram a defender Adélio Bispo realmente tem ligações ao PCC, Primeiro Comando da Capital, de São Paulo, a maior e mais sangrenta organização criminosa do Brasil, mas garante que essa organização não teve nada a ver com o ataque à faca. Adélio está desde 2018 numa cela individual na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, capital do estado do Mato Grosso do Sul, uma prisão federal regida por um regime disciplinar duríssimo, e os seus advogados têm tentado em vão que ele seja transferido para um hospital psiquiátrico para ser tratado ao que a justiça avaliou anos atrás um transtorno de esquizofrenia delirante perigosa e agressiva.
Desde o ataque, Jair Bolsonaro já teve de se submeter a diversas cirurgias para correção de obstruções e desvios do sistema intestinal provocados pela facada e a outros procedimentos igualmente invasivos para ultrapassar sequelas provocadas pela sucessão de intervenções na região abdominal. A facada, bastante profunda e que quase o matou, por outro lado ajudou Jair Bolsonaro a ser eleito presidente, pois as presidenciais, que Lula da Silva, então preso por corrupção, foi impedido de disputar, ocorreram um mês após o brutal ataque e os eleitores foram às urnas ainda comovidos com a agressão ao até aí candidato, que antes disso nem era favorito.
Correio da Manhã