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Porque é que engordamos?

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É uma vantagem evolutiva, responde médica em livro

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A tendência de engordar não é culpa de ninguém, pois a selecção natural escolheu os seres humanos com maior capacidade de armazenar gordura, explica Alicia Kowaltowski, médica e professora do Instituto de Química da Universidade de São Paulo.

Ela lança esta quarta-feira (25) o livro «O que é o metabolismo?

Como os nossos corpos transformam o que comemos no que somos», em que explica os processos de obtenção de energia do corpo.

«Até há pouco mais de 100 anos, a expectativa de vida era de 40 anos apenas», diz.


«Era uma vantagem evolutiva e a tendência continua.

Como temos comida disponível, torna-se mais fácil engordar».

Por isso não há sentido em fazer a chamada "dieta paleolítica", por exemplo, pois, com ela, a expectativa de vida era ainda menor, de cerca de 35 anos.

No livro, Alicia também analisa o efeito de dietas no corpo e conclui que a mais saudável aproxima-se da dieta mediterrânea, com verduras, legumes, pouca proteína e óleos vegetais.

Agora, o desafio da ciência é descobrir por que algumas pessoas têm dificuldade em engordar. «Isso pode ser a chave para ajudar muita gente com obesidade.»

Investigadores estão atrás dessas pistas, inclusive Alicia e a sua equipa.

Entre as pesquisas do Laboratório de Metabolismo Energético estão descobrir o exacto processo bioquímico de como a alimentação afecta os neurónios no cérebro ou como o jejum prolongado aumenta as hipóteses de desenvolver diabetes.

Se acha que substituir os hidratos de carbono pelas proteínas emagrece, é bom saber que o destino destas é o mesmo dos hidratos a mais que comemos: tornam-se em gordura.

E mais, o corpo é capaz de transformar proteínas em hidratos de carbono quando precisa de energia, mas nunca os transforma em proteínas.

No livro, a professora explica as vias de mão única e mão dupla das substâncias dentro das células e no corpo em geral.

Há diversos casos na literatura, diz Alicia, de pessoas saudáveis que desenvolveram uma doença associada com a diabetes, chamada de cetoacidose, pela falta de hidratos de carbono.

Outra dessas vias de mão única é a da gordura.

O alimento em excesso - seja de qualquer tipo – transforma-se em gordura. Metabolizada, vira energia para queimar ou fica depositada.

Já a via da glicose, por exemplo, vinda dos doces, frutas, e hidratos de carbono, é uma via de mão dupla.

Somos capazes de quebrar a glicose e de «fabricar» a glicose.

Essa é a principal reacção química do mapa metabólico, pois, sem ela, não há energia.

Por isso é que, quando passamos muito tempo sem comer, o corpo é obrigado a sintetizar energia a partir das proteínas, gastando os músculos, pois o cérebro precisa de glicose para funcionar.

Uma dos hormonas mais importantes dessa via é a insulina, indispensável para que a energia em excesso seja transformada em gordura.

Poderíamos então pensar: melhor não tê-la então.

Mas, pior sem ela, pois a falta da insulina ocasiona diabetes tipo 1.

Nervos e vasos sanguíneos não funcionam como deve ser e causam diversos problemas no corpo.

Para a surpresa de muitos, os radicais livres também não são apenas «vilões».

«Quando se faz exercício, há um processo de oxidação que melhora a musculatura e a vascularização», diz.

«Se toma antioxidantes como vitamina C e E, por exemplo, sem indicação médica, antes do exercício, elas vão impedir esses efeitos positivos», diz.

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