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O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, acusou no sábado o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, de ser «mais rápido que a própria sombra» ao negociar a venda do BPN em Luanda (Angola).
«Paulo Portas começou em Angola a negociar as condições para vender o Banco Português de Negócios (BPN) ainda o Governo não tinha decidido. O homem negoceia mais depressa que a sua própria sombra», acusou Francisco Louçã, durante um comício na noite de sábado em Armação de Pêra, no Algarve.
Louçã classificou o caso BPN como um «cambalacho» e uma das razões para a crise financeira que Portugal vive.
«O Estado foi dono do BPN durante quase três anos e não cobrou ao homem mais rico de Portugal [Américo Amorim]», recordou o líder bloquista, referindo que «não há regra nenhuma para quem tem a compreensão do Governo».
«Tudo é possível. Tornar-se Américo Amorim, o mais rico de Portugal e ser em simultâneo o maior devedor de Portugal», observou.
O BE afirma que não aceita o «cambalacho» do BPN, tal como não aceita a «privatização dos correios» ou da água.
«Não é por causa dos reformados, trabalhadores, desempregados, professores, enfermeiros que há a razão da crise financeira. A culpa da crise financeira é a irresponsabilidade por encontrar os ladrões, é o desequilíbrio, é a sociedade do cambalacho», acrescentou Francisco Louçã.
Lusa/SOL