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O Governo português desmentiu hoje, sexta-feira, que esteja a ser pressionado pelo Banco Central Europeu e outros países para pedir ajuda ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira, de forma a não prejudicar os espanhóis, que garantem não terem necessidade de ajuda externa.
"A notícia do Financial Times não tem qualquer fundamento", disse à Lusa fonte do gabinete do primeiro ministro, José Sócrates.
A edição alemã do Financial Times noticiou que uma maioria de países da zona euro e o BCE estão a pressionar Portugal a recorrer ao mesmo mecanismo de ajuda a que já recorreu, na semana passada, a Irlanda, com o intuito de evitar que a Espanha, a quarta maior economia da zona euro, tenha de fazer o mesmo.
De Espanha, bom vento na relação de Sócrates e Zapatero, primeiro-ministro espanhol, que descartou "em absoluto" a possiilidade de a Espanha ter de recorrer a um plano de resgate da União Europeia semelhante ao que foi aplicado à Grécia e à Irlanda, divulgou a imprensa local.
"Eu não transmito confiança simplesmente porque quero, mas sim com dados concretos", afirmou numa entrevista à rádio RAC 1, citada pelo El Mundo e pelo El País.
"Não há nenhum cenário" possível de pedido de resgate e "todos os que alimentam essa ideia não contribuem para que a situação se torne mais serena", sublinhou Zapatero, acrescentando um aviso: "Os investidores que estão a apostar na Espanha vão-se enganar".
Apesar da redução nos salários dos funcionários públicos estar decidida, o primeiro ministro garantiu que não haverá despedimentos e negou que o Governo esteja a preparar uma nova subida do IVA.
Zapatero criticou ainda o partido da oposição, o PP, pela sua "lamentável" e "vergonhosa atitude das últimas 48 horas", ao questionar as contas públicas.
"O PP não tem nenhuma credibilidade internacional", afirmou, acrescentando "estranhar que não haja nenhuma contestação pública contra o PP".
Segundo José Luís Zapatero, "o plano de redução do défice está a ser cumprido de forma escrupulosa e exemplar" e a Espanha "tem um sistema financeiro muito sólido e um setor bancário está a ser reestruturado a bom ritmo e estará consolidado no final do ano".
Durante a entrevista, Zapatero rejeitou que planeie convocar eleições, afirmando que foi "eleito para um mandato de quatro anos e vai cumprir com responsabilidade".
"Calhou viver uma crise económica de grande dimensão. Se o país necessita de reformas, vou fazê-las", concluiu.
JN
"A notícia do Financial Times não tem qualquer fundamento", disse à Lusa fonte do gabinete do primeiro ministro, José Sócrates.
A edição alemã do Financial Times noticiou que uma maioria de países da zona euro e o BCE estão a pressionar Portugal a recorrer ao mesmo mecanismo de ajuda a que já recorreu, na semana passada, a Irlanda, com o intuito de evitar que a Espanha, a quarta maior economia da zona euro, tenha de fazer o mesmo.
De Espanha, bom vento na relação de Sócrates e Zapatero, primeiro-ministro espanhol, que descartou "em absoluto" a possiilidade de a Espanha ter de recorrer a um plano de resgate da União Europeia semelhante ao que foi aplicado à Grécia e à Irlanda, divulgou a imprensa local.
"Eu não transmito confiança simplesmente porque quero, mas sim com dados concretos", afirmou numa entrevista à rádio RAC 1, citada pelo El Mundo e pelo El País.
"Não há nenhum cenário" possível de pedido de resgate e "todos os que alimentam essa ideia não contribuem para que a situação se torne mais serena", sublinhou Zapatero, acrescentando um aviso: "Os investidores que estão a apostar na Espanha vão-se enganar".
Apesar da redução nos salários dos funcionários públicos estar decidida, o primeiro ministro garantiu que não haverá despedimentos e negou que o Governo esteja a preparar uma nova subida do IVA.
Zapatero criticou ainda o partido da oposição, o PP, pela sua "lamentável" e "vergonhosa atitude das últimas 48 horas", ao questionar as contas públicas.
"O PP não tem nenhuma credibilidade internacional", afirmou, acrescentando "estranhar que não haja nenhuma contestação pública contra o PP".
Segundo José Luís Zapatero, "o plano de redução do défice está a ser cumprido de forma escrupulosa e exemplar" e a Espanha "tem um sistema financeiro muito sólido e um setor bancário está a ser reestruturado a bom ritmo e estará consolidado no final do ano".
Durante a entrevista, Zapatero rejeitou que planeie convocar eleições, afirmando que foi "eleito para um mandato de quatro anos e vai cumprir com responsabilidade".
"Calhou viver uma crise económica de grande dimensão. Se o país necessita de reformas, vou fazê-las", concluiu.
JN