kokas
GF Ouro
- Entrou
- Set 27, 2006
- Mensagens
- 40,722
- Gostos Recebidos
- 3

Duarte Sousa Lara, padre na diocese de Lamego, diz que há mais pessoas com distúrbios espirituais devido ao incremento da bruxariaHá mais hoje do que há duas décadas, mas "continuam a ser poucos para as necessidades com que nos confrontamos. Precisamos de mais exorcistas." É assim que o padre Duarte Sousa Lara, exorcista da diocese de Lamego, se refere à ajuda que a Igreja presta aos fiéis que em Portugal se dizem possuídos pelo demónio. Para este sacerdote, de 37 anos – filho do antigo subsecretário de Estado da Cultura de Cavaco Silva, António Sousa Lara –, que há mais de década e meia estuda a forma de combater "a ação do Diabo na tentativa de destruir a obra de Deus", a Igreja "deve apostar mais na formação de padres para a prática dos exorcismos. Trata-se, segundo diz, de um "ministério muito delicado e que exige grande conhecimento".
Por norma, as dioceses têm um padre, devidamente autorizado pelo bispo, a quem cabe a missão de expulsar o mal das pessoas possuídas. Em Portugal, no entanto, apenas 12 dioceses têm um exorcista oficial, embora quase nenhuma o admita.
"O demónio é muito inteligente, tenta sempre enganar quem lida com ele, e um exorcista não se improvisa. É como na medicina: seria imprudente pôr um estudante do 2º ano a fazer uma operação ao coração, até lá chegar, tem de fazer muitas com os mestres", diz o padre Duarte Sousa Lara, que acompanhou durante 11 anos o sacerdote italiano Gabriel Amorth, considerado o maior exorcista do Mundo. De resto, o padre português, que fala destes assuntos por considerar que "o exorcismo é necessário e implica uma profunda pastoral", lembra que, em apenas duas décadas, a "Itália passou de 30 para 300 exorcistas nomeados pela Igreja". Quanto a Portugal, o sacerdote diz que "as coisas, embora devagar, vão andando no sentido positivo, e há cada vez mais abertura, até dentro da própria Igreja, para debater estes assuntos".
Duarte Sousa Lara, que é pároco de Folgosa, Desejosa e Valença do Douro, na diocese de Lamego, diz que "o aumento dos casos de pessoas com graves distúrbios espirituais tem a ver sobretudo com a paganização que grassa na Europa e com o incremento das práticas de bruxaria, feitiçaria, ciências do oculto, rituais satânicos e coisas desse género". "Tantas coisas que agora estão muito na moda, como o yoga, o reiki ou outras formas de exercício espiritual, são caminhos facilmente percorridos pelo demónio. É preciso ter muito cuidado com essas coisas", adverte.
cm