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GF Ouro
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O presidente da Federação Muçulmana-Croata da Bósnia, Zivko Budimir, foi uma das 19 pessoas detidas nesta sexta-feira pela polícia bósnia numa grande operação contra a corrupção. Há um ano que Budimir recusava demitir-se, apesar de a coligação pela qual tinha sido eleito se ter desagregado e ter sido substituída por outra formação.
A recusa de Budimir (um crota) em apresentar a sua demissão tem impedido a formação de um novo governo na entidade Muçulmana-Croata (desde o fim da guerra de 1992-1995, a Bósnia é formada por duas entidades, a Sérvia e a Muçulmana-Croata, com fracas instituições centrais).
A sua demissão era reclamada pela nova coligação governamental, composta pelo Partido Social-Democrata (multiétnico), pela União para um Futuro Melhor (muçulmanos), a União Democrática Croata e o HDZ-1990 (croatas).
Budimir afirmava que estava a proteger a Constituição, diz a AFP, mas os media locais têm noticiado as suspeitas de que recebia subornos em troca de conceder amnistias a condenados, nomeadamente por tráfico de droga. A polícia bósnia justificou que um traficante detido também nesta sexta feita tinha recebido um desses perdões de Budimir. Entre as 19 detenções estão vários traficantes, bem como o presidente de uma comissão que examina os perdões presidenciais.
Esta é a operação anticorrupção mais importante já alguma vez realizada na Bósnia. Durou seis horas, durante as quais foram feitas buscas nos escritórios do presidente da entidade Muçulmana-Bósnia e na sede do governo, bem como em vários apartamentos, disse à Reuters o porta-voz da polícia Boris Grubesic. A Bósnia é um dos países dos Balcãs mais afectados pela corrupção.
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