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Preso e funcionário lideravam negócio de droga em Custóias

florindo

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Um funcionário da oficina do estabeleecimento prisional de Custóias, Matosinhos, é suspeito de, durante anos, ter sido um dos responsáveis pela entrada de droga na cadeia. Foi apanhado pela PJ com droga que iria levar a um recluso de quem recebia ordens.

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Cadeia de Custóias

O indivíduo, de 52 anos, já tinha sido julgado há dois anos no Tribunal de Matosinhos precisamente por acusação de tráfico de droga. Mas foi absolvido por insuficiência de provas, apesar de haver um recluso a denunciá-lo.

Agora, foi detido em flagrante, a par de mais dois indivíduos, na posse de tabletes de haxixe e quantidades de cocaína e liamba suficientes para duas mil doses.

As autoridades apuraram que o destino final do produto estupefaciente seria um recluso de nome Rogério, de 45 anos, colocado no pavilhão dos trabalhadores e que exercia funções na designada "horta interior" da cadeia de Custóias. A colocação naquelas funções indicia já algum grau de confiança da Direcção no preso, uma vez que lhe possibilita uma certa liberdade de movimentos. Era neste contexto que se verificavam contactos entre o funcionário da oficina e o preso.

Por sua vez, Rogério distribuiria a droga pelos demais reclusos que tivessem dinheiro para a adquirir. A Directoria do Norte da Polícia Judiciária (PJ) está a apurar a possível existência de cúmplices e outros intervenientes no negócio de tráfico na cadeia.
Certo é que esta via de entrada das substâncias ilícitas era liderada pelo recluso, que estabelecia contactos com os elementos da rede através de telemóveis.

Anteontem, inspectores da PJ efectuaram uma busca na cela do indivíduo, depois de terem detido, na Maia, o funcionário e os outros dois suspeito, de 23 anos, que se declararam "secretário" e desempregado.

Telemóvel interceptado

Ao todo, a PJ apreendeu nove telemóveis - três controlados pelo recluso. Em especial, era procurado um aparelho cujo número de identificação (Imei) foi detectado em comunicações interceptadas.

Além da droga, na posse dos detidos, foram encontrados 3500 euros em dinheiro "vivo". Foi, ainda, apreendido um automóvel.

De acordo com fonte da PJ, Custóias não é o único estabelecimento suspeito de destino de quantidades significativas de droga, razão pela qual os inspectores vão prosseguir com averiguações.

Há alguns meses, numa outra investigação, a PJ efectuou buscas em celas do estabelecimento prisional de Paços de Ferreira, mas não chegou a ser detectada droga.

Os três indivíduos foram ontem levados a interrogatório perante juiz. O funcionário da cadeia - que, por ter sido absolvido, não tinha cadastro - vai aguardar julgamento em prisão preventiva. Um dos outros indivíduos vai ficar obrigado a permanecer na habitação, enquanto o terceiro fica sujeito a apresentações periódicas à Polícia. Ao líder do grupo, por já estar preso, não foi aplicada medida de coacção.

JN
 
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