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Primeiro calau da Europa gerado em cativeiro nasceu no Zoo de Lourosa

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O primeiro calau da Europa a nascer em cativeiro foi gerado no Zoo de Lourosa, o que a directora desse parque ornitológico considera um contributo importante para a preservação da espécie, originária das florestas da África Central.

Afirmando que o Calau de Casco Cinzento “está a sofrer um forte declínio na sua população selvagem devido à perda de habitat, à captura para consumo humano e ao tráfico internacional”, Salomé Tavares adianta: “Este nascimento é significativo porque não é comum esta ave reproduzir-se em cativeiro e, assim, estamos a contribuir para que tenha uma população sustentável”.

Segundo dados do sistema ISIS, que regista a nível internacional todos os animais em cativeiro, o último calau gerado em ambiente controlado nasceu no Zoo de S. Diego, na Califórnia, há seis anos.

“Na Europa”, declara a directora do zoo do concelho da Feira, “não havia, até agora, registo de qualquer nascimento da espécie”.

Salomé Tavares refere que a reduzida natalidade registada em cativeiro entre os calaus - que se distinguem por exibir um casco sobre o bico - se deve sobretudo “à dificuldade em recriar as condições de que a ave necessita para a reprodução”, mas também “à falta de compatibilidade entre os casais da espécie”.

Isso significará que, dos 16 machos e 13 fêmeas registados em todo o mundo, alguns casais podem ter evidenciado afinidades entre si, “mas não encontraram um local que lhes servisse de ninho”.

No Zoo de Lourosa, que acolhe dois casais de calaus (entre os oito machos e sete fêmeas registados na Europa), cumprem-se os dois requisitos: “O casal é compatível e a fêmea encontrou um tronco que fosse do seu agrado para fazer o ninho”.

Esse aspecto é determinante se se considerar que “a fêmea fica encerrada dentro do tronco durante todo o processo de incubação”. Consciente disso, Salomé Tavares afirma que a equipa do zoo “acompanhou sempre o comportamento dos calaus e procurou reproduzir, nas suas instalações, as características do seu habitat natural”.

“Uma parte do espaço está a descoberto, pelo que as aves podem estar ao sol e à chuva, como aconteceria em qualquer lugar”, adianta. “A outra está coberta e tem, inclusive, uma parede de vidro, para criar efeito de estufa. Mas se o local atingir determinada temperatura, os aspersores de água disparam automaticamente, pelo que o clima do espaço está sempre controlado”.

As instalações dos calaus incluem ainda os troncos de árvore indispensáveis à reprodução da espécie. No caso da ave mais jovem, “a incubação foi de aproximadamente 40 dias, o que significa que a fêmea esteve esse tempo todo sozinha no tronco, com uma pequena abertura por onde o macho a alimentava”.

Quanto ao novo calau que agora circula no zoo, Salomé Tavares revela que esse nasceu, “em princípio, a 10 de Outubro”. A dúvida deve-se ao próprio comportamento da espécie: “O juvenil só saiu para fora do ninho a 14 de Dezembro, cerca de dois meses depois do nascimento. Só soubemos que já tinha nascido porque lhe ouvíamos o piar”.

Se o mais jovem calau da Europa é macho ou fêmea, “também ainda não se sabe”, mas a directora do zoo esclarece: “Os juvenis são sempre muito parecidos com a fêmea, com um bico pequeno e sem casco. Só à medida que vão crescendo é que as diferenças se começam a manifestar”.

Especializado em aves, o Zoo de Lourosa é o único parque ornitológico do país e inclui na sua colecção 400 exemplares de 150 espécies animais. Criado em 1990 por iniciativa de um particular, é gerido desde 2000 pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, através da empresa municipal Feira Viva.
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