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O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou o regime sírio de «atrocidade» e de não se comportar «humanamente» em relação aos contestatários, informou hoje a agência noticiosa Anatólia.
“Falei com Assad (o presidente sírio Bashar al-Assad) há quatro ou cinco dias. Mas eles (os sírios) subestimam a situação. E infelizmente, não se comportam humanamente”, declarou Erdogan numa entrevista divulgada pela televisão na quinta-feira à noite, segundo a Anatólia.
Erdogan descreveu o modo como mulheres foram mortas pelas forças de segurança sírias como uma “atrocidade”, considerando que a repressão das manifestações na Síria é “inaceitável”.
Neste contexto, a Turquia não pode defender a Síria, declarou.
Erdogan, que muitas vezes declarou ser um “amigo” do presidente Assad, pediu por diversas vezes reformas urgentes na Síria, face à contestação sem precedentes no país desde 15 de Março.
No total, 2.500 sírios fugiram para o sul da Turquia, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Ahmet Davutoglu.
Mais de 1.100 civis foram mortos e pelo menos 10.000 detidos na repressão contra a contestação ao regime de Assad, de acordo com associações de defesa dos direitos humanos.
O presidente do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Jakob Kellenberger, pediu hoje a Damasco um "acesso imediato" às zonas afectadas pela violência, declarando-se pronto a deslocar-se pessoalmente à Síria para se encontrar com as autoridades.
O objectivo da CICV é “avaliar as condições das pessoas detidas”, indica Kellenberger num comunicado.
Lusa/SOL