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Procuradoria-Geral do Brasil quer intimar Bolsonaro para explicar a campanha do filho nos EUA contra o Supremo
PGR pediu também ao Supremo a abertura de uma investigação sobre eventuais crimes que o filho de Bolsonaro terá cometido ao atacar instituições brasileiras e o magistrado.
A PGR, Procuradoria-Geral da República brasileira, pediu esta segunda-feira ao STF, Supremo Tribunal Federal, para intimar o ex-presidente Jair Bolsonaro a depor e a explicar a atuação de um dos filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro, que está desde fevereiro nos Estados Unidos a articular uma campanha contra aquele tribunal e contra o magistrado que comanda os processos contra o pai, juiz Alexandre de Moraes. Simultaneamente, a PGR também pediu ao Supremo Tribunal a abertura de uma investigação sobre eventuais crimes que Eduardo terá cometido ao atacar instituições brasileiras e o magistrado, nomeadamente coação e obstrução de justiça.
No pedido para intimar Jair Bolsonaro, a Procuradoria-Geral cita declarações do antigo presidente de que é ele quem financia a estadia do filho nos EUA, com o que já teria gasto uma soma bastante vultosa. E lembra que Jair Bolsonaro seria o principal beneficiado caso eventuais sanções internacionais contra o STF e Alexandre de Moraes fossem aprovadas e tivessem o poder de interferir nos processos contra o antigo presidente que estão a transmitar naquele tribunal, num dos quais, o de tentativa de golpe de Estado, ele foi constituído arguido em Março.
Eduardo Bolsonaro, um dos deputados federais mais votados do Brasil em 2022, foi para os EUA em Fevereiro e, em Março, anunciou que não voltaria ao Brasil e que iria pedir asilo político ao governo norte-americano. Segundo ele, que se licenciou do mandato mas não renunciou, deixando o caminho aberto para o retomar quando quiser, foi obrigado a tomar a medida extrema de se autoexilar por estar a ser vítima de perseguição do STF, nomeadamente por parte do juiz Alexandre de Moraes, e por poder ser preso a qualquer momento, mesmo não havendo qualquer processo em curso contra ele.
Muito próximo à família de Donald Trump, que já o elogiou publicamente diversas vezes, Eduardo tem articulado uma intensa campanha entre lideranças da direita radical no Congresso norte-americano, tentando que os EUA aprovem algum tipo de punição contra o juiz que vai julgar o pai e que, de alguma forma, possam interferir no processo que o antigo presidente enfrenta e pode levá-lo para a prisão por longos anos. Inicialmente, ninguém levou essa articulação do filho de Bolsonaro muito a sério, mas, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, confirmou em audiência no Congresso, em Washington, que o governo de Donald Trump está realmente a analisar sanções contra Alexandre de Moraes e, acrescentou, que há grandes probabilidades de isso acontecer.
Correio da Manhã

PGR pediu também ao Supremo a abertura de uma investigação sobre eventuais crimes que o filho de Bolsonaro terá cometido ao atacar instituições brasileiras e o magistrado.
A PGR, Procuradoria-Geral da República brasileira, pediu esta segunda-feira ao STF, Supremo Tribunal Federal, para intimar o ex-presidente Jair Bolsonaro a depor e a explicar a atuação de um dos filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro, que está desde fevereiro nos Estados Unidos a articular uma campanha contra aquele tribunal e contra o magistrado que comanda os processos contra o pai, juiz Alexandre de Moraes. Simultaneamente, a PGR também pediu ao Supremo Tribunal a abertura de uma investigação sobre eventuais crimes que Eduardo terá cometido ao atacar instituições brasileiras e o magistrado, nomeadamente coação e obstrução de justiça.
No pedido para intimar Jair Bolsonaro, a Procuradoria-Geral cita declarações do antigo presidente de que é ele quem financia a estadia do filho nos EUA, com o que já teria gasto uma soma bastante vultosa. E lembra que Jair Bolsonaro seria o principal beneficiado caso eventuais sanções internacionais contra o STF e Alexandre de Moraes fossem aprovadas e tivessem o poder de interferir nos processos contra o antigo presidente que estão a transmitar naquele tribunal, num dos quais, o de tentativa de golpe de Estado, ele foi constituído arguido em Março.
Eduardo Bolsonaro, um dos deputados federais mais votados do Brasil em 2022, foi para os EUA em Fevereiro e, em Março, anunciou que não voltaria ao Brasil e que iria pedir asilo político ao governo norte-americano. Segundo ele, que se licenciou do mandato mas não renunciou, deixando o caminho aberto para o retomar quando quiser, foi obrigado a tomar a medida extrema de se autoexilar por estar a ser vítima de perseguição do STF, nomeadamente por parte do juiz Alexandre de Moraes, e por poder ser preso a qualquer momento, mesmo não havendo qualquer processo em curso contra ele.
Muito próximo à família de Donald Trump, que já o elogiou publicamente diversas vezes, Eduardo tem articulado uma intensa campanha entre lideranças da direita radical no Congresso norte-americano, tentando que os EUA aprovem algum tipo de punição contra o juiz que vai julgar o pai e que, de alguma forma, possam interferir no processo que o antigo presidente enfrenta e pode levá-lo para a prisão por longos anos. Inicialmente, ninguém levou essa articulação do filho de Bolsonaro muito a sério, mas, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, confirmou em audiência no Congresso, em Washington, que o governo de Donald Trump está realmente a analisar sanções contra Alexandre de Moraes e, acrescentou, que há grandes probabilidades de isso acontecer.
Correio da Manhã