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"Não à Sharia na Europa", um dos cartazes na manifestação anti-imgração na Alemanha
Desde outubro que, à segunda-feira, as ruas de Dresden enchem-se de manifestantes contra a entrada de estrangeiros na Alemanha. Ontem foram mais de dez mil. Chanceler já disse não haver espaço para "a agitação e calúnia"
Há nove semanas, quando convocaram pelo Facebook a primeira manifestação anti-imigração islâmica na Alemanha, os PEGIDA - sigla em alemão para Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente - só juntaram 200 pessoas nas ruas de Dresden. Mas o movimento tem vindo a crescer e ontem foram mais de dez mil as pessoas que marcharam contra a entrada de estrangeiros no país, empunhando bandeiras alemãs e gritando "Nós somos o povo", um slogan recuperado aos protestos, também eles às segundas-feiras, contra o governo comunista na Alemanha de Leste que culminaram com a queda do Muro de Berlim em 1989.
Estes "nazis de fato", como lhe chamaram os sociais-democratas do SPD, misturam tanto skikheads como radicais neonazis ou simples simpatizantes do recém-criado partido Alternativa para a Alemanha (AfD, anti-imigração e antieuro). Jovens, sobretudo, mas também famílias com crianças pequenas e reformados, todos revelam as mesmas preocupações: aumento do custo de vida e falta de oportunidades de emprego, salários baixos e cortes nas pensões. Tudo problemas pelos quais culpam os imigrantes, isto apesar de os estrangeiros representarem apenas 2,2% da população da Saxónia(os muçulmanos representam 0,4%), o estado de que Dresden é a capital.
dn