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Pulmão vai matar milhões de chineses
EDUARDA FERREIRA *
A poluição industrial e automóvel, bem como o uso do carvão na cozinha e aquecimento constituem uma mistura explosiva para a saúde da população chinesa. Entre 2003 e 2033 essas serão a causa de 83 milhões de mortes.
A China deverá confrontar-se até 2033 com uma elevada incidência de doenças pulmonares, segundo um estudo de epidemiologistas de Harvard que publicam as suas estimativas na edição de Outubro da revista "The Lancet". De acordo com o estudo, 83 milhões de chineses serão vítimas de problemas pulmonares (tuberculose, doença obstrutiva crónica e cancro), no espaço de três décadas. O número corresponde a 24% das mortes no país durante esse período. As doenças respiratórias estão entre as dez principais causas de morte na China.
Os investigadores tiveram em conta os índices de poluição industrial e dos transportes. Mas nas suas conclusões e conselhos deram realce à necessidade de mudanças com impacto a nível individual e de agregado familiar.
Mais de 70% das casas na China ainda recorrem à lenha e ao carvão para confeccionar comida. Se não for possível mudar isso, ao menos que sejam construídas chaminés que façam a exaustão de fumos e partículas, aconselham os investigadores, que lembram também a necessidade de fogões menos poluentes. As partículas finas, também emitidas por processos industriais e pelos escapes automóveis, são tão ou mais nefastas para a saúde que o dióxido de carbono ou o dióxido de enxofre. Elas comprometem não só funções respiratórias como cardíacas. Presentemente, cerca de metade da população mundial depende da lenha e do carvão para cozinhar e aquecer-se.
Certo é que os efeitos combinados do tabagismo e da poluição vão ser responsáveis na China por 80% das mortes por doença obstrutiva crónica e por 75% dos óbitos por cancro do pulmão.
EDUARDA FERREIRA *
A poluição industrial e automóvel, bem como o uso do carvão na cozinha e aquecimento constituem uma mistura explosiva para a saúde da população chinesa. Entre 2003 e 2033 essas serão a causa de 83 milhões de mortes.
A China deverá confrontar-se até 2033 com uma elevada incidência de doenças pulmonares, segundo um estudo de epidemiologistas de Harvard que publicam as suas estimativas na edição de Outubro da revista "The Lancet". De acordo com o estudo, 83 milhões de chineses serão vítimas de problemas pulmonares (tuberculose, doença obstrutiva crónica e cancro), no espaço de três décadas. O número corresponde a 24% das mortes no país durante esse período. As doenças respiratórias estão entre as dez principais causas de morte na China.
Os investigadores tiveram em conta os índices de poluição industrial e dos transportes. Mas nas suas conclusões e conselhos deram realce à necessidade de mudanças com impacto a nível individual e de agregado familiar.
Mais de 70% das casas na China ainda recorrem à lenha e ao carvão para confeccionar comida. Se não for possível mudar isso, ao menos que sejam construídas chaminés que façam a exaustão de fumos e partículas, aconselham os investigadores, que lembram também a necessidade de fogões menos poluentes. As partículas finas, também emitidas por processos industriais e pelos escapes automóveis, são tão ou mais nefastas para a saúde que o dióxido de carbono ou o dióxido de enxofre. Elas comprometem não só funções respiratórias como cardíacas. Presentemente, cerca de metade da população mundial depende da lenha e do carvão para cozinhar e aquecer-se.
Certo é que os efeitos combinados do tabagismo e da poluição vão ser responsáveis na China por 80% das mortes por doença obstrutiva crónica e por 75% dos óbitos por cancro do pulmão.
* com agências
JN
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