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O Qatar é um país árabe, conhecido oficialmente como um emirado do Médio Oriente. Ocupa a pequena Península do Catar na costa nordeste da Península Arábica. Faz fronteira com a Arábia Saudita, ao sul, e o Golfo Pérsico envolve o resto do país. Um estreito do Golfo Pérsico separa o Qatar do vizinho, o Bahrein. O Qatar é um país rico em petróleo e gás natural, com a terceira maior reserva de gás do mundo e o primeiro ou segundo maior PIB per capita a nível mundial.
Bandeira do Catar.
O branco representa a paz; o castanho avermelhado
ou bordô, refere-se ao derramento de sangue ocorrido
durante as guerras do país; a linha cerrada de nove
pontos indica que o Qatar é o nono membro dos
Emirados reconciliados.
O brasão de armas do Qatar.
Mostra um círculo central de
cor ouro ou amarelo; duas
espadas com as suas pontas
torcidas rodeando um Dahu, um
navio árabe tradicional; e duas
palmeiras. Sobre o círculo está
escrito a denominação oficial do
Estado em caracteres árabes. O
escudo está rodeado pelas cores
da bandeira nacional. Foi adoptado
oficialmente em 1976.
O Qatar é um dos muitos novos emirados na Península Arábica. Depois de ser dominado pelos Persas durante milhares de anos, e mais recentemente, pelo Bahrein, pelos Turcos Otomanos e pelos Britânicos, o Qatar transformou-se num país independente a 3 de Setembro de 1971. Ao contrário da maior parte dos emirados vizinhos, o Qatar recusou tornar-se parte da Arábia Saudita ou dos Emirados Árabes Unidos.
Forte Zubara a 105 km da Doha, capital do Qatar.
Uma Monarquia Absoluta, o Qatar foi governado pela família Al-Thani, desde meados de 1800 e desde então transformou-se de um protectorado britânico, notável principalmente pela extracção de pérolas, em Estado independente com receitas significativas de petróleo e do gás natural.
A descoberta de petróleo, no início da década de 1940, transformou por completo a economia da nação. Antes, o Qatar era uma região pobre, dependente da pesca e das pérolas, criação de camelos e com uma pobreza generalizada. Possui um território extremamente árido, quase sem vegetação, sendo a sua agricultura prejudicada pela pouca fertilidade do solo, o que faz com que, a maioria dos alimentos consumidos no país, seja importado. Hoje, o país tem um nível de vida elevado comparável as nações mais desenvolvidas.
Área desértica do Qatar.
Cerca de 75% da sua população é formada por imigrantes, vindos principalmente da Índia e do Paquistão, em busca de empregos, geralmente no sector de construção civil. A sua força de trabalho era composta por 1,3 milhão de trabalhadores em 2010. Em consequência, existem 3,1 homens para cada mulher.
A população do Qatar foi estimada pelo censo realizado em 2010, pela QSA (Qatar Statistics Authotity): 1.699.435 habitantes. O censo mostra ainda, que grande parte da população se concentra nos municípios de Doha e Al Rayyan, que juntas, apresentam 74% dos habitantes do país.
Além disso, o censo realizado em 2010 destaca importantes dados com relação à população do Qatar:
- De 2004 a 2010 a população total aumentou 124%.
- A proporção da população, por sexo, é constituída por: 75,6% masculina, 24,4% feminina.
- Em Doha, a densidade demográfica é de 3394 km2.
- Quase metade da população vive em Doha, que conta com 796.947 habitantes.
A população do Catar é composta por:
- Árabes Qatares (25%);
- Outros Árabes (15%);
- Paquistaneses (18%);
- Indianos (18%);
- Iraquianos (10%);
- Outros (14%).
No Qatar prolifera algumas religiões:
- Islamismo (81,9%);
- Cristianismo (11,2%);
- Outras (4,6%);
- Sem religião (2,3%).
A esperança de vida é de 76 anos e a sua taxa de analfabetismo ronda os 7%.
A política do Qatar pode resumir-se da seguinte maneira:
- Forma de governo: Monarquia Absoluta.
- Divisão administrativa: 9 municipalidades.
- Partidos políticos: não existem.
- Legislativo: não existem.
- a Constituição permanece em vigor desde 1970.
O Qatar tem experimentado um rápido crescimento económico ao longo dos últimos anos graças aos elevados preços do petróleo e em 2008 publicou seu oitavo superavit orçamentário consecutivo. A política económica é focada no desenvolvimento não associado às reservas de gás natural e em aumentar o investimento privado e estrangeiro em sectores não energéticos, mas o petróleo e o gás ainda representam mais de 50% do PIB do país, cerca de 85% das receitas de exportação e 70% das receitas do governo.
As reservas descobertas de petróleo, estimadas em 15 biliões de barris, deverá permitir a continuação da produção nos níveis actuais por mais 37 anos. As reservas descobertas de gás natural do Qatar são de cerca de 26 triliões de metros cúbicos, cerca de 14% das reservas totais do mundo e a terceira maior reserva do planeta.
Antes da descoberta do petróleo, a economia da região do Qatar era centrada na pesca e na extracção de pérolas. Após a introdução da pérola japonesa cultivada no mercado mundial na década de 20 e 30, a indústria de pérolas do Qatar entrou em declínio. No entanto, a descoberta de petróleo, no início dos anos 40, transformou completamente a economia do Estado. Agora, o país tem um alto padrão de vida, com muitos serviços sociais oferecidos aos seus cidadãos e todas as comodidades de qualquer Estado moderno. Além disso, os seus habitantes não pagam impostos de rendimentos, o que faz do Qatar, juntamente com o Bahrein, um dos países com as menores taxas de impostos do mundo.
Doha ou Doa - capital do Qatar: centro ecónomico, cultural e financeiro do emirado.
Doha ou Doa, é a capital do Qatar. Localizada nas margens do Golfo Pérsico, na costa leste do emirado, a cidade é o principal centro económico, cultural e financeiro do país. Além disso, é a cidade mais populosa, sendo que possuía 1,85 milhão de habitantes em 2010, concentrando cerca de 80% da população. Doha também é sede da Cidade da Educação, uma área destinada à pesquisa e educação, além de ter sido escolhida como sede da Copa do Mundo FIFA de 2022.
O aeroporto internacional de Doha é o único aeroporto existente no Qatar (Catar) e em breve será substituído pelo novo aeroporto Internacional de Doha, que terá capacidade para 22 milhões de passageiros por ano. Actualmente opera em todo o Médio Oriente, os países árabes em África, uma grande parte da Europa e do Extremo Oriente, alguns pontos dos Estados Unidos e para Ásia Central. Ao redor de 15.72 milhões de passageiros transitaram pelo complexo em 2010. Air Arabia, FlyDubai e Jazeera Airways são companhias de baixo custo operando no local.
Aeroporto Internacional de Doha situado a 5 km a sudoeste da área urbana de Doha.
Limousines e táxis ligam o aeroporto à área urbana. A empresa estatal Mowasalat dispõe do serviço de transporte público Karwa que opera no aeroporto de Doha. O sistema público de autocarros tem uma grande cobertura com paragens na maioria dos distritos. A estação principal de autocarros situa-se na área de Zocos da cidade de Doha, e os serviços operam com as principais cidades em Qatar. Os táxis estão disponíveis nas saídas dos terminais.
Há balcões de aluguer de automóveis das empresas mais reconhecidas (Avis, Budget, Europcar, Hertz, Sixt, Mustafawi, Prestige e Thrifty).
Com o novo aeroporto, em Doha, o Qatar, quer se firmar ainda mais como porta de entrada para o Oriente. O projecto mostra que o novo aeroporto dá prioridade a beleza e o conforto dos passageiros. Construído às margens do Golfo Pérsico (metade do terreno de 2200 hectares é de área aterrada) e com estilo arquitectónico de paredes envidraçadas, curvas arrojadas, fontes e jardins que lembra os modernos prédios de outro emirado, Dubai , o novo aeroporto será o primeiro do mundo desenhado com a preocupação de atender ao Airbus A380, o maior avião de passageiros do mundo
O governo do Catar patrocina a rede de televisão Al Jazira, que produz um jornalismo livre para tratar dos assuntos dos demais países, com ênfase na cobertura dos assuntos dos demais países árabes, mas sujeito a um rígido limite quando são abordados os assuntos internos do emirado - seus noticiários sobre política doméstica são fortemente controlados pelos órgãos oficiais.
Criada em 1996 por Hamad bin Khalifa Al Thani, Emir do Qatar, no intuito de transformar seu pequeno país em centro cultural da região, Al Jazira iniciou suas transmissões em 1 de Novembro de 1996, e logo se destacou por alcançar um nível de liberdade de expressão e de oposição raramente visto no mundo árabe, acostumado a uma média controlada e dócil, mera porta-voz de comunicados oficiais.
Al Jazira já tinha uma actuação internacional, com sucursais e correspondentes espalhados pelo mundo, mas somente começou a chamar a atenção do Ocidente ao mostrar manifestações populares antiamericanas em seguida aos atentados de 11 de Setembro. Sua cobertura das guerras do Afeganistão (2002), e do Iraque (2003) fugiu ao padrão geralmente adoptado pelas grandes redes de TV norte-americanas. O governo Bush não gostou de ver imagens de seus soldados capturados, mortos ou feridos, e em represália, proibiu seus membros mais graduados de falarem à emissora.
A Al Jazira tornou-se o canal preferido dos militantes muçulmanos para divulgar as suas ações, sendo mostrados inclusive estrangeiros sequestrados no Iraque, no cativeiro ou sendo executados, neste último caso não sendo levadas ao ar as cenas mais fortes. Várias mensagens de Osama Bin Laden foram divulgadas em primeira mão pelo canal. Por outro lado, as autoridades de Israel tem ocupado espaço na emissora para divulgar seus pontos de vista e assim amenizar sua imagem negativa no mundo árabe.
A Al Jazira não atrai o ódio só do Ocidente. O regime islâmico radical da Arábia Saudita só a tolera porque sabe que tomar medidas mais drásticas contra ela só fará aumentar a impopularidade da monarquia. A audiência da emissora está em constante crescimento e é formada principalmente por telespectadores residentes em países do mundo árabe e imigrantes na Europa, principalmente na França, onde vivem 4,5 milhões de árabes ou descendentes, e na Alemanha. Ela tem como objetivo mostrar as noticias mais bombasticas no mundo arabe.
A Al Jazira também lançou ao ar o Jazira Children Channel (JCC), um canal de TV voltado exclusivamente para as crianças. Com uma programação a princípio apenas em árabe, a emissora infantil é uma iniciativa conjunta do governo do Qatar e da multinacional francesa Lagardère Images.
O público-alvo são crianças entre 3 anos e 15 anos, divididas em três faixas de programação:
- Pré-escola (3 a 6 anos);
- Pré-adolescentes (7 a 10 anos);
- Adolescentes (11 a 15 anos).
O JCC tem 235 funcionários e escritórios no Cairo (Egipto), em Beirute (Líbano), Omã (Jordânia), Rabat (Marrocos) e Paris (França). O seu sinal é aberto e transmitido para 22 países árabes e para a Europa, pelos satélites Hot Bird 6 e Badr-4 (também conhecido como Arabsat 4B).
Al Jazira ou Al Jazeera (em árabe significa: península ou ilha) é a maior emissora de televisão jornalística do Qatar. Transmite em língua árabe e inglês.
Bandeira do Catar.
O branco representa a paz; o castanho avermelhado
ou bordô, refere-se ao derramento de sangue ocorrido
durante as guerras do país; a linha cerrada de nove
pontos indica que o Qatar é o nono membro dos
Emirados reconciliados.
O brasão de armas do Qatar.
Mostra um círculo central de
cor ouro ou amarelo; duas
espadas com as suas pontas
torcidas rodeando um Dahu, um
navio árabe tradicional; e duas
palmeiras. Sobre o círculo está
escrito a denominação oficial do
Estado em caracteres árabes. O
escudo está rodeado pelas cores
da bandeira nacional. Foi adoptado
oficialmente em 1976.
O Qatar é um dos muitos novos emirados na Península Arábica. Depois de ser dominado pelos Persas durante milhares de anos, e mais recentemente, pelo Bahrein, pelos Turcos Otomanos e pelos Britânicos, o Qatar transformou-se num país independente a 3 de Setembro de 1971. Ao contrário da maior parte dos emirados vizinhos, o Qatar recusou tornar-se parte da Arábia Saudita ou dos Emirados Árabes Unidos.
Forte Zubara a 105 km da Doha, capital do Qatar.
Uma Monarquia Absoluta, o Qatar foi governado pela família Al-Thani, desde meados de 1800 e desde então transformou-se de um protectorado britânico, notável principalmente pela extracção de pérolas, em Estado independente com receitas significativas de petróleo e do gás natural.
A descoberta de petróleo, no início da década de 1940, transformou por completo a economia da nação. Antes, o Qatar era uma região pobre, dependente da pesca e das pérolas, criação de camelos e com uma pobreza generalizada. Possui um território extremamente árido, quase sem vegetação, sendo a sua agricultura prejudicada pela pouca fertilidade do solo, o que faz com que, a maioria dos alimentos consumidos no país, seja importado. Hoje, o país tem um nível de vida elevado comparável as nações mais desenvolvidas.
Área desértica do Qatar.
Cerca de 75% da sua população é formada por imigrantes, vindos principalmente da Índia e do Paquistão, em busca de empregos, geralmente no sector de construção civil. A sua força de trabalho era composta por 1,3 milhão de trabalhadores em 2010. Em consequência, existem 3,1 homens para cada mulher.
A população do Qatar foi estimada pelo censo realizado em 2010, pela QSA (Qatar Statistics Authotity): 1.699.435 habitantes. O censo mostra ainda, que grande parte da população se concentra nos municípios de Doha e Al Rayyan, que juntas, apresentam 74% dos habitantes do país.
Além disso, o censo realizado em 2010 destaca importantes dados com relação à população do Qatar:
- De 2004 a 2010 a população total aumentou 124%.
- A proporção da população, por sexo, é constituída por: 75,6% masculina, 24,4% feminina.
- Em Doha, a densidade demográfica é de 3394 km2.
- Quase metade da população vive em Doha, que conta com 796.947 habitantes.
A população do Catar é composta por:
- Árabes Qatares (25%);
- Outros Árabes (15%);
- Paquistaneses (18%);
- Indianos (18%);
- Iraquianos (10%);
- Outros (14%).
No Qatar prolifera algumas religiões:
- Islamismo (81,9%);
- Cristianismo (11,2%);
- Outras (4,6%);
- Sem religião (2,3%).
A esperança de vida é de 76 anos e a sua taxa de analfabetismo ronda os 7%.
A política do Qatar pode resumir-se da seguinte maneira:
- Forma de governo: Monarquia Absoluta.
- Divisão administrativa: 9 municipalidades.
- Partidos políticos: não existem.
- Legislativo: não existem.
- a Constituição permanece em vigor desde 1970.
O Qatar tem experimentado um rápido crescimento económico ao longo dos últimos anos graças aos elevados preços do petróleo e em 2008 publicou seu oitavo superavit orçamentário consecutivo. A política económica é focada no desenvolvimento não associado às reservas de gás natural e em aumentar o investimento privado e estrangeiro em sectores não energéticos, mas o petróleo e o gás ainda representam mais de 50% do PIB do país, cerca de 85% das receitas de exportação e 70% das receitas do governo.
As reservas descobertas de petróleo, estimadas em 15 biliões de barris, deverá permitir a continuação da produção nos níveis actuais por mais 37 anos. As reservas descobertas de gás natural do Qatar são de cerca de 26 triliões de metros cúbicos, cerca de 14% das reservas totais do mundo e a terceira maior reserva do planeta.
Antes da descoberta do petróleo, a economia da região do Qatar era centrada na pesca e na extracção de pérolas. Após a introdução da pérola japonesa cultivada no mercado mundial na década de 20 e 30, a indústria de pérolas do Qatar entrou em declínio. No entanto, a descoberta de petróleo, no início dos anos 40, transformou completamente a economia do Estado. Agora, o país tem um alto padrão de vida, com muitos serviços sociais oferecidos aos seus cidadãos e todas as comodidades de qualquer Estado moderno. Além disso, os seus habitantes não pagam impostos de rendimentos, o que faz do Qatar, juntamente com o Bahrein, um dos países com as menores taxas de impostos do mundo.
Doha ou Doa - capital do Qatar: centro ecónomico, cultural e financeiro do emirado.
Doha ou Doa, é a capital do Qatar. Localizada nas margens do Golfo Pérsico, na costa leste do emirado, a cidade é o principal centro económico, cultural e financeiro do país. Além disso, é a cidade mais populosa, sendo que possuía 1,85 milhão de habitantes em 2010, concentrando cerca de 80% da população. Doha também é sede da Cidade da Educação, uma área destinada à pesquisa e educação, além de ter sido escolhida como sede da Copa do Mundo FIFA de 2022.
O aeroporto internacional de Doha é o único aeroporto existente no Qatar (Catar) e em breve será substituído pelo novo aeroporto Internacional de Doha, que terá capacidade para 22 milhões de passageiros por ano. Actualmente opera em todo o Médio Oriente, os países árabes em África, uma grande parte da Europa e do Extremo Oriente, alguns pontos dos Estados Unidos e para Ásia Central. Ao redor de 15.72 milhões de passageiros transitaram pelo complexo em 2010. Air Arabia, FlyDubai e Jazeera Airways são companhias de baixo custo operando no local.
Aeroporto Internacional de Doha situado a 5 km a sudoeste da área urbana de Doha.
Limousines e táxis ligam o aeroporto à área urbana. A empresa estatal Mowasalat dispõe do serviço de transporte público Karwa que opera no aeroporto de Doha. O sistema público de autocarros tem uma grande cobertura com paragens na maioria dos distritos. A estação principal de autocarros situa-se na área de Zocos da cidade de Doha, e os serviços operam com as principais cidades em Qatar. Os táxis estão disponíveis nas saídas dos terminais.
Há balcões de aluguer de automóveis das empresas mais reconhecidas (Avis, Budget, Europcar, Hertz, Sixt, Mustafawi, Prestige e Thrifty).
Com o novo aeroporto, em Doha, o Qatar, quer se firmar ainda mais como porta de entrada para o Oriente. O projecto mostra que o novo aeroporto dá prioridade a beleza e o conforto dos passageiros. Construído às margens do Golfo Pérsico (metade do terreno de 2200 hectares é de área aterrada) e com estilo arquitectónico de paredes envidraçadas, curvas arrojadas, fontes e jardins que lembra os modernos prédios de outro emirado, Dubai , o novo aeroporto será o primeiro do mundo desenhado com a preocupação de atender ao Airbus A380, o maior avião de passageiros do mundo
O governo do Catar patrocina a rede de televisão Al Jazira, que produz um jornalismo livre para tratar dos assuntos dos demais países, com ênfase na cobertura dos assuntos dos demais países árabes, mas sujeito a um rígido limite quando são abordados os assuntos internos do emirado - seus noticiários sobre política doméstica são fortemente controlados pelos órgãos oficiais.
Criada em 1996 por Hamad bin Khalifa Al Thani, Emir do Qatar, no intuito de transformar seu pequeno país em centro cultural da região, Al Jazira iniciou suas transmissões em 1 de Novembro de 1996, e logo se destacou por alcançar um nível de liberdade de expressão e de oposição raramente visto no mundo árabe, acostumado a uma média controlada e dócil, mera porta-voz de comunicados oficiais.
Al Jazira já tinha uma actuação internacional, com sucursais e correspondentes espalhados pelo mundo, mas somente começou a chamar a atenção do Ocidente ao mostrar manifestações populares antiamericanas em seguida aos atentados de 11 de Setembro. Sua cobertura das guerras do Afeganistão (2002), e do Iraque (2003) fugiu ao padrão geralmente adoptado pelas grandes redes de TV norte-americanas. O governo Bush não gostou de ver imagens de seus soldados capturados, mortos ou feridos, e em represália, proibiu seus membros mais graduados de falarem à emissora.
A Al Jazira tornou-se o canal preferido dos militantes muçulmanos para divulgar as suas ações, sendo mostrados inclusive estrangeiros sequestrados no Iraque, no cativeiro ou sendo executados, neste último caso não sendo levadas ao ar as cenas mais fortes. Várias mensagens de Osama Bin Laden foram divulgadas em primeira mão pelo canal. Por outro lado, as autoridades de Israel tem ocupado espaço na emissora para divulgar seus pontos de vista e assim amenizar sua imagem negativa no mundo árabe.
A Al Jazira não atrai o ódio só do Ocidente. O regime islâmico radical da Arábia Saudita só a tolera porque sabe que tomar medidas mais drásticas contra ela só fará aumentar a impopularidade da monarquia. A audiência da emissora está em constante crescimento e é formada principalmente por telespectadores residentes em países do mundo árabe e imigrantes na Europa, principalmente na França, onde vivem 4,5 milhões de árabes ou descendentes, e na Alemanha. Ela tem como objetivo mostrar as noticias mais bombasticas no mundo arabe.
A Al Jazira também lançou ao ar o Jazira Children Channel (JCC), um canal de TV voltado exclusivamente para as crianças. Com uma programação a princípio apenas em árabe, a emissora infantil é uma iniciativa conjunta do governo do Qatar e da multinacional francesa Lagardère Images.
O público-alvo são crianças entre 3 anos e 15 anos, divididas em três faixas de programação:
- Pré-escola (3 a 6 anos);
- Pré-adolescentes (7 a 10 anos);
- Adolescentes (11 a 15 anos).
O JCC tem 235 funcionários e escritórios no Cairo (Egipto), em Beirute (Líbano), Omã (Jordânia), Rabat (Marrocos) e Paris (França). O seu sinal é aberto e transmitido para 22 países árabes e para a Europa, pelos satélites Hot Bird 6 e Badr-4 (também conhecido como Arabsat 4B).
Al Jazira ou Al Jazeera (em árabe significa: península ou ilha) é a maior emissora de televisão jornalística do Qatar. Transmite em língua árabe e inglês.
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