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Qual é o máximo de habitantes que a Terra suporta?

mjtc

GF Platina
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Muita gente já tentou fazer essa conta, mas ainda não há resposta definitiva. Desde que o pioneiro Anton von Leeuwenhoek previu em 1679, que nosso planeta poderia acolher 13,4 biliões de pessoas, as estimativas variaram entre 1 bilião e 1 trilião de pessoas! "Entretanto, dois terços das previsões situam-se entre 4 e 16 biliões de habitantes. Parece um intervalo confiável para se estabelecer um limite, considerando que o globo comporta diferentes padrões de ocupação", afirma o geógrafo Álvaro Luiz Heidrich, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no Brasil.

O facto é que a população da Terra cresceu mais de 40 vezes desde o início da era cristã. No ano I D.C., estima-se que havia cerca de 150 milhões de pessoas no planeta. Esse número dobrou em 1350, quadruplicou em 1700 e chegou ao primeiro bilião em 1804. O grande salto aconteceu no século XX, quando a urbanização e os avanços na medicina fizeram a população saltar de 1,6 bilião para 6,2 biliões de pessoas. E isso levando em conta as grandes epidemias e as guerras, que são os mais importantes factores capazes de estancar o aumento da população.

No século XX, o crescimento só diminuiu nas quatro últimas décadas, com a queda na taxa de nascimentos: desde 1965, a média de filhos por mulher caiu de 4,9 para 2,7. Mesmo assim, a cada ano o mundo recebe 77 milhões de pessoas a mais, 97% delas em países subdesenvolvidos.

O total de habitantes que ainda cabem no planeta depende de uma combinação de factores limitantes:
- A quantidade de alimento que o homem pode produzir;
- O padrão de vida que a humanidade pode alcançar;
- A preservação do meio-ambiente que possa garantir a vida na Terra.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o mais provável é que em 2050 tenhamos 9,3 biliões de pessoas no planeta.

Bónus Extra: Gente demais, gente de menos! O Planeta tem regiões com formigueiros humanos e áreas quase desabitadas!

Entrada vigiada:

A cada ano, 1 milhão de imigrantes aporta aos Estados Unidos. Na teoria, o país suporta até mais, porque é desenvolvido e possui apenas 29 habitantes por km2. Mas a ameaça de terrorismo e a constante tensão entre imigrantes e nativos fazem das fronteiras americanas as mais vigiadas do planeta.

Dilema Brasileiro:

Com 17 habitantes por km2, o Brasil é candidato a receber mais gente, especialmente no Norte. Mas há dois obstáculos: a desigualdade social e o risco ambiental. O país tem 27% das possíveis terras para agricultura do mundo, mas se elas forem ocupadas, será o fim da Amazónia.

Ocupação inviável:

Áreas polares, desertos e montanhas íngremes ocupam um terço da Terra, mas são quase inabitáveis. Nas áreas geladas, os gastos com energia impedem a ocupação. A Antárctida, com 8,9% das terras emersas do planeta, só tem 4.000 habitantes.

Encolhimento Europeu:


Com baixas taxas de natalidade, a população europeia envelhece, e até 2050 deverá perder 124 milhões de pessoas. O continente é um dos mais povoados do mundo (Bélgica e Holanda têm mais de 300 habitantes por km2), mas ainda pode receber imigrantes na parte ocidental, mais desenvolvida.

Montanha humana:

O Sudeste Asiático e a Ásia Oriental compõem o chamado "formigueiro humano". Somadas, as populações da China, Índia, Indonésia, Bangladesh e Paquistão, ocupam apenas 11% das terras emersas do planeta, mas respondem por mais de 40% da humanidade. Quase a metade dos novos habitantes do mundo nasce nessa região.

Superpopulação à vista:

O norte da África concentra a maior parte das 125 milhões de pessoas do mundo todo que a cada ano migram para outros países. Na chamada África Negra, abaixo do deserto do Saara, o problema é a alta natalidade. Mesmo com a epidemia da sida, que ceifou 15 anos da expectativa de vida nas últimas duas décadas, o continente deve ganhar mais 1,2 bilião de pessoas até 2050.

Portas fechadas:

Sabendo que a Austrália tem só 2,4 pessoas para cada km2, dá para imaginar que lá seria um bom lugar para encaixar mais gente. Não é bem assim: nove em cada dez habitantes vivem nas cidades da costa leste porque 66% do território do país é desértico. A Austrália tem 5 milhões de estrangeiros (25% da população), mas limitou o número de imigrantes por causa da crise económica.

Limite não é só espaço:

Fome e devastação ambiental também barram o crescimento da população.

Comida mal distribuída:

Em 1798, o economista inglês Thomas Malthus previu que o crescimento populacional seria limitado pela baixa produção de alimentos. Por enquanto, errou: pelos cálculos da ONU, já há comida para 12 biliões de pessoas. Mesmo assim, 830 milhões passam fome (95% em países subdesenvolvidos), vítimas da desigualdade, da fraca produção em algumas áreas e da má distribuição de alimentos.

Apagão Mundial:


A quantidade de riquezas produzidas no planeta aumentou oito vezes nos últimos 50 anos. Mas como a riqueza fica concentrada nos países com alto poder de consumo, o resto do mundo sai perdendo. Se a humanidade gastasse energia como os americanos, por exemplo, a Terra não suportaria mais do que 1,2 bilião de pessoas. Se o padrão energético fosse o chinês, o planeta poderia acolher quase 10 vezes mais habitantes.

Poluição Mortal:

Ninguém duvida que a degradação ambiental pode impedir o crescimento da população e a própria vida na Terra. Alguns exemplos: desde o século XVIII, a concentração de gás carbónico na atmosfera aumentou em 30%. A cada ano, 200 mil km2 de terrenos para agricultura tornam-se imprestáveis e 120 mil km2 de florestas desaparecem. Os efeitos dessas agressões no futuro do planeta são imprevisíveis.

Fonte: Mundo Estranho.
 
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