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Roter.Teufel

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Quatro jornalistas mortos em ataque israelita a hospital no sul de Gaza

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Pelo menos 19 pessoas morreram. Israel confirma ataque e diz que não tem como alvo jornalistas.

Pelo menos quatro jornalistas morreram esta, esta segunda-feira, na sequência de um ataque israelita ao Hospital Nasser no Sul de Gaza. Há registo de dezenas de feridos.

De acordo com a Al Jazeera morreram pelo menos 19 pessoas. Inicialmente a Sky News, que cita autoridades do Ministério da Saúde, disse que morreram pelo menos 15 pessoas. Já a Al Jazeera dizia que as autoridades de Gaza confirmavam quatro jornalistas entre 14 mortos.

Entre as vítimas mortais está um repórter da Al Jazeera. De acordo com o gabinete de imprensa do governo de Gaza, os jornalistas mortos durante o ataque foram Hossam al-Masri, fotojornalista da agência de notícias Reuters, Mohammed Salama – fotojornalista da Al Jazeera, Moaz Abu Taha – jornalista da rede NBC e Mariam Abu Daqa – jornalista de vários meios de comunicação, incluindo The Independent Arabic e Associated Press.

"Os colegas jornalistas foram mortos quando a ocupação israelita cometeu um crime horrível ao bombardear um grupo de jornalistas que estava em missão de cobertura jornalística no Hospital Nasser, na província de Khan Younis, e muitos mártires foram vítimas deste crime", lê-se no comunicado emitido pelo governo de Gaza, citado pela Al Jazeera.

A Associated Press (AP) já confirmou a morte da jornalista Mariam Abu Daqqa, de 33 anos. Segundo a AP, Mariam fez reportagens sobre a luta dos médicos do Hospital Nasser para salvar crianças desnutridas.

Além dos quatro jornalistas mortos, entre os feridos está o fotojornalista Hatem Khaled que tem documentado a guerra em Gaza para a agência Reuters. A informação foi avançada pela agência de notícias que na mesma publicação confirma a morte de Hussam al-Masri.

Israel confirma ataque e diz que não tem como alvo jornalistas

De acordo com Ministério da Saúde de Gaza, o ataque incluiu dois momentos. O primeiro teve como alvo principal o quarto andar do edifício hospital e o segundo ocorreu durante as operações de resgate. As Forças de Defesa de Israel (IDF) admitiram o ataque ao hospital. Segundo a defesa israelita "o Chefe do Estado-Maior ordenou que fosse realizada uma investigação inicial o mais rápido possível". Em comunicado, as IDF acrescentaram que lamentam "qualquer dano causado a indivíduos não envolvidos" e alegam que as tropas "não têm como alvo jornalistas".

"A IDF age para mitigar ao máximo os danos a indivíduos não envolvidos, mantendo a segurança das tropas da IDF", lê-se no mesmo comunicado.

O hospital em Khan Younis resistiu a ataques e bombardeios durante os quase dois anos de guerra entre Israel e o Hamas. No passado mês de junho, um ataque israelita ao mesmo hospital matou três pessoas.

Recorde-se que no dia 10 de agosto, as Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram a morte de Anas al-Sarif, de 28 anos, jornalista da Al Jazeera, durante um ataque na cidade de Gaza.

Segundo os militares, citados pelo The Times of Israel, Anas al-Sarif era um "terrorista a operar sob o disfarce de jornalista".

Desde o início da guerra, em outubro de 2023, já morreram pelo menos 244 jornalistas e profissionais de comunicação social em ataques israelitas a Gaza, de acordo com o gabinete de imprensa do governo de Gaza.

Correio da Manhã
 
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