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A associação ambientalista Quercus faz um balanço «extremamente positivo» da actuação em Portugal da Associação Bandeira Azul da Europa, que celebra hoje 25 anos, mas alerta que ainda há aspectos a melhorar.
«Não significa que não haja aspectos a melhorar, mas sem dúvida que tem tido um balanço extremamente positivo», disse Francisco Ferreira, da Quercus, à agência Lusa.
Para o ambientalista, um dos aspectos que pode ser melhorado prende-se com a monitorização dos critérios (de atribuição do galardão) nas praias que «ao longo da época balnear nem sempre estavam a ser efectivamente cumpridos».
No entanto, Francisco Ferreira saudou o «esforço» que a Bandeira Azul tem feito nos últimos anos «no sentido de credibilizar cada vez mais o galardão» e ressalvou a pressão que algumas câmaras sentem para cumprirem os requisitos necessários.
«A Bandeira Azul é sempre uma garantia de qualidade. Há, sem dúvida alguma, toda uma pressão para assegurar aqueles critérios por parte de muitas praias», disse o ambientalista, acrescentando que o galardão «funcionou como um incentivo».
Da parte dos utilizadores das zonas balneares, Francisco Ferreira disse que também há «três ou quatro aspectos que falham muito», entre os quais a limpeza, a presença de animais de estimação, nomeadamente cães, e o estacionamento impróprio junto às praias.
Quanto à polémica que tem surgido entre a Bandeira Azul e algumas câmaras municipais, que não concordam com os critérios de atribuição do galardão, o ambientalista disse que, na maior parte das vezes, a Quercus concordou com a posição da Associação Bandeira Azul.
«A principal controvérsia que houve entre as câmaras e a bandeira azul até diz respeito a um aspecto que diria fácil de avaliar que era a questão da qualidade da água. Por vezes havia problemas que levavam a bandeira azul a ser retirada», explicou.
«Na maior parte das vezes concordámos com a atitude da Bandeira Azul porque a qualidade da água é um aspecto fulcral e não pode ter falhas, a não ser em situações muito complicadas como determinadas condições meteorológicas», acrescentou.
A Associação Bandeira Azul da Europa assinala hoje os 25 anos de trabalho em Portugal.
Lusa/SOL