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"Raríssimo". Acidente de mota desloca testículo de homem para o abdómen

Lordelo

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Um acidente de mota deslocou o testículo de um homem italiano para o abdómen, deixando-o com fortes dores, revelaram os médicos que acompanharam o caso "raríssimo", agora documentado no jornal da especialidade BMJ Case Reports.






De acordo com o relatório médico, publicado a 26 de setembro, o embate empurrou o testículo direito do homem do seu local habitual no escroto - através de uma pequena passagem na virilha, conhecida como canal inguinal, que tem cerca de 4 a 6 centímetros em adultos – até ao abdómen.


Apesar de os testículos poderem sofrer algumas deslocações quando sofrem "traumas", raramente – cerca de 6% - chegam até ao abdómen.


Conta a BMJ Case Reports que antes de 'devolver' o testículo ao escroto, os médicos tiveram de remover o excesso de sangue que se concentrou na virilha após o acidente e ainda aquecê-lo, uma vez que este estava privado de oxigénio.


Depois de o testículo recuperar a sua "cor normal", os médicos reposicionaram-no cirurgicamente através de uma operação chamada "orquidopexia", que é frequentemente feita em crianças quando um dos testículos não desce totalmente para a sua posição dita normal.


Os autores do relatório salientam que, na maioria dos casos, é difícil para os médicos detetar uma luxação testicular, uma vez que ela só decorre perante ferimentos graves, que dificultam um exame físico ao escroto. Tais atrasos podem ter consequências graves para os pacientes. É necessário um diagnóstico praticamente imediato para evitar quaisquer impactos a nível de fertilidade e produção hormonal.


No caso agora reportado, os médicos demoram "um pouco" para diagnosticar a luxação. O homem chegou às urgências com um grande hematoma no escroto, por isso os profissionais de saúde não conseguiram fazer logo o exame. Primeiro tentaram controlar as "hemorragias que podiam levar à sua morte", cuidaram das "fraturas extensas" que homem tinha sofrido e tentaram perceber se algum órgão vital, como a bexiga, tinha sido afetado.


Só depois de uma tomografia computorizada (TC) é que os médicos se aperceberam que o testículo tinha sofrido uma grande deslocação.


Apesar disso, seis meses depois do acidente, o testículo voltou ao normal. Não apresenta sinais de danos duradouros, pelo menos nas suas funções mais importantes como a produção de hormonas e sémen.

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