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Redução de 30 por cento nas emissões ainda depende de outros países

ecks1978

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A Europa está comprometida com a redução de 20 por cento das emissões de carbono e só avançará para um valor de 30 por cento quando estiver definida a posição dos outros países.

Esse acordo saiu hoje reforçado da reunião informal dos ministros europeus do Ambiente, que em Sevilha analisaram o cenário pós-Copenhaga e o que a Europa quer fazer para reforçar a sua liderança em matéria ambiental antes da próxima cimeira sobre o clima, em Novembro, no México.

Apesar deste princípio de acordo de posições ainda se evidenciam diferenças no que toca ao calendário de implementação, com alguns Estados-membros a temerem que, sem os esforços paralelos de redução dos restantes países, as nações europeias fiquem numa posição de desvantagem comparativa. Uma análise informal da própria Comissão Europeia reconhece que, sem avanços mais fortes de países como os Estados Unidos e a Rússia, não se cumprem os critérios para avançar para os 30 por cento.

Outros, porém, insistiram que avançar já para o nível de 30 por cento poderia dar a vantagem de "primeiros" aos Estados-membros da UE e ao espaço em bloco. "Há um apoio unânime, há ideia de que os valores de reduções de 20 e 30 são um compromisso real e conhecido já da UE", explicou depois do encontro, aos jornalistas, a secretária de Estado da Alteração Climática espanhola, Teresa Ribera.

"O que falta determinar é como agir relativamente aos esforços dos outros. O Conselho está comprometido a tornar viável esse compromisso o mais cedo possível, para poder cumprir com a palavra dada e em trabalhar nesse exercício de redução de 30 por cento", frisou. "Todos afirmaram, destacadamente e de forma construtiva, a vontade de consolidar o processo de mudança, num esquema global, para uma economia não intensiva em carbono e empenhados na luta contra a alteração climática", explicou.

Usar o potencial da UE

O essencial, sublinhou, é "usar o potencial que oferece a UE no uso das suas políticas e funções" trabalhando com indústria, sindicatos e ONG para "operacionalizar elementos chave desse acordo de Copenhaga". Ribera explicou que o primeiro passo para poder comparar os esforços de redução, e eventualmente avançar para 30 por cento, depende das "grandes economias emergentes e do resto das economias industrializadas, em conjunto, se sentirem implicados ao máximo nível político nessa estratégia de redução".

Para o presidente da Comissão do Ambiente do Parlamento Europeu, Jo Leinen, a Europa deve falar "com uma voz única", fortalecendo em particular o seu papel de liderança nesta matéria. "Temos ainda que trabalhar para restaurar a confiança com os nossos parceiros e mostrar credibilidade. O público espera respostas sobre como sair do impasse de Copenhaga, e uma nova dinâmica na protecção ambiental", afirmou.

No que toca aos níveis de redução, Leinen afirmou que o parlamento prefere que a UE avance para um nível de redução de 30 por cento, "sem ter que esperar que todos façam a legislação necessária". "A Europa avançaria assim para um nível de 30 por cento e esperaria depois um acordo global internacional que o certificasse", disse.

Igualmente vital, frisou é avançar com rapidez na canalização dos 7,2 mil milhões de euros prometidos para apoio aos países mais pobres no que toca às alterações climáticas.

"Temos que mostrar credibilidade. Comprometemo-nos a ajudar os mais pobres e eles estão a ver o que vamos fazer. E isso tem que ser feito muito antes do México", afirmou.
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