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Regiões Gastronomicas Baixo Alentejo

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Baixo Alentejo



Com as suas longas planícies de searas, algum regadio onde se produzem tomates e pimentos deliciosos, e uma das grandes produções de azeitonas do país.
 
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Alcácer do Sal

O concelho de Alcácer do Sal, outrora forte produtor de sal está hoje em dia essencialmente virado para a agricultura e pecuária, sendo o primeiro produtor nacional de arroz, cortiça e pinhão. Aqui, existem condições excelentes para a pesca desportiva, podendo pescar-se nos cursos de água: barbos e carpas; no curso médio do Rio Sado: taínhas e sabogas; no estuário deste rio: taínhas e robaliços e nas albufeiras das barragens: carpas e achegãs.
A caça oferece também imensas possibilidades dadas as excelentes condições da região. Como zonas de caça turística existem: a Herdade de S. Bento e a Herdade de Porches.
As feiras e festas populares deste concelho realizam-se, a maioria, no Verão como por exemplo: as Festas dos Santos Populares e a Feira do Torrão. No 1º sábado de Outubro realiza-se a Feira de Alcácer.
Quanto à gastronomia, as receitas conventuais e secretas, tais como: as pinhoadas, o bolo de pinhão, as queijadas, o bolo real e os rebuçados de ovo, são algumas das delícias da doçaria desta região. Também podem ser apreciadas as famosas migas de carne de porco, o chispe no forno, a açorda à alentejana, etc.
 
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Grândola

O concelho de Grândola é produtor de arroz, cereais, azeite, vinho e sobretudo cortiça e, tem minas de cobre. O seu litoral é rico em praias de areia branca e fina que deliciam os visitantes. É de referir a conhecida Península de Tróia, com cerca de 18 km de comprimento, estendendo-se até à praia da Comporta. Em toda a sua extensão tem uma vastíssima praia, sossegada e de mar calmo. A ponta norte virada para Setúbal e para a Serra da Arrábida, é um importante centro turístico. Todo o tipo de desportos aquáticos podem aí ser praticados. As ruínas romanas de Tróia , com cerca de 2000 anos, são um dos mais importantes vestígios da presença romana em Portugal.
São também muito belas as praias de Carvalhal e de Melides. A lagoa junto à praia de Melides, extremamente bela e calma, é um óptimo local para a pesca e repouso.
As feiras e festas deste concelho estão distribuídas um pouco por todo o ano.
A gastronomia da zona de Grândola tem, como é natural, as características da gastronomia alentejana. Algumas das especialidades que aqui podem ser provadas e apreciadas são: a açorda à alentejana, migas de batata, coelho frito, arroz de frango com presunto e chouriço, o saboroso ensopado de enguias e o pato assado no forno.
 
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Odemira

O concelho de Odemira é constituído por 17 freguesias. É produtor de cereais, arroz e cortiça, tendo fábricas de moagem, minas de ferro e manganês.

A gastronomia típica de Odemira está associada a três elementos muito importantes, que são: o pão, o azeite e o vinho. A estes associam-se outros ingredientes consoante estejamos no litoral, onde predominam os pratos de peixe e de marisco, ou no interior, onde se aprecia a característica comida alentejana.

Os pratos típicos do concelho de Odemira são: a feijoada de búzios, a açorda de marisco, todo o tipo de mariscos, sargo gralhado, robalo e safias, sopa de beldroegas, feijoada de lebre, galinha de cabidela, arroz de feijão com entrecosto frito, migas com carne de porco, alguns pratos de caça como o javali, a perdiz e o coelho.
 
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Sines

Terra de pescadores e de homens com a nostalgia da descoberta, Sines é a terra natal de Vasco da Gama, descobridor do caminho marítimo para a Índia.
Importante porto de pesca, aí se podem ver chegar todas as manhãs as treineiras carregadas de peixe das mais variadas espécies.
Ainda há bem tempo, as moreias a secar à porta das tabernas constituíam uma imagem comum nesta graciosa vila.

Na gastronomia, pratos de peixe, caldeirada, feijoada de búzios, e uma grande variedade de mariscos, são algumas das delícias gastronómicas que se podem apreciar nesta região.

Feiras e Festas locais:
Feira em Sines e Festa da Nossa Senhora das Salvas a 15 de Agosto
Mercado no Porto Corvo a 29 de Agosto
Mercado em Sines na 1ª quinta feira de cada vez
Festas de Município a 24 de Novembro
 
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Beja

Os temperos aromáticos e os produtos do monte estão por todo o lado na cozinha desta região. A açorda com bacalhau, o gaspacho, a sopa de tomate com pão, a sopa de tomate com corvina, a sopa de peixe, a sopa de achigã, a sopa de poejo e a sopa de lebre são muito vulgares. O peixe fresco que vem da costa é normalmente grelhado, com algumas variantes. O atum de cebolada, os choquinhos fritos, o arroz de polvo e algumas massalas de peixe. É muito utilizado o polvo curado assado na brasa, sobretudo em festas e romarias. E em certos locais, as enguias fritas ou em ensopado.

A carne de porco aparece uma vez mais em primeiro lugar, o entrecosto com migas ou com açorda, as burras assadas, a cabeça de porco com feijão e o lombo de porco no espeto com coentros. Os ensopados e as feijoadas, mais pesados, são no entanto muito populares, quer com carne de porco quer com carne de borrego ou mesmo com alguma caça: feijoada ou ensopado de javali, de lebre e de coelho.

Nas sobremesas, a festa da doçaria continua: tarte conventual, bolo rançoso, tecolameco, sopa dourada, tarte de requeijão, queijo de amêndoas e ensopado de mel com nozes, só para enumerar alguns. Os queijos também abundam, de ovelha e de cabra, com vários tipos de cura, e aqui se produz um dos grandes queijos portugueses, de entorna no Inverno, curado no resto do ano: o queijo de Serpa, um verdadeiro monumento da gastronomia tradicional alentejana.

Continuam a produzir-se excelentes vinhos, encorpados, muito alcoólicos, óptimos para acompanhar este tipo de comida. Os mais conhecidos são os das Adegas Cooperativas da Vidigueira e da Granja-Amareleja, mas começa também a ser conhecido o vinho ali de Pias, perto de Serpa, uma especialidade.
 
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Moura

Os produtos tradicionais do concelho de Moura são fruto de uma cultura secular, que soube integrar as mais diversas influências e adaptá-las aos recursos naturais da região. É este saber que se reflecte no fabrico artesanal de vários produtos alimentares hoje reconhecidos a nível oficial pela sua qualidade:

Azeite
O azeite é considerado a melhor gordura vegetal, aquela cujos constituintes têm uma distribuição semelhante à da gordura humana. É por isso considerado pelos especialistas ideal para a nutrição humana. Na região do Alentejo, o azeite esteve desde sempre enraizado nos hábitos alimentares do povo, podendo dizer-se que toda a alimentação da região era, até à bem pouco tempo, à base de azeite: o ensopado de borrego, as migas, a açorda, a sopa de beldroegas, todos os fritos e variados bolos e biscoitos. Também na conservação dos alimentos tinha o azeite um papel importante: os enchidos e os queijos guardavam-se, de um ano para o outro em enormes potes de barro cheios de azeite. Ainda hoje se verificam muitos destes usos tradicionais do azeite pelo povo de Moura, cidade que está, de resto, ligada à fama da finura e excelência do seu azeite desde épocas que se perdem no tempo. «Tão fino como o azeite de Moura», diz o povo! Condições climáticas excelentes e solos de elevada aptidão fazem desta região a terra dos maiores olivais da Europa e dos campos de maior rendimento, cuja produção tem merecido as mais altas distinções nos diversos certames (Moura possuía até à revolução de Abril de 1974, o maior olival da Europa que ficava na Herdade dos Machados e tinha 1500 hectares). A criação da denominação de origem vem reforçar o controlo e o cumprimento de um extenso conjunto de normas que garantem a autenticidade e a qualidade deste azeite sempre devidamente identificado como Azeite de Moura - DOP. Moura nunca perdeu de vista a valorização do azeite, pois já os romanos aqui vieram encontrar aqui a cultura da oliveira e a produção do azeite. Ainda hoje se podem encontrar na região oliveiras milenárias. A cidade está ligada à fama da finura e excelência do seu azeite desde épocas que se perdem no tempo. «Tão fino como o azeite de Moura», diz o povo!

Mel
O Mel do Alentejo, produzido nas pastagens naturais dos montados alentejanos, é altamente apreciado e um ingrediente importante na doçaria regional. Em Moura é um produto muito procurado.
A maioria do mel produzido no concelho de Moura é monofloral (ou seja, feito a partir de um só tipo de flor dominante), por contraste com o mel multifloral, nomeadamente de rosmaninho e de girassol. O Mel de Rosmaninho é talvez o mais conhecido, sendo um mel de cristalização lenta e fina e cor muito clara ou âmbar. A grande qualidade deste produto encontra-se reconhecida pela Denominação de Origem Protegida (DOP), designação que garante a genuinidade e qualidade deste produto com grande tradição no nosso concelho. O mel é constituído por diversos açucares, sobretudo frutose, glucose e sacarose, acompanhados de substâncias complementares importantes concretamente o potássio, sódio, cálcio, magnésio, ferro, cobre, manganês, fósforo, vitaminas C, B1, B2, B6 e H.
Quanto aos métodos tradicionais de produção do mel, estes consistiam essencialmente num sistema manual: o mel era produzido em cortiços onde os favos de mel eram prensados por uma prensa operada manualmente de modo a separar o mel da cera. Depois de passados por uma peneira de forma a remover as impurezas, o mel era acondicionado numa tina de barro e estava pronto a consumir. Hoje em dia, este sistema não sofreu muitas alterações para além da introdução de meios mecânicos e eléctricos e da substituição dos cortiços por caixas de madeira.

Queijo de Cabra
Este queijo é fabricado a partir de leite de cabra e pode ser consumido fresco ou seco (após o processo de cura).
Quando fresco, o queijo apresenta uma cor branca e um sabor ligeiramente salgado. O seu peso pode variar entre 150 a 250 gramas, tem 3 a 5 cm de altura e um diâmetro aproximado de 8 cm. O queijo seco, preferencialmente de cor branca, pode também surgir com uma cor acinzentada ou acastanhada. O seu peso pode variar entre 90 a 150 gramas. Apresenta igualmente uma forma cilindríca com 2 a 3 cm de altura e 5 a 6 cm de diâmetro. O Queijo de Cabra é um alimento muito apreciado não só na zona de produção como também nos grandes centros de consumo. Na região de origem é também utilizado enquanto fresco na confecção de várias sopas regionais como Caldo de Queijo. É produzido principalmente nos concelhos que confinam com o rio Guadiana- Reguengos, Mourão, Portel, Moura, Barrancos, Serpa Vidigueira, Beja e Mértola.
 
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Moura II

Queijo de Serpa
Entre os queijos que se fazem no concelho de Moura, é o de Serpa o mais categorizado e um dos melhores queijos portugueses, só rivalizando com o da Serra. Trata-se de um queijo de ovelha curado, com poucos ou nenhuns olhos (cavidades), que apresenta uma casca maleável, fina e ligeiramente rugosa, de cor amarelo-palha, sobre uma pasta unida e amanteigada da mesma cor, cremosa e deformável no corte, podendo mesmo entornar. O Queijo Serpa - DOP pode apresentar-se com quatro dimensões, desde "merendeiras" (entre 200 e 250 gramas) passando pelas "cuncas" (entre 800 e 900 gramas) e pelos "normais" (entre 1000 e 1500 gramas) até aos "gigantes" (entre 2000 e 2500 gramas). Hoje em dia, o Queijo de Serpa é um produto artesanal conhecido pela sua excepcional qualidade. Mantém a forma tradicional de fabrico e revela características únicas resultantes da trilogia gado autóctone, ervas e clima, ao que se junta a arte popular que ao longo dos séculos foi apurando as técnicas da transformação do leite. O queijo Serpa também se encontra certificado pela Denominação de Origem Protegida. Só pode ser fabricado com o leite de ovelha produzido na Região Demarcada do Queijo Serpa, que foi criada em Junho de 1987 e abrange os concelhos de Moura, Mértola, Beja, Castro Verde, Almodôvar, Cuba, Ourique, Serpa, Vidigueira, Aljustrel, Ferreira do Alentejo e Alvito e algumas freguesias dos concelhos de Odemira (Colos e Vale de Santiago), Santiago do Cacém (São Domingos, Alvalade e Abela), Grândola (Azinheira de Barros) e Alcácer do Sal (Torrão).

No Alentejo, o grande destino dos porcos das matanças é a preparação dos enchidos, para o que são destinados os melhores pedaços. Era ainda hábito recente, nas casas de famílias numerosas, matarem dois porcos por ano, aos quais retiravam apenas dois presuntos, ficando a restante carne para os apreciados enchidos. Trata-se também de um produto com uma grande tradição em Moura. A qualidade dos enchidos alentejanos depende bastante mais da qualidade da carne utilizada do que da complicação da receita, podendo dizer-se, simplificando, que apenas lhe basta a massa de pimentão, o sal, alho pisado e um pouco de fumo (para alguns enchidos utiliza-se também como tempero o vinho branco e o cravo de cabeçinha). Os enchidos mais importantes são os paios (feitos com a carne do lombo, enrolada na membrana que reveste as banhas do porco, e posteriormente apertada com linha em volta), os painhos ou paiotes (para os quais é utilizada a melhor carne magra), as linguiças (chouriços de carne magra, entremeada com alguma carne gorda), os chouriços (feitos com carne gorda temperada com sangue) e as farinheiras.

Vinhos
O vinho têm-se mantido desde os primórdios da humanidade ligado à história e cultura dos povos, sendo utilizado nas mais diversas circunstâncias da vida, desde a alimentação aos rituais religiosos. No nosso território, a cultura da vinha é anterior à ocupação romana, mas foi com estes que a vinha e a exploração agrícola em geral, conheceram um avanço técnico mais significativo. São ainda evidentes as marcas deixadas pelos romanos através de diversos equipamentos ainda hoje conhecidos e alguns correntemente utilizados - é o caso dos "podões", que os podadores utilizam para podar as vinhas e as "talhas" , recipientes usados nas adegas do Alentejo para a fermentação de mostos e conservação, transporte e armazenagem de vinho.

A região produtora de vinhos alentejana, com solos e clima propícios, constitui uma das grandes riquezas do país. Regiões como Moura, Portalegre, Borba, Redondo, Reguengos, Vidigueira, Évora, e Granja-Amareleja estão na origem de vinhos de elevada qualidade a que foi concedida a classificação VQPRD (Vinhos de Qualidade Produzidos em Regiões Demarcadas). No concelho de Moura são ainda produzidos vinhos com a indicação geográfica de qualidade Vinho Regional do Alentejo. A região vitivinícola de Moura abrange parte dos concelhos de Moura e de Serpa. Apesar de ser uma das mais modernas, já em 1870 se produziam vinhos na região. Foi José Maria dos Santos que, na segunda metade do séc. XIX, procedeu à implantação de uma vinha na Herdade dos Machados e ali construiu uma adega com características regionais, que ainda hoje existe.

Quanto aos pratos típicos regionais eles são, entre outros:
Caldo de peixe da ribeira - Caldo feito com peixe e poejos.
Caldo de «baldoregas» - Caldo com beldroegas, ovo e queijo.
Gaspacho - Caldo frio, com sopas de pao, tomate e pepino.
Açorda - Sopas de pao, coentros, com ovos cozidos, bacalhau ou peixe grelhado (carapau ou sardinha).
Migas - Fatias de pao, fritas em alho, deixadas tostar.
Caldo de caçào ou alhada - Caldo de caçao com coentros e sopas de pão.
Ensopado de borrego - Prato feito com borrego e batatas.
Cachola de coentrada - Cachola assada, temperada com azeite, vinagre e coentros.

E nos doces:
Nógado - Tiras finas de massa frita, unidas com mel e cortadas às fatias.
Filhozes - Massa fina de forma rectangular, recortada, frita e regada com mel.
Borrachos - Massa fina de forma arredondada, frita e coberta com açúcar e canela.
Bolo Podre - Bolo feito com mel.
Bolo Bom como tão bom - Bolo feito com gila e amêndoa.
Gila - Doce feito desse fruto.
Manjar - Doce feito de amêndoas.
Porquinho de chocolate - Doce feito com gila, manjar e fios de ovos.
Lampreia de ovos - Doce feito com ovos moles e fios de ovos.
 
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Santiago do Cacém

Neste concelho podem encontrar-se algumas actividades artesanais, tais como cadeiras e bancos em vime em S. Bartolomeu da Serra; tapeçaria em Abela e S. Domingos; correaria em Santiago e trabalhos em cortiça.

As feiras e festas que se realizam anualmente neste concelho são a Feira Agro-pecuária e Feira do Monte em Santiago do Cacém; Feiras e Festas de Nossa Senhora da Abela; Feiras de Alvalade; Feiras de Cercal; Feiras e Festas tradicionais de S. Domingos; Festas de S. Bartolomeu da Serra (bianual) e Feira e Santo André.

Relativamente às delícias gastronómicas que podem ser apreciadas nesta região temos a Caldeirada e Ensopado de Enguias, Migas com carne de porco, Açorda à Alentejana e Queijo de cabra.

Nas feiras e festas ainda é frequente aparecerem as alcomonias, bolos deliciosos característicos desta zona e feitos à base de pinhão, farinha e mel.
 
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