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[Relato] O Funcionário

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Fev 29, 2008
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O FUNCIONÁRIO

Nome: Anonimo
Local da Ocorrência: Brasil, biblioteca Gervásio Fioravanti da Casa do Estudante de Barreiras
Data da Ocorrência: Desconhecida
Pessoas envolvidas: A menina da historia e um amigo


"A história que vou narrar infelizmente é verdadeira e ainda permanece bem viva na minha mente. Quando eu fazia o meu segundo grau, hoje o chamado ensino médio, saí de Serra Talhada - no sertão - para estudar em barreiras, indo morar na casa do estudante de Barreiras, situada no bairro do São Miguel.

A vida lá nunca foi fácil. A comida era ruim, a moradia não oferecia o mínimo conforto. A força de vontade tinha que ser muito grande para podermos vencer, passar no vestibular e fazer com que todo o esforço valesse a pena. Eu queria fazer vestibular para medicina, aliás, como a maioria dos estudantes que saem do interior para estudar na capital. Pois bem, vamos então ao episódio fantástico que aconteceu comigo.

Todos os estudantes que realmente queriam passar tinham que estudar até altas horas da madrugada, até uma, duas horas da manhã. Eu nunca havia ficado até tão tarde, pois precisava acordar cedo para ir ao colégio. Apenas nos finais de semana era que eu puxava um pouco mais. Tinha o fato também de colegas afirmarem que após a meia-noite escutarem barulhos estranhos dentro da biblioteca, tipo cadeiras sendo arrastadas e como se alguém estivesse varrendo o ambiente.

Numa certa sexta-feira, eu e um colega meu, também de Serra, resolvemos que só iríamos descer quando tivéssemos resolvido todas as questões de um simulado de física passado pelo professor. Pouco a pouco, a biblioteca foi se esvaziando, até que já eram duas horas da manhã quando resolvemos parar um pouco e começamos a conversar besteira, das nossas saudades de nossa terra. Foi então que esse meu colega se lembrou do tal fantasma da biblioteca e começou a fazer brincadeiras com o assunto. De uma hora para outra um frio estranho começou a invadir a sala de estudos. Eu me lembro que um arrepio correu a minha espinha e de repente as luzes se apagaram. Um pavor enorme tomou conta de mim e do meu colega. A gente não conseguia enxergar pra que lado ficava a saída.

De repente, eu vi um claro do lado oposto da enorme sala; meu colega havia encontrado a porta. Segui então rumo ao local da pequena luz que entrava por um vidro que havia nesta porta. Ao chegar, olhei pelo vidro e vi que o meu colega me esperava na escadaria que dava para o segundo andar, onde a gente morava. A fisionomia do seu rosto mudou repentinamente e ele correu gritando frases que no momento não consegui entender. Eu então tentei abrir a porta, mas a maçaneta não obedecia. Foi então que ouvi um barulho de respiração perto de mim; obviamente fiquei em pânico e puxei a porta com toda a força que eu tinha, mas não adiantava nada. Já sem esperança, sem saber o que fazer, comecei a rezar. Uma voz grave disse a seguinte frase que até hoje não esqueço:

- Não brinquem com o que vocês não conhecem!

Então, a luz acendeu e a porta abriu normalmente. Saí então correndo e quando cheguei no quarto, meu colega já contava o episódio a outros colegas, que riam pra valer, não acreditando no que tinha acontecido. Eu perguntei a meu amigo porque ele tinha corrido daquela forma e a resposta dele foi que havia visto a sombra de um rosto de um velho no vidro. Obviamente ninguém acreditou em nossa história.

Porém, depois de outros relatos parecidos com o nosso, foi feita uma pesquisa com antigos moradores da casa e descobriu-se que havia um antigo funcionário que cuidava da biblioteca com um cuidado especial, pois ele era analfabeto e admirava quem sabia ler e escrever. Esse funcionário foi abandonado pela mulher e ficou sem ter onde morar. O director da época, com pena, ofereceu-lhe moradia em um pequeno quarto perto da biblioteca. Certo dia, ele foi encontrado morto, sem que ninguém soubesse o real motivo. Muitos acreditam que por desgosto pela vida. Sabendo disso, ficou estabelecido que todo ano, no aniversário da casa do estudante, seria celebrado uma missa por todos aqueles, vivos ou mortos, que já haviam passado por aquela casa.

O facto realmente aconteceu. Quem quiser visitar a biblioteca Gervásio Fioravanti da Casa do Estudante de Barreiras fique à vontade. Ela fica no terceiro andar, em frente à escada. Porém, os actuais estudantes que lá frequentem contam que uma vez por outra ouvem o barulho de uma vassoura sendo arrastada e uma pessoa chorando. Hoje estou quase ingressando na residência médica e o meu colega, morreu afogado misteriosamente em um açude perto de nossa cidade natal, visto que ele era excelente nadador e conhecia muito bem o açude."


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Fonte: Experiencias Directas Com Factos Paranormais - O Funcionário
 
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