Um medicamento para tratar cancro poderá ter sido injectado nos olhos dos seis doentes que cegaram no Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Esta é a convicção dos pacientes.
Neste momento, as investigações ao caso estão centralizadas no Ministério Público, que recebeu na última semana os resultados dos inquéritos da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde e da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.
Walter Lago Bom, 47 anos, cozinheiro, é um dos seis doentes cegos. Ao CM conta a sua versão dos factos: "Depois da intervenção, dia 17, senti um ardor muito estranho, não passava, era uma sensação de queimadura." Walter continua: "O que ouvimos dizer é que nos terão dado um produto para tratar cancro, que teria uma embalagem parecida com a do Avastin. Mas as embalagens não estão identificadas? Não há diferença?", questiona-se.
Avançar para a Justiça para pedir indemnização ainda não está nos planos dos doentes. "Temos esperança na recuperação, mais ainda depois dos médicos dizerem que o produto não será tão tóxico como inicialmente pensavam". O CM tentou obter uma reacção do director do serviço de Oftalmologia do HSM, Monteiro Grillo, que não respondeu às chamadas. Amanhã os doentes recebem a visita de uma técnica da Segurança Social, com vista a garantir apoio.
CM
Neste momento, as investigações ao caso estão centralizadas no Ministério Público, que recebeu na última semana os resultados dos inquéritos da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde e da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.
Walter Lago Bom, 47 anos, cozinheiro, é um dos seis doentes cegos. Ao CM conta a sua versão dos factos: "Depois da intervenção, dia 17, senti um ardor muito estranho, não passava, era uma sensação de queimadura." Walter continua: "O que ouvimos dizer é que nos terão dado um produto para tratar cancro, que teria uma embalagem parecida com a do Avastin. Mas as embalagens não estão identificadas? Não há diferença?", questiona-se.
Avançar para a Justiça para pedir indemnização ainda não está nos planos dos doentes. "Temos esperança na recuperação, mais ainda depois dos médicos dizerem que o produto não será tão tóxico como inicialmente pensavam". O CM tentou obter uma reacção do director do serviço de Oftalmologia do HSM, Monteiro Grillo, que não respondeu às chamadas. Amanhã os doentes recebem a visita de uma técnica da Segurança Social, com vista a garantir apoio.
CM