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Representante da União Africana afirma que amnistia para entrega voluntária de armas é vital para paz em África

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Representante da União Africana afirma que amnistia para entrega voluntária de armas é vital para paz em África

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Ibn Chambas falou durante a sessão de arranque do "Mês da Amnistia em África", que decorre em Moçambique.

O alto representante da União Africana para a iniciativa "Silenciamento das Armas", Mohamed Ibn Chambas, afirmou esta segunda-feira que o amnistia na entrega voluntária de armas pela população é vital para a paz em África.

Ao intervir em Maputo na sessão de arranque do "Mês da Amnistia em África" promovida pelo Conselho de Paz e Segurança da União Africana, iniciativa lançada em 2017 pelos países africanos, Ibn Chambas recordou que os civis naquele país, em África, ainda tinham na sua posse, em 2019, "mais de 40 milhões de armas de fogo".

"A maior parte delas não registadas. Este cenário arrepia qualquer cidadão que goste de paz", apontou, nesta sessão promovido pela União Africana e que pretende promover o desarmamento do continente pela via da amnistia durante o mês de setembro.

"A essência da iniciativa é criar uma oportunidade para quem estiver na posse de armas ilícitas voluntariamente as entregar às autoridades nacionais, sem qualquer receio de revelação da sua identidade, detenção ou condenação", explicou, assumindo a expectativa que esta ação "ajude a recolher estas arma, fora de controlo, nas mãos de civis".

A iniciativa foi lançada em 2017 e este ano a sessão oficial está concentrada em Maputo, até terça-feira, com o lema "Desarmamento, Oportunidade Chave para o Silenciar das Armas em África: Lições da República de Moçambique".

"Estas armas são fatores que contribuem para a violência em forma de insurgência", sublinhou o diplomata ganês, acrescentando que um estudo de 2023 da União Africana aponta que 90% do armamento usado no continente por terroristas são precisamente este tipo de armas ligeiras.

"A implementação de uma amnistia para encorajar a entrega de armas ilícitas pode parecer algo ambicioso, mas pode ser concretizado", defendeu igualmente Mohamed Ibn Chambas.

"Todos nós podemos transformar esta visão em realidade", acrescentou.

Na sua intervenção, o alto representante da União Africana para a iniciativa "Silenciamento das Armas" felicitou os moçambicanos "por optarem pela via do diálogo e da reconciliação e não o cano das armas".

Isto porque o país concluiu em junho passado o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, maior partido da oposição). Iniciado em 2018, o processo abrange 5.221 antigos guerrilheiros da Renamo, dos quais 257 mulheres, com o encerramento da base de Vunduzi, a última da Renamo, localizada no distrito de Gorongosa, província central de Sofala.

Correio da Manhã
 
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