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Restos mortais de Eugénio de Andrade transladados para túmulo desenhado e oferecido..

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Restos mortais de Eugénio de Andrade transladados para túmulo desenhado e oferecido por Siza Vieira

Os restos mortais do poeta Eugénio de Andrade, falecido há precisamente três anos, foram hoje transladados do jazigo municipal do cemitério do Prado do Repouso, Porto, para um túmulo desenhado e oferecido pelo arquitecto Siza Vieira.

"Creio que com este túmulo, com esta pedra lisa de mármore branco, ele [Siza Vieira] foi extremamente fiel à poesia de Eugénio de Andrade. Diria que os dois se entenderam muito bem", considerou Arnaldo Saraiva, presidente da Fundação com o nome do poeta.

O escritor sustentou que a "simplicidade" da obra "diz bem não só com o poeta, mas também com o homem".

"Tenho a certeza que ele [Eugénio de Andrade] gosta deste túmulo, porque viveu sempre de uma forma discreta e pobre. Eugénio de Andrade nunca viveu com luxo e até detestava o luxo", salientou.

Na cerimónia de transladação estiveram presentes, além de Arnaldo Saraiva, amigos próximos de Eugénio de Andrade, que leram alguns poemas, e também a vereadora da Acção Social da autarquia portuense e o reitor da Universidade do Porto, Marques dos Santos, entre outros.

Na "morada definitiva" de Eugénio de Andrade, uma campa rasa em mármore branco, estão inscritos uma quadra do livro "As Mãos e os Frutos", que o próprio sugeriu que poderia constar do seu túmulo, e um poema escolhido pelos amigos.

Autor de uma importante obra poética, de que se destacam "As mãos e os frutos" (1948), "Limiar dos Pássaros" (1972), "Memória de Outro rio" (1978), "Branco no Branco" (1984), "O outro nome da terra" (1988), "O Sal da Língua" (1995) e "Poesia" (2000), Eugénio de Andrade é um dos poetas portugueses mais traduzidos.

A sua obra foi premiada por diversas vezes, destacando-se o "Prémio Europeu de Poesia", em 1996, o "Prémio Vida Literária", da Associação Portuguesa de Escritores, em 2000, e o "Prémio Camões", em 2001.

Eugénio de Andrade foi ainda condecorado, pelo Governo português, com o grau de Grande Oficial da Ordem Militar de Santiago e Espada, em 1982, e com a Grã-Cruz da Ordem de Mérito, em 1988.

Viveu no Porto - cidade de que foi cidadão honorário e onde foi criada uma fundação com o seu nome - até morrer, a 13 de Junho de 2005.





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