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Rinelle sobreviveu e agora é a voz das indígenas mortas no

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Sobrevivente, Rinelle Harper defende inquérito nacional às mortes das indígenas

Jovem de 16 anos foi deixada como morta após ter sido atacada por dois suspeitos. Entre 1980 e 2012, mais de 1200 mulheres aborígenes morreram ou desapareceram neste país.
O primeiro ataque ocorreu num caminho pedonal sob uma ponte. Rinelle Harper, de 16 anos, foi espancada e abusada sexualmente por dois homens e atirada para as águas geladas do rio Assiniboine, em Winnipeg. Conseguiu sair, apenas para ser atacada novamente pelos mesmos suspeitos e deixada para morrer. Mas ela sobreviveu, apesar de só ter sido encontrada sete horas depois, dos 45 minutos de reanimação no local e de ter chegado ao hospital sem pulso. O frio foi a sua salvação. Rinelle não se lembra do ataque que quase a tornou em mais uma das 1200 mulheres aborígenes mortas ou desaparecidas no Canadá desde 1980, mas deu-lhes um rosto e voz.



Foi há quase seis meses que Rinelle esteve entre a vida e a morte e desde então que a jovem pede às autoridades canadianas um inquérito nacional aos casos de mortes e desaparecimentos dentro da comunidade ameríndia. "Eu sou capaz de pedir um inquérito, mas há muitas jovens mulheres que perderam a vida que não o podem fazer", indicou numa carta enviada ao jornal canadiano The Globe and Mail. "Para mim, esse inquérito ajudaria as mulheres a chegarem--se à frente e a denunciarem os ataques de que são vítimas. O inquérito seria uma oportunidade para as mulheres e as suas famílias se curarem dos acontecimentos do passado", acrescentou no início de abril.

Rinelle já tinha feito o mesmo apelo em dezembro, diante de mais de três mil chefes e delegados da Assembleia das Primeiras Nações. Esta reúne todos os aborígenes do Canadá, à exceção dos inuítes (também conhecidos como esquimós, um termo que é considerado pejorativo) e dos métis (a palavra francesa que significa mestiços e designa o povo descendente dos indígenas que casaram com os colonos europeus no século XVII).


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