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Sócrates culpa "hostilidade do tribunal" por renúncia de Pedro Delille e critica tratamento dado à mãe

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Pedro Delille renunciou ao mandado enquanto advogado de Sócrates. Foi atribuído um advogado oficioso.

O antigo primeiro-ministro, José Sócrates, culpa a "hostilidade do tribunal" pela renúncia do advogado, nomeadamente aquando da sessão em que a mãe foi ouvida.

Pedro Delille renunciou, esta terça-feira, ao mandato na representação de Sócrates. O anúncio foi feito mesmo antes do início de mais uma sessão de julgamento da Operação Marquês.

"A hostilidade do tribunal para com o meu advogado chegou a um ponto insuportável para a sua dignidade profissional", começa por referir Sócrates num comunicado. O antigo primeiro ministro escreve que o advogado designado para a representação na passada quarta-feira explicou detalhadamente as razões pelas quais chegou atrasado, mas foi maltratado.

Sócrates passa a falar da mãe, que foi chamada para ser ouvida no processo, mas faltou. "Legalmente, exatamente por ser minha Mãe, não está obrigada a testemunhar, embora a sua vontade fosse fazê-lo. No entanto, esse não foi foi o conselho do seu médico", justifica, completando que a ida poderia "agravar as doenças crónicas" de que a mulher de 94 anos sofre.

Recorde-se de que o advogado entregou um atestado médico para justificar a ausência da mãe de Sócrates, mas o documento não foi aceite, por ter sido entregue em cima do acontecimento (quando deveria ter sido apresentado no início do processo).

"Estou a fazer aquilo que um filho deve fazer: proteger a sua mãe de noventa anos da humilhação planeada", afirma Sócrates, criticando a ação da juíza. O arguido alega ainda que "na mesma sessão o Ministério Público dispensou uma testemunha alegando, entre outras razões, que esta tinha nascido em 1937. A minha Mãe nasceu em 1931".

"A propósito deste episódio, o que ouvi nas televisões e nos jornais foi o costume: que a minha Mãe tinha faltado, que o meu advogado tinha faltado, que eu próprio tinha faltado. Nada disto é verdade. O que é verdade é que o tribunal destratou sem razão o meu advogado levando ao ato extremo de renunciar ao seu mandato por considerar que não tem condições para exercer, de forma conveniente, a minha defesa", explica Sócrates.

José Sócrates conclui o comunicado com um agradecimento a Pedro Delille pelo serviço prestado enquanto "companheiro e amigo".

Correio da Manhã
 
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