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Saúde: Oito médicos e um enfermeiro na nova Missão para os Cuidados Primários, demissionário refere "divergências profundas"
21 de Abril de 2008, 19:19
Lisboa, 21 Abr (Lusa) - Oito médicos e um enfermeiro integram a remodelada Missão para os Cuidados de Saúde Primários, depois da demissão de 10 elementos na semana passada.
A tomada de posse dos novos elementos da Missão acontecerá a 01 de Maio, apesar de todos estarem já a trabalhar.
Segundo o Ministério da Saúde, para o lugar dos elementos que apresentaram demissão iniciam funções nove novos membros para a equipa coordenada por Luís Pisco.
Os novos elementos são Francisco Manuel Fernandes de Gouveia, José António Nunes de Sousa, Vítor Manuel Borges Ramos, Maria Filipa da Silva Graça Homem Christo, José Pedro Moura Relvas, José Pedro Tomé Pardal, José Armando Marques Neves, Rui Manuel Moreira Rocha Medon e Maria Augusta Mota Faria.
Mantêm-se na equipa José Miguel Fragoeiro, na área jurídica e administração interna, Armando Brito de Sá, na governação clínica e formação, Maria de Lurdes Teixeira Guerreiro, na Equipa Regional de Apoio Algarve Arquimínio José Godinho Simões Eliseu, na Equipa Regional de Apoio Alentejo, e Maria Laura Prazeres Marques, Equipa Regional de Apoio de Lisboa e Vale do Tejo.
Para a implementação dos Agrupamentos de Centros de Saúde foi escolhido Francisco Manuel Fernandes de Gouveia, que até agora era director dos Centros de Saúde de Barreiro, Quinta da Lomba, Baixa da Banheira, Moita, Montijo e Alcochete, enquanto que com a responsabilidade de implementação das Unidades de Saúde Familiar (USF) fica José António Nunes de Sousa, director do Centro de Saúde de Santa Maria da Feira desde 2004.
Para Comunicação e planeamento estratégico foi nomeado Vítor Manuel Borges Ramos, que integra a equipa médica da USF Marginal, do Centro de Saúde de Cascais, e com a pasta da Inovação e Qualidade fica Maria Filipa da Silva Graça Homem Christo, especialista em Medicina Geral e Familiar.
Maria Filipa da Silva Graça Homem Christo é uma antiga assessora técnica para área da Qualidade do Instituto da Qualidade em Saúde.
José Pedro Moura Relvas, médico de Família, coordenador da USF Nova Via, do Centro de Saúde de Arcozelo/Boa Nova e um dos principais responsáveis pelo aperfeiçoamento da aplicação Sistema de Apoio ao Médico assume a área das Tecnologias de Informação e Comunicação.
As Unidades Funcionais e Cuidados Continuados Integrados está a cargo do enfermeiro José Pedro Tomé Pardal, membro da USF Gama, de Torres Vedras, e o sector dos Recursos Humanos e Interface com profissões dos Cuidados de Saúde Primários (CSP) fica com José Armando Marques Neves, Chefe de Serviço de Saúde Pública e, entre outras funções, presidente da Comissão Regional do Internato Médico da Zona Centro.
Para a Equipa Regional de Apoio Norte entra Rui Manuel Moreira Rocha Medon, médico de família, e para a Equipa Regional de Apoio Centro foi nomeada Maria Augusta Mota Faria, especialista em Medicina Geral e Familiar e directora do Centro de Saúde da Lousã.
No final da semana passada, o coordenador da Missão para os Cuidados de Saúde Primários, Luís Pisco, indicava que iria fazer-se uma "profunda remodelação na Missão" com uma equipa de "pessoas de grande credibilidade e conhecimentos na área dos CSP e que possam merecer a confiança de todos os que estão no terreno".
O coordenador nacional tinha apresentado a sua demissão há duas semanas, invocando "problemas internos" a nível da MCSP, mas a ministra Ana Jorge não aceitou a sua saída, garantindo-lhe "condições para se manter no cargo", durante uma reunião realizada segunda-feira.
A responsável governamental aceitou o pedido de demissão de vários membros da Missão a 16 de Abril.
Em declarações à Agência Lusa, um dos elementos que se demitiu, João Rodrigues, referiu que em causa estiveram "profundas divergências" sobre a forma como a Missão para os Cuidados de Saúde Primários (MCSP) "não está a cumprir" a resolução do Conselho de Ministros sobre a reconfiguração dos Centros de Saúde e a implementação dos Agrupamentos dos Centros de Saúde (ACES).
A mesma fonte, que informou ter apresentado a Luís Pisco a demissão da MCSP em Outubro mas que acedeu ficar até à conclusão do processo do Modelo B das USF, sublinhou haver uma "excessiva burocratização" no processo.
O médico referiu ainda não haver total cumprimento das resolução em termos da existência, exemplificando com a falta de elaboração da carta de missão dos futuros directores dos ACES e da definição do processo que porá fim às sub-regiões de Saúde.
Recusou ainda a versão de que na origem das demissões "tenham estado interesses em ocupar cargos" nas futuras ACES e aproveitou também para lembrar que saíram "enfermeiros e um psicólogo e não apenas médicos".
"Espero que a nova Missão recupere os atrasos quanto ao cumprimento da resolução legislativa e que perspective quando vai cumprir as metas definidas para 2008. Esta reforma (dos Cuidados Primários de Saúde) é que é importante e tem que se lembrar que não estão em causa apenas as USF", acrescentou.
A 13 de Março, num resumo de uma reunião de seis membros executivos da Missão é referido que o organismo continua em funções até 12 de Abril.
"Se assim for, a MCSP é reestruturada, passando as ERA (Equipas Regionais de Apoio) para as ARS (Administrações Regionais de Saúde) e a MCSP passa a ter uma pequena equipa com consultores para a área da implementação dos Agrupamentos dos Centros de Saúde, impondo uma determinada quota para a escolha directa de Directores executivos (DE)", indica o mesmo documento.
"Provavelmente, muitos Missionários e das ERAs deverão ser futuros DE indicados pela MCSP", lê-se ainda no resumo, que refere que a MCSP termina as suas funções a 12 de Abril de 2008.
Sobre as ACES ficou ainda determinado que se deveria clarificar o seu conceito de "natureza jurídica"
Nesse dia, segundo o mesmo documento, foram ainda discutidos pontos relativos às USF, como legislação, abertura e coordenação de candidaturas ao modelo B, para que esteja em funcionamento o maior número destas unidades em funcionamento no "2º semestre de 2008".
PL/MCS/JPB.
Fonte:Lusa/fim
21 de Abril de 2008, 19:19
Lisboa, 21 Abr (Lusa) - Oito médicos e um enfermeiro integram a remodelada Missão para os Cuidados de Saúde Primários, depois da demissão de 10 elementos na semana passada.
A tomada de posse dos novos elementos da Missão acontecerá a 01 de Maio, apesar de todos estarem já a trabalhar.
Segundo o Ministério da Saúde, para o lugar dos elementos que apresentaram demissão iniciam funções nove novos membros para a equipa coordenada por Luís Pisco.
Os novos elementos são Francisco Manuel Fernandes de Gouveia, José António Nunes de Sousa, Vítor Manuel Borges Ramos, Maria Filipa da Silva Graça Homem Christo, José Pedro Moura Relvas, José Pedro Tomé Pardal, José Armando Marques Neves, Rui Manuel Moreira Rocha Medon e Maria Augusta Mota Faria.
Mantêm-se na equipa José Miguel Fragoeiro, na área jurídica e administração interna, Armando Brito de Sá, na governação clínica e formação, Maria de Lurdes Teixeira Guerreiro, na Equipa Regional de Apoio Algarve Arquimínio José Godinho Simões Eliseu, na Equipa Regional de Apoio Alentejo, e Maria Laura Prazeres Marques, Equipa Regional de Apoio de Lisboa e Vale do Tejo.
Para a implementação dos Agrupamentos de Centros de Saúde foi escolhido Francisco Manuel Fernandes de Gouveia, que até agora era director dos Centros de Saúde de Barreiro, Quinta da Lomba, Baixa da Banheira, Moita, Montijo e Alcochete, enquanto que com a responsabilidade de implementação das Unidades de Saúde Familiar (USF) fica José António Nunes de Sousa, director do Centro de Saúde de Santa Maria da Feira desde 2004.
Para Comunicação e planeamento estratégico foi nomeado Vítor Manuel Borges Ramos, que integra a equipa médica da USF Marginal, do Centro de Saúde de Cascais, e com a pasta da Inovação e Qualidade fica Maria Filipa da Silva Graça Homem Christo, especialista em Medicina Geral e Familiar.
Maria Filipa da Silva Graça Homem Christo é uma antiga assessora técnica para área da Qualidade do Instituto da Qualidade em Saúde.
José Pedro Moura Relvas, médico de Família, coordenador da USF Nova Via, do Centro de Saúde de Arcozelo/Boa Nova e um dos principais responsáveis pelo aperfeiçoamento da aplicação Sistema de Apoio ao Médico assume a área das Tecnologias de Informação e Comunicação.
As Unidades Funcionais e Cuidados Continuados Integrados está a cargo do enfermeiro José Pedro Tomé Pardal, membro da USF Gama, de Torres Vedras, e o sector dos Recursos Humanos e Interface com profissões dos Cuidados de Saúde Primários (CSP) fica com José Armando Marques Neves, Chefe de Serviço de Saúde Pública e, entre outras funções, presidente da Comissão Regional do Internato Médico da Zona Centro.
Para a Equipa Regional de Apoio Norte entra Rui Manuel Moreira Rocha Medon, médico de família, e para a Equipa Regional de Apoio Centro foi nomeada Maria Augusta Mota Faria, especialista em Medicina Geral e Familiar e directora do Centro de Saúde da Lousã.
No final da semana passada, o coordenador da Missão para os Cuidados de Saúde Primários, Luís Pisco, indicava que iria fazer-se uma "profunda remodelação na Missão" com uma equipa de "pessoas de grande credibilidade e conhecimentos na área dos CSP e que possam merecer a confiança de todos os que estão no terreno".
O coordenador nacional tinha apresentado a sua demissão há duas semanas, invocando "problemas internos" a nível da MCSP, mas a ministra Ana Jorge não aceitou a sua saída, garantindo-lhe "condições para se manter no cargo", durante uma reunião realizada segunda-feira.
A responsável governamental aceitou o pedido de demissão de vários membros da Missão a 16 de Abril.
Em declarações à Agência Lusa, um dos elementos que se demitiu, João Rodrigues, referiu que em causa estiveram "profundas divergências" sobre a forma como a Missão para os Cuidados de Saúde Primários (MCSP) "não está a cumprir" a resolução do Conselho de Ministros sobre a reconfiguração dos Centros de Saúde e a implementação dos Agrupamentos dos Centros de Saúde (ACES).
A mesma fonte, que informou ter apresentado a Luís Pisco a demissão da MCSP em Outubro mas que acedeu ficar até à conclusão do processo do Modelo B das USF, sublinhou haver uma "excessiva burocratização" no processo.
O médico referiu ainda não haver total cumprimento das resolução em termos da existência, exemplificando com a falta de elaboração da carta de missão dos futuros directores dos ACES e da definição do processo que porá fim às sub-regiões de Saúde.
Recusou ainda a versão de que na origem das demissões "tenham estado interesses em ocupar cargos" nas futuras ACES e aproveitou também para lembrar que saíram "enfermeiros e um psicólogo e não apenas médicos".
"Espero que a nova Missão recupere os atrasos quanto ao cumprimento da resolução legislativa e que perspective quando vai cumprir as metas definidas para 2008. Esta reforma (dos Cuidados Primários de Saúde) é que é importante e tem que se lembrar que não estão em causa apenas as USF", acrescentou.
A 13 de Março, num resumo de uma reunião de seis membros executivos da Missão é referido que o organismo continua em funções até 12 de Abril.
"Se assim for, a MCSP é reestruturada, passando as ERA (Equipas Regionais de Apoio) para as ARS (Administrações Regionais de Saúde) e a MCSP passa a ter uma pequena equipa com consultores para a área da implementação dos Agrupamentos dos Centros de Saúde, impondo uma determinada quota para a escolha directa de Directores executivos (DE)", indica o mesmo documento.
"Provavelmente, muitos Missionários e das ERAs deverão ser futuros DE indicados pela MCSP", lê-se ainda no resumo, que refere que a MCSP termina as suas funções a 12 de Abril de 2008.
Sobre as ACES ficou ainda determinado que se deveria clarificar o seu conceito de "natureza jurídica"
Nesse dia, segundo o mesmo documento, foram ainda discutidos pontos relativos às USF, como legislação, abertura e coordenação de candidaturas ao modelo B, para que esteja em funcionamento o maior número destas unidades em funcionamento no "2º semestre de 2008".
PL/MCS/JPB.
Fonte:Lusa/fim