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Muito se fala nas radiações prejudiciais que gravitam à nossa volta.
É empírico que temos muitos dispositivos que emitem ondas de energia que coabitam connosco, de dia e noite, mas nós não as vemos, não as sentimos e nem sabemos qual é a sua “gravidade”, por isso acabamos por as esquecer.
Mas essa incerteza vai mudar. Richard Vijgen, um investigador e designer para a cultura contemporânea da informação, criou uma app para iPad que mostra os sinais sobrepostos que nos envolvem – a partir das antenas de telemóvel, dos routers Wi-Fi e até mesmo dos satélites que estão lá longe em cima das nossas cabeças.
Vamos conhecer a app Architecture of Radio.
A app ainda só está disponível para instalação na Alemanha.
O sistema embutido na app recorre ao GPS do iPad para obter a localização do utilizador.
Depois, procura as antenas de GSM usando para isso o serviço OpenCellID.
O que é o serviço OpenCellID?
OpenCellID é o maior projecto comunitário colaborativo que colecciona a posição das antenas de telemóveis e as referencia com as suas coordenadas GPS.
Este é um serviço gratuito, legal que pode ser utilizado para fins comerciais ou qualquer outro propósito privado.
A comunidade conta já com mais de 49.000 participantes que permite ao serviço OpenCellID registar, em média, 1 milhão de novas leituras todos os dias, dados que vão aumentando a base de dados que ajudam a sustentar detalhadamente muitas estatísticas sobre a rede de sinal rádio para os telemóveis.
Em Janeiro deste ano, estavam já referenciadas 7 milhões de células GSM únicas e 1,2 mil milhões de medições.
Para ter acesso ao sinal Wi-Fi, Bluetooth, etc. a app recorre a APIs que são usadas no iOS.
Nós vivemos numa infosphere
A app Architecture of Radio, usa esses dados para visualizar os sinais que gravitam em torno de nós, mostrando o que o site projecta como a “infosphere” em que todos nós vivemos actualmente.
[video]http://videos.sapo.pt/RRiMEOdt5cL4Pr9KlUw8[/video]
Como viu no vídeo em cima, o resultado é fantástico, mas perturbador.
Isto se imaginarmos que vivemos no meio das radiações e não sabemos com certeza qual o efeito que essas ondas de energia provocam no nosso corpo.
Esta app é interessante muito em parte pelo efeito lembrete, para nos mostrar o que hoje é a nossa realidade, tal como estamos integrados num novo mundo digital fisicamente, e não num modo “abstracto”.
Assim, a app, quando estiver disponível a público, mostrará a gigante esfera em que vivemos.
Somos uma espécie de cobaias que, em vez de uma caixa metálica, está instalada num esfera de energia.
Usamos os recursos, é verdade, mas somos, simultaneamente, um produto de um sistema digital que nos amarra, que nos coloca uma dependência… que não se vê, que não se sente, mas que é real.
In
plware
É empírico que temos muitos dispositivos que emitem ondas de energia que coabitam connosco, de dia e noite, mas nós não as vemos, não as sentimos e nem sabemos qual é a sua “gravidade”, por isso acabamos por as esquecer.
Mas essa incerteza vai mudar. Richard Vijgen, um investigador e designer para a cultura contemporânea da informação, criou uma app para iPad que mostra os sinais sobrepostos que nos envolvem – a partir das antenas de telemóvel, dos routers Wi-Fi e até mesmo dos satélites que estão lá longe em cima das nossas cabeças.
Vamos conhecer a app Architecture of Radio.
A app ainda só está disponível para instalação na Alemanha.
O sistema embutido na app recorre ao GPS do iPad para obter a localização do utilizador.
Depois, procura as antenas de GSM usando para isso o serviço OpenCellID.
O que é o serviço OpenCellID?
OpenCellID é o maior projecto comunitário colaborativo que colecciona a posição das antenas de telemóveis e as referencia com as suas coordenadas GPS.
Este é um serviço gratuito, legal que pode ser utilizado para fins comerciais ou qualquer outro propósito privado.
A comunidade conta já com mais de 49.000 participantes que permite ao serviço OpenCellID registar, em média, 1 milhão de novas leituras todos os dias, dados que vão aumentando a base de dados que ajudam a sustentar detalhadamente muitas estatísticas sobre a rede de sinal rádio para os telemóveis.
Em Janeiro deste ano, estavam já referenciadas 7 milhões de células GSM únicas e 1,2 mil milhões de medições.
Para ter acesso ao sinal Wi-Fi, Bluetooth, etc. a app recorre a APIs que são usadas no iOS.
Nós vivemos numa infosphere
A app Architecture of Radio, usa esses dados para visualizar os sinais que gravitam em torno de nós, mostrando o que o site projecta como a “infosphere” em que todos nós vivemos actualmente.
[video]http://videos.sapo.pt/RRiMEOdt5cL4Pr9KlUw8[/video]
Como viu no vídeo em cima, o resultado é fantástico, mas perturbador.
Isto se imaginarmos que vivemos no meio das radiações e não sabemos com certeza qual o efeito que essas ondas de energia provocam no nosso corpo.
Esta app é interessante muito em parte pelo efeito lembrete, para nos mostrar o que hoje é a nossa realidade, tal como estamos integrados num novo mundo digital fisicamente, e não num modo “abstracto”.
Assim, a app, quando estiver disponível a público, mostrará a gigante esfera em que vivemos.
Somos uma espécie de cobaias que, em vez de uma caixa metálica, está instalada num esfera de energia.
Usamos os recursos, é verdade, mas somos, simultaneamente, um produto de um sistema digital que nos amarra, que nos coloca uma dependência… que não se vê, que não se sente, mas que é real.
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plware