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GF Ouro
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O presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, considerou esta quarta-feira que a austeridade «está a chegar ao limite», e defendeu que a 'troika' deve mostrar algum «pragmatismo» para ajudar a economia portuguesa.
Comentando o necessário ajustamento ao Orçamento do Estado para este ano devido ao chumbo de quatro medidas pelo Tribunal Constitucional, o banqueiro alertou que o país não aguenta muito mais austeridade.
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«A austeridade é violenta e está a chegar ao limite. Vai haver certamente algum complemento [às medidas de austeridade após o chumbo do Tribunal Constitucional a alguns pontos apresentados pelo Governo], porque é preciso que o Orçamento [de Estado para 2013] feche», afirmou o banqueiro, sem querer arriscar quais serão as medidas adotadas pelo Executivo de Passos Coelho, cita a Lusa.
«Neste momento, com a decisão do Tribunal Constitucional, o Orçamento não fecha. Portanto, alguma coisa vai ter que ser feita», reforçou Salgado, que falava aos jornalistas à margem de um evento em Lisboa.
«Mas espero que haja algum pragmatismo do lado da troika [Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional] para ajudar a economia portuguesa», disse o presidente do BES.
No início do mês, o Tribunal Constitucional chumbou quatro normas que estavam inscritas no Orçamento do Estado para 2013.
As normas chumbadas referem-se à suspensão do pagamento do subsídio de férias a funcionários públicos, aos contratos de docência de investigação e aos pensionistas, bem como a criação de uma taxa sobre as prestações por doença e por desemprego.
O Governo garantiu, em reação a esta decisão, que não irá aumentar os impostos como forma de compensar as normas orçamentais chumbadas, optando, ao invés, por reduzir a despesa pública com a segurança social, a saúde, a educação e as empresas públicas.
tvi24