Este Junho, mês tão quente
É sinónimo de folia,
É do povo, é da gente,
Trinta dias de alegria.
Dias treze, vinte e quatro
E, por fim, a vinte e nove,
Três noitadas de aparato,
Três dias de corre-corre.
Santo António é o primeiro
A trazer a gente à rua,
Santinho casamenteiro,
Juntou o Sol e a Lua.
S. João é o segundo,
Que o Cristo baptizou,
Seus feitos correram mundo,
Mesmo onde não passou.
São Pedro é o terceiro,
Que também é pescador,
Vela pelo mundo inteiro,
É do Céu o guardador.
Três noitadas tem o povo,
Neste mês para gozar,
Para o ano vai de novo
Os três santos festejar.
Mas convém não esquecer
Que tanta folia derreia,
Antes de a noite aquecer
Há que ter barriga cheia.
A sardinha está na brasa
Prontinha para assar,
Eu do frango quero a asa,
Para comer, não para voar.
Não dispenso o meu bocado,
Seja de broa ou de pão,
Já o vinho é um pecado
Que requer moderação.
Seja branco, seja tinto,
No barril não vai ficar,
Bebam já o absinto
Não vá ele evaporar.
Depois desta refeição,
A fogueira vou saltar...
Talvez seja melhor não,
Ainda me posso queimar!
Mas sempre posso cantar,
Nisso nã há-de haver perigo,
Quem ficar para escutar
Só pode ser meu amigo.
Mas a festa já lá vai,
Rompe já a madrugada,
Uma fina chuva cai,
Mas que noite bem passada!
Antes de tudo acabar
Peço só ao meu santinho,
Que quem não arranjou par
Não fique para sempre sozinho.
Que com a bênção dos santos
Todos tenham namorico,
Todos tenham a quem dar
A rima de um manjerico.
Mas tenho de pôr um fim
A este poema popular,
Espero que o prémio me calhe a mim,
Tenho fé que hei-de ganhar!
- Suspicion (Coimbra)
É sinónimo de folia,
É do povo, é da gente,
Trinta dias de alegria.
Dias treze, vinte e quatro
E, por fim, a vinte e nove,
Três noitadas de aparato,
Três dias de corre-corre.
Santo António é o primeiro
A trazer a gente à rua,
Santinho casamenteiro,
Juntou o Sol e a Lua.
S. João é o segundo,
Que o Cristo baptizou,
Seus feitos correram mundo,
Mesmo onde não passou.
São Pedro é o terceiro,
Que também é pescador,
Vela pelo mundo inteiro,
É do Céu o guardador.
Três noitadas tem o povo,
Neste mês para gozar,
Para o ano vai de novo
Os três santos festejar.
Mas convém não esquecer
Que tanta folia derreia,
Antes de a noite aquecer
Há que ter barriga cheia.
A sardinha está na brasa
Prontinha para assar,
Eu do frango quero a asa,
Para comer, não para voar.
Não dispenso o meu bocado,
Seja de broa ou de pão,
Já o vinho é um pecado
Que requer moderação.
Seja branco, seja tinto,
No barril não vai ficar,
Bebam já o absinto
Não vá ele evaporar.
Depois desta refeição,
A fogueira vou saltar...
Talvez seja melhor não,
Ainda me posso queimar!
Mas sempre posso cantar,
Nisso nã há-de haver perigo,
Quem ficar para escutar
Só pode ser meu amigo.
Mas a festa já lá vai,
Rompe já a madrugada,
Uma fina chuva cai,
Mas que noite bem passada!
Antes de tudo acabar
Peço só ao meu santinho,
Que quem não arranjou par
Não fique para sempre sozinho.
Que com a bênção dos santos
Todos tenham namorico,
Todos tenham a quem dar
A rima de um manjerico.
Mas tenho de pôr um fim
A este poema popular,
Espero que o prémio me calhe a mim,
Tenho fé que hei-de ganhar!
- Suspicion (Coimbra)