billshcot
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O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy está a ser investigado por violação do segredo de Justiça e da independência da autoridade judicial. Os crimes terão sido cometidos no âmbito do chamado ‘caso Carachi’, assim chamado por causa do atentado de 2002 que vitimou 14 pessoas naquela cidade do Paquistão, 11 das quais francesas.
O processo contra o antigo presidente foi aberto na sequência de queixas de familiares das vítimas, que denunciaram um comunicado do Eliseu, na altura em que Sarkozy era presidente, no qual se referia: "Em relação ao ‘caso Carachi’, o nome do chefe de Estado não surge em nenhum dos elementos do processo". Esta declaração violaria o segredo de Justiça e o princípio da separação de poderes, pois não era suposto o presidente estar a par dos procedimentos judiciais.
"O facto de permitir a divulgação de informações relativas a um processo em curso não faz parte das funções do presidente da República", concluíram dois magistrados.
Refira-se que o comunicado do Eliseu não só viola o segredo de Justiça como distorce os factos. Sarkozy não só é referido no processo ‘Carachi’ como é, possivelmente, uma das suas peças chave. Os meandros do caso são complexos e remontam a 1993-1995. Sarkozy era porta--voz do então chefe de governo Edouard Balladur, que terá criado uma rede corrupta para favorecer negócios de armas com o Paquistão. Segundo uma das teorias, o atentado de 2002 terá sido uma vingança pela rutura de compromissos da rede corrupta Balladur/Sarkozy, que terá embolsado milhões de euros com os negócios.
cm
O processo contra o antigo presidente foi aberto na sequência de queixas de familiares das vítimas, que denunciaram um comunicado do Eliseu, na altura em que Sarkozy era presidente, no qual se referia: "Em relação ao ‘caso Carachi’, o nome do chefe de Estado não surge em nenhum dos elementos do processo". Esta declaração violaria o segredo de Justiça e o princípio da separação de poderes, pois não era suposto o presidente estar a par dos procedimentos judiciais.
"O facto de permitir a divulgação de informações relativas a um processo em curso não faz parte das funções do presidente da República", concluíram dois magistrados.
Refira-se que o comunicado do Eliseu não só viola o segredo de Justiça como distorce os factos. Sarkozy não só é referido no processo ‘Carachi’ como é, possivelmente, uma das suas peças chave. Os meandros do caso são complexos e remontam a 1993-1995. Sarkozy era porta--voz do então chefe de governo Edouard Balladur, que terá criado uma rede corrupta para favorecer negócios de armas com o Paquistão. Segundo uma das teorias, o atentado de 2002 terá sido uma vingança pela rutura de compromissos da rede corrupta Balladur/Sarkozy, que terá embolsado milhões de euros com os negócios.
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