- Entrou
- Set 24, 2006
- Mensagens
- 9,470
- Gostos Recebidos
- 1
Satélites podem vir a ser reparados a partir da Terra
LUÍS FILIPE RODRIGUES
Espaço. Quando qualquer nave espacial tem uma avaria ou fica, simplesmente, sem combustível, transforma-se automaticamente em 'lixo espacial'. Essa situação está prestes a mudar, graças a um novo sistema desenvolvido por uma equipa de cientistas e engenheiros da Queen's University.
Aparelhos serão manobrados à distância
Uma equipa de cientistas da Queen's University está a desenvolver um novo sistema que poderá reparar os cerca de oito mil satélites que actualmente se encontram em órbita à volta da Terra, mas fora do alcance das operações de reparação terrestres. Actualmente, quando estes objectos têm uma avaria ou ficam sem combustível, transformam-se automaticamente em "lixo espacial". Essa situação está prestes a mudar.
"São sistemas mecânicos, o que significa que, eventualmente, vão falhar", recordou Michael Greenspan, o docente da instituição responsável pelo projecto. Até hoje, o grande problema prendia-se com o facto de estes satélites se encontrarem longe de mais para serem reparados por naves espaciais tripuladas por humanos. Era também impossível arranjá-los a partir da Terra, utilizando dispositivos telecomandados em tempo real.
A solução proposta pela equipa de Greenspan prende-se com o desenvolvimento de um novo programa de localização, que tornará possível que um veículo de reparações espaciais autónomo localize e capture satélites avariados, que depois de colocados no interior destes veículos serão reparados por máquinas controladas à distância a partir da Terra.
"A reparação não precisa de ser feita em tempo real, desde que tudo esteja numa posição fixa e os humanos possam interagir com ele, para fazer tudo o que for preciso", explicou o catedrático. A sua equipa já começou a trabalhar com a empresa MDA Space Missions para desenvolver estas naves.
Agora, o único obstáculo ao sucesso desta iniciativa prende-se com a capacidade de os computadores dos satélites reconhecerem os destroços. Um problema notável, tendo em conta que, devido à fraca iluminação do espaço, as câmaras de vídeo convencionais não têm qualquer tipo de utilidade. Para resolver esta questão, um grupo de cientistas desenvolveu um programa que permite que estas máquinas identifiquem um satélite e o reconheçam.
Este novo sistema chega num momentos marcado por uma cada vez maior preocupação com as colisões destes destroços espaciais contra satélites perfeitamente operacionais, a velocidades orbitais, que lhes podem causar graves danos, produzindo novos destroços no processo. Para evitar este tipo de situações, algumas naves, como por exemplo a Estação Espacial Internacional, já estão equipadas com sistemas capazes de reduzir este tipo de estragos.
LUÍS FILIPE RODRIGUES

Espaço. Quando qualquer nave espacial tem uma avaria ou fica, simplesmente, sem combustível, transforma-se automaticamente em 'lixo espacial'. Essa situação está prestes a mudar, graças a um novo sistema desenvolvido por uma equipa de cientistas e engenheiros da Queen's University.
Aparelhos serão manobrados à distância
Uma equipa de cientistas da Queen's University está a desenvolver um novo sistema que poderá reparar os cerca de oito mil satélites que actualmente se encontram em órbita à volta da Terra, mas fora do alcance das operações de reparação terrestres. Actualmente, quando estes objectos têm uma avaria ou ficam sem combustível, transformam-se automaticamente em "lixo espacial". Essa situação está prestes a mudar.
"São sistemas mecânicos, o que significa que, eventualmente, vão falhar", recordou Michael Greenspan, o docente da instituição responsável pelo projecto. Até hoje, o grande problema prendia-se com o facto de estes satélites se encontrarem longe de mais para serem reparados por naves espaciais tripuladas por humanos. Era também impossível arranjá-los a partir da Terra, utilizando dispositivos telecomandados em tempo real.
A solução proposta pela equipa de Greenspan prende-se com o desenvolvimento de um novo programa de localização, que tornará possível que um veículo de reparações espaciais autónomo localize e capture satélites avariados, que depois de colocados no interior destes veículos serão reparados por máquinas controladas à distância a partir da Terra.
"A reparação não precisa de ser feita em tempo real, desde que tudo esteja numa posição fixa e os humanos possam interagir com ele, para fazer tudo o que for preciso", explicou o catedrático. A sua equipa já começou a trabalhar com a empresa MDA Space Missions para desenvolver estas naves.
Agora, o único obstáculo ao sucesso desta iniciativa prende-se com a capacidade de os computadores dos satélites reconhecerem os destroços. Um problema notável, tendo em conta que, devido à fraca iluminação do espaço, as câmaras de vídeo convencionais não têm qualquer tipo de utilidade. Para resolver esta questão, um grupo de cientistas desenvolveu um programa que permite que estas máquinas identifiquem um satélite e o reconheçam.
Este novo sistema chega num momentos marcado por uma cada vez maior preocupação com as colisões destes destroços espaciais contra satélites perfeitamente operacionais, a velocidades orbitais, que lhes podem causar graves danos, produzindo novos destroços no processo. Para evitar este tipo de situações, algumas naves, como por exemplo a Estação Espacial Internacional, já estão equipadas com sistemas capazes de reduzir este tipo de estragos.
DN