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Sauditas criam Conselho Feminino sem mulheres

Lordelo

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No sábado, realizou-se o primeiro Conselho Feminino da província de al-Qassim, na Arábia Saudita, um país que não é propriamente conhecido por dar voz, de forma pública, às mulheres.

Aquela que parecia ser uma tão quanto pioneira iniciativa teve, contudo, um senão: as fotos do evento mostram que ali faltava o elemento essencial: as mulheres.

No palco estavam 13 homens e nenhuma mulher. Veio depois a ser admitido que elas terão participado na reunião, mas apenas por videoconferência. Ou seja, as representantes femininas ficaram numa sala, separadas dos homens.

Nem a mulher do governador, a princesa Abir bint Salman, que é a presidente do Conselho Feminino, teve direito a estar fisicamente na reunião.

A conferência foi liderada pelo príncipe Faisal bin Mishal Saud, o governador da província, que se mostrou orgulhoso da iniciativa.

“Na região de Qassim, vemos as mulheres como irmãs dos homens e sentimos a responsabilidade de criar mais e mais oportunidades de trabalho para a raparigas e as mulheres”, disse o governador, de acordo com a BBC.

Leis em mudança lenta

Na Arábia Saudita, a política de separação entre homens e mulheres é muito rigorosa, sendo que as liberdades e os direitos do sexo feminino são muito restritos.

Tudo indica, porém, que os dirigentes do país pretendem flexibilizar as leis que restringem a vida das mulheres, através do programa de alterações Vision 2030, cujos objetivos passam por aumentar a participação das mulheres na força de trabalho de 22% para 30%, por exemplo.

As fotos dos 13 homens na primeira reunião do Conselho Feminino de Qassim têm circulado nas redes sociais, sendo alvo de fortes críticas. Já foram comparadas às imagens do presidente norte-americano Donald Trump, cercado por homens, a assinar a nova lei sobre o aborto, em janeiro.
 
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