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Um estudo publicado na revista Nature Medicine concluiu que as sequelas respiratórias e neurológicas são as mais comuns entre os indivíduos infetados por Covid-19 em 2020.
"Não sabemos ao certo porque é que os efeitos do vírus duram tanto tempo. Possivelmente, tem a ver com a persistência viral, inflamação crónica, disfunção imunológica ou tudo isto junto", disse Ziyad Al-Aly, epidemiologista clínico da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, e um dos autores do estudo.
Os cientistas monitorizaram as sequelas do coronavírus num grupo de 135 mil norte-americanos durante três anos. Os indivíduos do grupo de hospitalizados (20.297) devido à Covid-19 apresentaram um risco 34% superior de desenvolverem sintomas persistentes. Além disso, o risco de ainda apresentarem sintomas um ano após a infeção era de 23% e, passados dois anos, de 16%.
Mesmo quem não foi hospitalizado (114.864) apresentou complicações relacionadas com a Covid. Quanto a este grupo, os cientistas alertam para o desenvolvimento doenças que surgiram após a infeção, como diabetes.
"A Covid é uma séria ameaça à saúde e ao bem-estar das pessoas a longo prazo. Mesmo três anos depois, pode ter-se esquecido da Covid, mas ela não se esqueceu de si. As pessoas podem pensar que estão fora de perigo, porque tiveram o vírus e não apresentaram problemas de saúde. Mas, mesmo após a infeção, o vírus pode estar a causar estragos e doenças no intestino, pulmões ou cérebro", avisa o epidemiologista Ziyad Al-Aly.
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